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Economia

- Publicada em 09 de Dezembro de 2015 às 20:00

Moody's coloca o Brasil em perspectiva negativa

Agência classificadora de risco já havia rebaixado o País em agosto

Agência classificadora de risco já havia rebaixado o País em agosto


JOEL SAGET/AFP/JC
A rápida deterioração econômica aproximou o Brasil de um novo rebaixamento pela Moody's. A agência de classificação de risco colocou a nota do País em perspectiva negativa ontem - antes, a perspectiva era estável.
A rápida deterioração econômica aproximou o Brasil de um novo rebaixamento pela Moody's. A agência de classificação de risco colocou a nota do País em perspectiva negativa ontem - antes, a perspectiva era estável.
A mudança significa que a nota pode sofrer novo corte quando a agência revisar sua avaliação sobre o Brasil. A Moody's rebaixou o País em agosto, colocando o Brasil no último nível do chamado grau de investimento - atestado de que é um bom pagador de suas dívidas.
Em nota, a agência afirma que as condições econômicas e fiscais pioraram rapidamente e a probabilidade de reversão deste cenário nos próximos dois ou três anos é baixa. "Os indicadores continuam a se deteriorar fortemente com nenhum sinal claro de quando o fundo do poço será atingido", diz o texto. "A piora das condições estão levando a Moody's a reavaliar se o desempenho fiscal e econômico estarão em linha com as suposições que sustentam a classificação do Brasil em Baa3."
Para manter a nota, o País precisaria apresentar um retorno a um crescimento do PIB de cerca de 2% e superávits primários de magnitude similar depois de 2016. Uma virada no próximo ano, no entanto, parece improvável, afirma.
Entre as razões para a mudança, a Moody's aponta ainda a piora da governabilidade e o aumento no risco de paralisação, impedindo que as políticas necessárias para o ajuste fiscal sejam adotadas. "Há uma falta de consenso político no Brasil sobre a necessidade de resolver a rigidez orçamentária de maneira mais agressiva, por meio de reformas que reduzam os aumentos de despesas obrigatórias", afirma.
O início do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff também é citado como fator complicador. "(Ele) lança ainda mais dúvidas sobre a possibilidade de cooperação entre o Congresso e o Executivo para a aprovação de medidas significativas de consolidação fiscal em 2016, deixando pouco espaço para que se combata as tendências de piora fiscal no médio prazo", diz o comunicado.
O País perdeu o grau de investimento concedido pela Standard & Poor's em setembro e, agora, possui o selo de bom pagador de apenas duas agências: Moody's e Fitch. O rebaixamento por mais uma delas pode causar uma retirada de recursos investidos no Brasil, já que parte dos grandes fundos de investimento exige o selo de pelo menos duas agências para manter suas aplicações.
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