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Economia

- Publicada em 10 de Dezembro de 2015 às 21:53

Exportação domina pauta de leite, suínos e aves para 2016

Dirigentes das entidades realizaram, na Fiergs, o lançamento da quinta edição do Avisulat

Dirigentes das entidades realizaram, na Fiergs, o lançamento da quinta edição do Avisulat


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
A busca pelo aumento das exportações e a mitigação de custos dominam os pensamentos das indústrias do leite, suínos e aves para o ano que vem. Dependem desses objetivos, em contraponto a um cenário adverso no consumo interno, a confirmação da expectativa das três cadeias de continuar aumentando a produção em 2016 no Estado, ainda que esperando crescimentos tímidos, de no máximo 2%.
A busca pelo aumento das exportações e a mitigação de custos dominam os pensamentos das indústrias do leite, suínos e aves para o ano que vem. Dependem desses objetivos, em contraponto a um cenário adverso no consumo interno, a confirmação da expectativa das três cadeias de continuar aumentando a produção em 2016 no Estado, ainda que esperando crescimentos tímidos, de no máximo 2%.
"Apostamos em um crescimento vegetativo para 2016, de 1% ou 2%. Mas não é um prognóstico ruim, já que, em meio à situação econômica do País, qualquer crescimento já é uma conquista", argumentou o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger. A taxa de crescimento é praticamente a mesma com a qual a entidade estima fechar 2015, com um aumento de 2,5% nos abates de aves no Estado.
Como um dos motores do crescimento, Freiberger ressalta a participação das vendas externas no setor gaúcho, de 48%, taxa que não passa de 31% na avicultura nacional como um todo. O aumento da exportação, na esteira da desvalorização do real, é citada também pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), José Roberto Goulart, como motivo de reequilíbrio da suinocultura em 2015. "Quando o mercado interno se retraiu, o externo ajudou a retirar o excesso de oferta", argumenta.
Goulart ainda projeta para 2016 - "que deve ser um ano apenas razoável", segundo sua definição - um espaço muito grande para os suínos gaúchos por conta, em especial, da produção chinesa. No país asiático, espera-se que, por problemas ambientais, a produção local de suínos caia de cerca de 57 milhões de toneladas anuais (mais da metade do total mundial) para cerca de 53 milhões. Como comparativo, apenas a queda já é maior do que toda a produção brasileira, que deve fechar 2015 em 3,6 milhões de toneladas. "Abre-se espaço não só para lá, porque, mesmo que outros exportadores vendam para a China, terão de deixar em aberto outros mercados que hoje atendem", acredita.
Um dos desafios para cumprir as expectativas é o aumento dos custos de produção, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat), Alexandre Guerra. "Precisamos trabalhar para aumentar a produtividade, como forma de mitigar o efeito dos custos", afirma. É o que tem acontecido, aliás, nos últimos 10 anos, nos quais a produção gaúcha de leite cresceu 98%, enquanto a nacional ficou em 50%. "Em 2015, devemos fechar com aumento de 2%, enquanto o Brasil fechará em redução de 1%", projeta Guerra.
Os três sindicatos estiveram reunidos na quinta-feira, em Porto Alegre, para o lançamento do V Avisulat, congresso e feira que reunirá os setores entre 22 e 24 de novembro de 2016, na Fiergs. O evento contará com feira de equipamentos, painéis de discussão dos temas relacionados às três cadeias produtivas e rodadas de negócios. "É um evento consolidado, uma vitrine que tem projetado o Estado em nível mundial", argumenta o diretor executivo da Asgav e coordenador-geral do Avisulat, José Eduardo dos Santos, lembrando que, na última edição, em 2014, foram gerados R$ 18 milhões em negócios com países como Chile, Egito e Malásia.
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