Faz tempo, certamente algumas décadas, bares e armazéns costumavam exibir vinhos em prateleiras fixadas bem no alto das paredes, alcançadas apenas com uso de um cabo com gancho na ponta. O cliente enxergava, a quatro ou cinco metros de distância, a garrafa que iria comprar, e o atendente - no mais das vezes, também proprietário da casa - cuidava de capturá-la, protegê-la em papel pardo ou folha de jornal, ensacando depois na companhia de latas de conserva, algum pacote de açúcar etc.
Essa sem cerimônia com vinhos perdeu-se no tempo, pouco a pouco deu lugar a uma exagerada liturgia. Que, no começo, ainda servia para impressionar as namoradas, mas acabava configurando uma chatice para os mais jovens e até um desestímulo para pedir vinho. Pudera: não raro um garçom despreparado inseria seus dedos dentro dos copos de vidro (cálices? raridade...) para trazê-los à mesa. Depois de aberta a garrafa, transformava-se em valete da rainha da Inglaterra: passava a rolha ao cliente, servia o vinho para a prova e somente voltava a agir como um primata se algum insano resolvesse rejeitar a bebida - eu, antes, já mandaria voltar os cálices.
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra.
É adequado que conaisseurs ou interessados tenham orientação de algum sommelier, em lojas ou restaurantes, que o serviço do vinho respeite certas normas sem cair no exagero, especialmente quando isso não agradar ao cliente. O bom senso deve imperar: educação, cortesia, atenção e correção são bem-vindas, rapapés, diálogos extensos e atendimento invasivo, estes são indesejáveis.
De volta ao começo: garrafas em pé. Há anos, vi na adega refrigerada do então novíssimo El Fuego, de Gramado. Estranhei, mas o responsável pela carta (Humberto, de La Charbonade) foi peremptório: "Não tem problema armazenar assim", garantiu, embora nas caves de seu castelo de vinhos, em Canela, as garrafas repousem deitadas.
Nem todos pensam assim. A gigantesca Concha y Toro executa, até dia 20, um projeto em que sommeliers ficam à disposição para tirar dúvidas de consumidores sobre vinhos pelo WhatsApp (48 9192-7567). Entre as respostas, separo esta: "O recomendado é que o vinho fique sempre na horizontal, mas caso ele fique na vertical, que seja no menor período possível".
E agora, quem se habilita a palpitar?
Para começar a noite
Via e-mail - primeira nota (foto não abre muito, creio)
BARBARELLA BAKERY/DIVULGAÇÃO/JC
SELMI/DIVULGAÇÃO/JC
Essa receita integra uma centena que recebi com foco nesta época de festas. Mas não há como não associá-la a happy hour de um dia qualquer, de preferência próximo à piscina ou com vista para o mar. Não é uma boa ideia?
Bolachas de Parmesão e molho com ervas
Enviada por Renata Formaggio
ingredientes:
[quatro porções]
- 200g de Parmesão ralado
- 6 colheres (sopa) de azeite extra virgem
- 2 dentes de alho picados
- 350g de polpa de tomate
- 1 xícara (chá) de água
- 1 ramo de folhas de manjericão
- 1 ramo de alecrim
- 1 ramo de tomilho
- 1 colher (café) de sal
- pimenta preta moída na hora (opcional)
Modo de preparar:
- Dividir o queijo em quatro porções. Untar uma frigideira média com uma colher de azeite e aquecer levemente, em fogo moderado.
- Distribuir uma porção de Parmesão na frigideira e, utilizando uma espátula, formatar como bolacha (ou palito, se preferir.). Dourar levemente até ficar crocante. Retirar e reservar.
- Repetir a operação, começando pelo azeite, com as outras três porções de queijo, uma a uma.
- Em uma panela média, dourar alho no restante do azeite, juntar polpa de tomate, água e cozinhar por três minutos.
- Acrescentar (somente as folhas) manjericão, alecrim, tomilho e cozinhar por cerca de dois minutos. Ajustar sal, pimenta e servir o queijo com porções individuais do molho.
Via e-mail
Via e-mail - primeira nota (foto não abre muito, creio)
BARBARELLA BAKERY/DIVULGAÇÃO/JC
FOTO BARBARELLA BAKERY/DIVULGAÇÃO/JC
- Clarice Chwartzmann, especialista em churrascos, estará neste sábado exatamente onde está na foto: em frente à Barbarella Bakery, assando linguiças campeiras do Alegrete e com elas recheando pães que vão saindo do forno. A partir de meio-dia, na rua Dinarte Ribeiro, 56.
- Quem está distribuindo essas linguiças do Alegrete em Porto Alegre é a Carnes do Sul, de Volmir Carboni, também dono do Mercato Restaurante.
- Tapiocaria Caxias sugere rodízio de tapiocas em dezembro, com pequenos exemplares, que permitem uma larga degustação por módicos R$ 40,00 por pessoa. Reservas obrigatórias: rua Ambrósio Colombo, 214, Caxias do Sul.