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Economia

- Publicada em 02 de Dezembro de 2015 às 18:52

Dólar recua pelo segundo dia com juro dos EUA e cenário político no radar

O dólar fechou esta quarta-feira (2) em queda, mesmo após declarações da presidente do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, terem reforçado apostas de elevação dos juros naquele país ainda este mês. A expectativa, porém, é de que o aumento seja lento e gradual, o que reduz a pressão sobre o câmbio.
O dólar fechou esta quarta-feira (2) em queda, mesmo após declarações da presidente do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, terem reforçado apostas de elevação dos juros naquele país ainda este mês. A expectativa, porém, é de que o aumento seja lento e gradual, o que reduz a pressão sobre o câmbio.
Após ter subido até 0,42%, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou o dia com desvalorização de 0,40%, para R$ 3,845 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, cedeu 0,54%, para R$ 3,835. Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar caiu apenas sobre seis.
O Congresso Nacional voltou a se reunir nesta quarta-feira para tentar votar a mudança da meta de resultado primário de 2015, autorizando o governo a fechar o ano com deficit de até R$ 119,9 bilhões. A sessão foi cancelada na véspera por falta de quórum. Até o fechamento do mercado ainda não havia resultado.
Os investidores também repercutiram a decisão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que voltou a adiar nesta quarta a reunião do colegiado que poderia decidir dar ou não andamento ao processo que pede a cassação do mandato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (8).
Ainda no âmbito político brasileiro, o relator da Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Teori Zavascki, autorizou a abertura de dois inquéritos para investigar suposto envolvimento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dos senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Jáder Barbalho (PMDB-PA), além do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) com o esquema de corrupção da Petrobras.
Em discurso sem surpresas, a presidente do Fed afirmou nesta tarde que o crescimento do emprego nos EUA até outubro indica um mercado de trabalho em recuperação, mas não ainda com força total. Ela não indicou se espera que a alta dos juros seja justificável na última reunião do Fed no ano, em 15 e 16 de dezembro, embora esta continue sendo a aposta da maior parte do mercado.
O Livro Bege do Fed, divulgado na tarde desta quarta (2), enfatizou que a atividade econômica dos EUA continuou a expandir em ritmo modesto na maioria das regiões analisadas pela autoridade monetária americana entre o início de outubro e meados de novembro.
As sinalizações sobre o futuro dos juros americanos têm sido acompanhadas de perto pelos investidores, uma vez que a alta da taxa provocaria fuga de recursos aplicados em países emergentes para os EUA, encarecendo o dólar.
Isso porque a mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa de juros, mais atraentes que aplicações em mercados emergentes, considerados de maior risco.
O Banco Central do Brasil deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 546,9 milhões.
No mercado de juros futuros, os principais contratos acompanharam a queda do dólar e fecharam majoritariamente em baixa na BM&FBovespa. O DI para janeiro de 2016 subiu de 14,150% para 14,155%. Já o contrato para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,680%, ante 15,800% na sessão anterior.
Folhapress
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