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Repórter Brasília

- Publicada em 15 de Dezembro de 2015 às 22:56

Operação Catilinárias

A operação de busca e apreensão da Polícia Federal e do Ministério Público que teve como alvo caciques do PMDB poderá se transformar num inferno para o governo. Pouco tempo depois do começo da ação, peemedebistas reclamaram que o Planalto estaria por trás dos mandados e chegaram a dizer que tudo fora uma "ação orquestrada". As reclamações podem se transformar em algo muito mais perigoso para o Palácio do Planalto caso o PMDB veja a operação como a gota d'água. O partido, que já começou a mudar de lado, pode se virar contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O PT teme que a operação faça no PMDB o impossível: unificar os peemedebistas numa única causa. A PF cumpriu 53 mandados, incluindo nas residências do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), dos ministros Celso Pansera (PMDB, Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (PMDB, Turismo) e dos senadores Edison Lobão (PMDB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), também foi alvo, mas as buscas foram feitas na sede do diretório do PMDB de Alagoas.
A operação de busca e apreensão da Polícia Federal e do Ministério Público que teve como alvo caciques do PMDB poderá se transformar num inferno para o governo. Pouco tempo depois do começo da ação, peemedebistas reclamaram que o Planalto estaria por trás dos mandados e chegaram a dizer que tudo fora uma "ação orquestrada". As reclamações podem se transformar em algo muito mais perigoso para o Palácio do Planalto caso o PMDB veja a operação como a gota d'água. O partido, que já começou a mudar de lado, pode se virar contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O PT teme que a operação faça no PMDB o impossível: unificar os peemedebistas numa única causa. A PF cumpriu 53 mandados, incluindo nas residências do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), dos ministros Celso Pansera (PMDB, Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (PMDB, Turismo) e dos senadores Edison Lobão (PMDB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), também foi alvo, mas as buscas foram feitas na sede do diretório do PMDB de Alagoas.
Dia ruim
Esta terça-feira foi um dia ruim para Eduardo Cunha. Às 6h, ele foi acordado pela Polícia Federal. Pouco tempo depois, o Conselho de Ética aprova a admissibilidade do processo que pede a sua cassação. Nesse meio tempo, boatos nos corredores da Câmara diziam que a renúncia era certa. Deputados começaram a articular nomes para substituir Cunha na presidência. Miro Teixeira (Rede-RJ), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PB) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) se saíram como nomes possíveis. Mas a coletiva que todos esperavam foi uma decepção. Cunha disse que ficava e que o PMDB deveria romper com o governo. Ainda afirmou que a operação seria uma "armação do PT" e que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, faria tudo para constrangê-lo.
Motivos para preocupação
Nessa operação, todos têm motivo para se preocupar. O Planalto pode ter que enfrentar a reação dos peemedebistas. Já o PMDB terá um desgaste ainda maior. Grandes nomes do partido foram atingidos, incluindo o vice-presidente, Michel Temer. Henrique Alves, ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara, é próximo do vice. Cunha, bastante desgastado, já gastou a carta que poderia salvá-lo: o impeachment de Dilma. Para ele, a tendência é piorar. Mas Cunha é como um animal selvagem: acuado, fica mais perigoso. Ele tem aliados e sabe manobrar.
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