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Economia

- Publicada em 02 de Dezembro de 2015 às 22:18

Térmica de Charqueadas tem futuro ainda indefinido

Usina pode atender até 2% da demanda do Estado

Usina pode atender até 2% da demanda do Estado


TRACTEBEL/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Com o tempo quase se esgotando para fazer os aprimoramentos determinados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a usina de Charqueadas, da companhia Tractebel, ainda tem futuro incerto. A termelétrica, conforme a Resolução Normativa nº 500 do órgão regulador, tem até o fim deste mês para melhorar seus índices de eficiência ou terá que interromper a operação.
Com o tempo quase se esgotando para fazer os aprimoramentos determinados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a usina de Charqueadas, da companhia Tractebel, ainda tem futuro incerto. A termelétrica, conforme a Resolução Normativa nº 500 do órgão regulador, tem até o fim deste mês para melhorar seus índices de eficiência ou terá que interromper a operação.
A norma, de 17 de julho de 2012, estabelece as condições gerais para o reembolso dos custos de combustíveis de empreendimentos que utilizem carvão mineral nacional pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A regra também estipulou critérios de eficiência das usinas, que variam de acordo com a potência instalada da estrutura. A resolução aplica-se para todas as usinas beneficiárias da CDE, inclusive para a térmica de Charqueadas. Foi imposto no documento um tempo para que as termelétricas adequassem-se aos critérios de eficiência, que vai até o fim deste ano. Também foi prevista a possibilidade de prorrogação desse prazo até 1 de janeiro de 2017 para aquelas usinas que comprovarem a realização de obras de reforma e renovação da central geradora.
O presidente do Sindicato dos Mineiros do Rio Grande do Sul, Oniro Camilo, afirma que o possível fechamento da usina significará mais de duas mil demissões. O dirigente acrescenta que a situação torna-se mais grave já que não há perspectivas de novos empregos na cidade que recentemente sofreu com o fim das operações da Iesa Óleo e Gás, que seria a principal empresa do chamado polo naval do Jacuí.
No momento, a direção da Tractebel não está se pronunciando sobre a questão. "O que está passando para nós é que a companhia não tem mais interesse na região", lamenta Camilo. Em maio, o diretor-presidente da Tractebel, Manoel Zaroni, informou que a termelétrica de Charqueadas vinha produzindo de 40 MW médios a 45 MW médios, sendo lucrativa somente em alguns períodos de despacho, por causa do alto custo de operação. Sobre o futuro do empreendimento, Zaroni admitia que, em princípio, a térmica deveria ser paralisada ao final do ano, se não acontecessem mudanças regulatórias que viabilizassem a operação, mas isto também dependeria das condições e necessidades do sistema elétrico brasileiro. Uma fonte que acompanha o assunto diz que a Tractebel quer mais prazo para que seja feito um estudo de viabilidade de adaptação da usina. A termelétrica tem capacidade instalada para produção de até 72 MW (quase 2% da demanda média do Estado).
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