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Economia

- Publicada em 10 de Dezembro de 2015 às 20:18

Dólar fecha em elevação de 1,26%


O mercado de câmbio interrompeu o otimismo da véspera e voltou a pressionar as cotações do dólar nesta quinta-feira, com a repercussão da decisão da agência Moody's de colocar em revisão negativa o rating brasileiro. A moeda americana negociada no mercado à vista terminou o dia valendo R$ 3,799, com alta de 1,26% frente ao real.
O mercado de câmbio interrompeu o otimismo da véspera e voltou a pressionar as cotações do dólar nesta quinta-feira, com a repercussão da decisão da agência Moody's de colocar em revisão negativa o rating brasileiro. A moeda americana negociada no mercado à vista terminou o dia valendo R$ 3,799, com alta de 1,26% frente ao real.
Os investidores vinham reagindo positivamente à aposta de que um impeachment da presidente Dilma é cada vez mais provável - e que colocaria fim na instabilidade política e econômica. Mas o anúncio da Moody's trouxe o mercado de volta à realidade ao indicar "rápida e material deterioração macroeconômica e das tendências fiscais" e também pela reduzida probabilidade de uma reversão da tendência nos próximos dois a três anos.
O cenário político acabou ficando em segundo plano e não trouxe novidade significativa, a não ser pelo aceno do vice-presidente, Michel Temer, de reconciliação com a presidente Dilma Rousseff. Contrariando a tese de que a carta enviada a Dilma na noite de segunda-feira sinalizava um rompimento com o governo, Temer disse que ele e a presidente se acertaram e que ela entendeu os motivos da carta. Temer voltou a falar em "harmonia" e "reunificação do País".
Já os pronunciamentos do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foram o ponto alto do dia, uma vez que o cenário político acabou em segundo plano. Em almoço de fim de ano na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Tombini disse que o BC "não limitará as suas decisões pelos possíveis impactos fiscais de suas decisões". Tombini reforçou que o BC tem conduzido sua política monetária de forma autônoma e continuará a fazê-lo para trazer a inflação de volta à meta em 2016.
A sinalização de Tombini de que o BC não hesitará em elevar os juros para conduzir a inflação à meta, independentemente de eventuais efeitos no campo fiscal, levaram a uma disparada dos juros, o que acabou influenciando o câmbio. O dólar, que pela manhã chegou a ensaiar rapidamente uma baixa, ao atingir a mínima de R$ 3,7494 (-0,06%), acelerou o ritmo e marcou máximas durante a tarde.
O otimismo com que o mercado de ações operou na quarta-feira, dia 9, azedou nesta quinta-feira, com a repercussão da decisão da agência Moody's de colocar em revisão negativa o rating brasileiro. A Bovespa fechou em queda de 1,04%, aos 45.630 pontos, contando com forte contribuição das ações da Petrobras.
As ações da Petrobras foram destaque de queda, influenciadas pelo recuo dos preços do petróleo e também pelo rebaixamento da estatal promovido pela Moody's. Ao final dos negócios, Petrobras ON e PN recuaram 2,75% e 2,61%, respectivamente. Na ponta contrária estiveram os papéis da Vale, que subiram 4,88% (ON) e 3,83% (PN), acompanhando seus pares no mercado internacional, mesmo em um dia de nova queda dos preços do minério de ferro.
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