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Economia

- Publicada em 09 de Dezembro de 2015 às 12:16

Cesta básica de Porto Alegre sobe 6,26% após dois meses de queda, revela o Dieese

 BRASÍLIA - A QUEDA NOS ESTOQUES MUNDIAIS DE TRIGO E O AUMENTO NAS TAXAS PARA IMPORTAR O GRÃO VÃO DEIXAR O PÃOZINHO FRANCÊS MAIS CARO PARA OS BRASILEIROS. AS PADARIAS JÁ AUMENTARAM EM CERCA DE 10% O PREÇO DO QUILO DO PÃO, QUE CHEGA AO CONSUMIDOR POR R$ 5,50 FOTO: JOSÉ CRUZ/ABR  ECO - PÃO, TRIGO

BRASÍLIA - A QUEDA NOS ESTOQUES MUNDIAIS DE TRIGO E O AUMENTO NAS TAXAS PARA IMPORTAR O GRÃO VÃO DEIXAR O PÃOZINHO FRANCÊS MAIS CARO PARA OS BRASILEIROS. AS PADARIAS JÁ AUMENTARAM EM CERCA DE 10% O PREÇO DO QUILO DO PÃO, QUE CHEGA AO CONSUMIDOR POR R$ 5,50 FOTO: JOSÉ CRUZ/ABR ECO - PÃO, TRIGO


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
Luiz Eduardo Kochhann
Depois de dois meses consecutivos em queda, o preço da cesta básica em Porto Alegre apresentou alta de 6,26% em novembro, passando de R$ 380,80, em outubro, para os atuais R$ 404,62. Na avaliação mensal, todos os 13 itens que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais ficaram mais caros, com destaque para os produtos in natura. Em 2015, o aumento acumulado é ainda maior, de 16,08%. Os dados foram divulgados ontem, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Depois de dois meses consecutivos em queda, o preço da cesta básica em Porto Alegre apresentou alta de 6,26% em novembro, passando de R$ 380,80, em outubro, para os atuais R$ 404,62. Na avaliação mensal, todos os 13 itens que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais ficaram mais caros, com destaque para os produtos in natura. Em 2015, o aumento acumulado é ainda maior, de 16,08%. Os dados foram divulgados ontem, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com a economista do Dieese, Daniela Baréa Sandi, ao menos três fatores impactaram para os resultados obtidos em novembro. "Em primeiro lugar, o clima adverso por conta do El Niño reduziu a oferta dos produtos in natura. Além disso, o aumento das exportações brasileiras de carne, café e açúcar elevaram os preços desses itens no mercado nacional", destaca. Por fim, segundo Daniela, a desvalorização do real tornou mais cara a importação de farinha de trigo, o que reflete no aumento nos custos do pão.
A batata e o tomate lideraram o crescimento dos custos alimentícios no mês passado, com ambos subindo dois dígitos, respectivamente, 25,6% e 21,19%. A banana (15,94%), o açúcar (13,27%), o óleo de soja (4,05%), o arroz (3,73%), o feijão (3,10%) e mais seis itens também tiveram elevação nos preços. Nos últimos 12 meses, a cesta está 18,10% mais cara. Com isso, o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.399,22, ou seja, 4,31 vezes mais que o piso vigente.
O cenário encontrado pelo estudo, entretanto, não é exclusivo para a capital gaúcha, uma vez que todas as 18 cidades pesquisadas pelo Dieese tiveram elevação nos preços totais em novembro. Porto Alegre, entretanto, ultrapassou São Paulo - onde a cesta básica ficou 4,47% mais cara e agora custa R$ 399,21 - e, novamente, passou a ter o custo mais elevado do País. Na sequência, aparecem Florianópolis (R$ 391,85) e Rio de Janeiro (R$ 385,80).
Dessa maneira, o tempo médio de trabalho para adquirir os produtos chegou a 97 horas e 54 minutos, contra 92 horas e 36 minutos em outubro. "Esse alta acaba pesando mais para o trabalhador de menor renda, pois o peso da alimentação no seu orçamento é proporcionalmente maior. Como quem recebe um salário-mínimo possui menos instrumentos para se proteger do aumento dos preços, foi preciso comprometer mais do seu rendimento para a compra dos itens básicos", completa Daniela.
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