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Economia

- Publicada em 08 de Dezembro de 2015 às 21:42

Fiergs aponta queda maior do PIB do Estado em 2016

 Coletiva de fim de ano da Fiergs. Sede da Fiergs. Na foto:André Nunes de Nunes e  Heitor Muller

Coletiva de fim de ano da Fiergs. Sede da Fiergs. Na foto:André Nunes de Nunes e Heitor Muller


FREDY VIEIRA/JC
Patrícia Comunello
A economia gaúcha terá um desempenho pior do que a do Brasil em 2016, segundo a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), em balanço apresentando ontem. A entidade fez projeções para o próximo ano e trabalha com três cenários. No mais negativo, em um ano em que a recessão é dada como certa tanto no Estado como no Brasil, a Fiergs apontou recuo de 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho. No quadro mediano, a queda seria de 3%; e na projeção mais otimista, de 0,5%. A economia brasileira pode despencar até 4%, ficar em -2,5% ou estável, empatando com 2015. Neste ano, com números ainda não fechados, a federação estima que o PIB cairá 2,8% no Rio Grande do Sul e 3,5% no País.
A economia gaúcha terá um desempenho pior do que a do Brasil em 2016, segundo a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), em balanço apresentando ontem. A entidade fez projeções para o próximo ano e trabalha com três cenários. No mais negativo, em um ano em que a recessão é dada como certa tanto no Estado como no Brasil, a Fiergs apontou recuo de 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho. No quadro mediano, a queda seria de 3%; e na projeção mais otimista, de 0,5%. A economia brasileira pode despencar até 4%, ficar em -2,5% ou estável, empatando com 2015. Neste ano, com números ainda não fechados, a federação estima que o PIB cairá 2,8% no Rio Grande do Sul e 3,5% no País.
Hoje, a Fundação de Economia e Estatística (FEE) divulga o PIB do terceiro trimestre. O Estado registra queda da atividade nos últimos cinco trimestres consecutivos, desde o segundo trimestre de 2014. Na conta da Fiergs, nem a agropecuária se salvaria em 2016. A entidade chega a indicar queda de 4,5% no PIB do setor, que vem puxando o produto regional e evitando tombos em maior grau. "O Estado está um pouco pior do que o Brasil", lamentou o presidenteda federação, Heitor José Müller. "Pior que a realidade é a falta de perspectiva de saída."
A atividade gaúcha é ainda uma das piores na indústria. Também em serviços, a tese dos analistas é de que o impacto virá no próximo ano. Müller lembrou que o emprego é a zona de maior risco no cenário de deterioração. Os números apontam para continuidade de fechamento de vagas formais. O dirigente repetiu, em vários momentos, que é preciso pensar em 2017. Mesmo o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que vai até o fim de 2017 (com adesões até o fim de 2016), é, para Müller, sinal de que nem o governo federal acredita em reversão do quadro. O dirigente atribuiu à falta de resoluções na área política a manutenção da recessão. O industrial esquivou-se de comentar o impacto de eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Sobre a carta do vice-presidente Michel Temer a Dilma, Müller considerou muito mais de caráter político-partidário, "não tem nada de ver com o rompimento". O presidente da Fiergs alegou limitações do estatuto da entidade para opinar sobre o impeachment. "Se fosse uma questão apenas jurídica, a Justiça decidiria pela lei. Mas o julgamento é pelo Congresso, é mais político que técnico", avaliou Müller, que indicou o efeito do ambiente político na baixa confiança de empresários e consumidores.
O coordenador da Unidade de Estudos Econômicos da Fiergs, André Nunes de Nunes, apontou que a recessão de 2016 deve ser a maior em 114 anos de história do País, pela sequência de quedas. "Será maior do que a de 1999, 2009 ou do que a década perdida nos anos de 1980", comparou Nunes, que ainda estimou que a perda pela queda no PIB em cinco anos é de R$ 3,1 trilhões, que seria a metade do produto de um ano.
O economista frisou a elevada ociosidade industrial, indicando que esse fator pode ser positivo em uma retomada. Mesmo o câmbio, que se recompõe com força desde 2014, não parece ser um alento. "Os exportadores têm dificuldade de prever como será a taxa e traçar um horizonte para vender", preveniu Nunes.
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