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Repórter Brasília

- Publicada em 14 de Dezembro de 2015 às 00:11

Protagonismo feio

O Congresso, especialmente a Câmara, parece que esperou até o final do ano para mostrar um trabalho nada lisonjeiro, com o intuito só de aparecer diante das câmeras de TV para todo o País. E apareceu com protagonismo de um faroeste caboclo no cenário político brasileiro. A briga no plenário, durante a eleição dos membros da comissão de impeachment, com urnas quebradas e, no dia seguinte, outra briga no Conselho de Ética mostram que esse é um protagonismo feio. Esta semana deverá ter seu quinhão de brigas. As sessões estão suspensas até a quarta-feira, data em que o Supremo Tribunal Federal (STF) irá julgar o pedido do PCdoB sobre a legalidade da votação da comissão do impeachment. A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi tomada depois que a oposição ameaçou obstruir as votações. Dependendo do resultado no STF, poderá ser feita outra votação.
O Congresso, especialmente a Câmara, parece que esperou até o final do ano para mostrar um trabalho nada lisonjeiro, com o intuito só de aparecer diante das câmeras de TV para todo o País. E apareceu com protagonismo de um faroeste caboclo no cenário político brasileiro. A briga no plenário, durante a eleição dos membros da comissão de impeachment, com urnas quebradas e, no dia seguinte, outra briga no Conselho de Ética mostram que esse é um protagonismo feio. Esta semana deverá ter seu quinhão de brigas. As sessões estão suspensas até a quarta-feira, data em que o Supremo Tribunal Federal (STF) irá julgar o pedido do PCdoB sobre a legalidade da votação da comissão do impeachment. A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi tomada depois que a oposição ameaçou obstruir as votações. Dependendo do resultado no STF, poderá ser feita outra votação.
Divisão amarga
A decisão de Cunha poderá se voltar contra ele. Ao cancelar as votações em plenário, as comissões poderão deliberar livremente, incluindo aí o Conselho de Ética. Talvez, ele tenha pensado nisso e derrubado dois relatores em menos de meia hora e colocado um aliado, Marcos Rogério (PDT-RO). Ele prometeu entregar um novo relatório até amanhã a um colegiado, com uma divisão bem clara entre os aliados do presidente da Câmara e os que querem vê-lo numa forca.
Tempo de respirar
Ao mesmo tempo, a eleição dos membros da comissão do impeachment deverá agradar ao governo, já que ministros do STF se manifestaram contra "inovações" no processo. Isso significa que a fórmula anterior, com apenas uma chapa de parlamentares indicados pelos líderes, deverá ser usada. Mas, com a queda do deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) da liderança da sigla, fica mais difícil arregimentar os peemedebistas. Leonardo Quintão (PMDB-MG) não é tão próximo do Planalto e não irá garantir uma maioria para o governo.
Holofotes no Judiciário
Um personagem central das próximas semanas deverá ser o Judiciário. Se, nos últimos dias, o STF foi acionado várias vezes, com o andar dos processos de impeachment de Dilma Rousseff e de cassação de Eduardo Cunha, o número vai com certeza aumentar. Cunha, por sua vez, poderá enfrentar um inimigo contra qual não há manobras: a Procuradoria-Geral da República (PGR), que certamente entrará com um pedido de prisão de Cunha. Falta saber se o STF aceitará.
Senado com o que importa
O Senado, que foi esquecido com os temas importantes para o País, deverá votar, nesta semana, a definição de trabalho escravo. As mesmas brigas que ocorreram na Câmara entre ruralistas e a esquerda deverá ocorrer no Senado, mas um consenso deve surgir. Ao mesmo tempo, a advocacia da instituição assinou um parecer pedido pelo presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), que diz que o Senado não tem que receber a denúncia do impeachment. Então, mais um ponto para Dilma. Se a Câmara aprovar o pedido, mas o Senado não recebê-lo, ela não é afastada.
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