Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

- Publicada em 23 de Dezembro de 2015 às 22:07

Controle a sua operação logística ou de transportes em centavos e obtenha milhões de resultado

Teremos que reaprender a contar centavos. Centavos poderão fazer a diferença, ainda mais se considerarmos o atual cenário político e econômico, que ainda deverá se "arrastar" por alguns meses, provavelmente "invadindo" o ano de 2017. Você acha que estou exagerando? Façamos então um rápido cálculo: um caminhão, pesado, consome 1 litro de diesel S10 para percorrer 2,50 quilômetros, e um litro de diesel S10 custa R$ 3,10 (preço médio na primeira quinzena de novembro em São Paulo, segundo a ANP - Agência Macional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Dividindo o preço do diesel (R$ 3,10) pelo rendimento do veículo (2,50 km/l), teremos um custo de R$ 1,24/km. Se esse caminhão rodar 15.000 quilômetros no mês, o gasto será de R$ 18.600,00 por mês.
Teremos que reaprender a contar centavos. Centavos poderão fazer a diferença, ainda mais se considerarmos o atual cenário político e econômico, que ainda deverá se "arrastar" por alguns meses, provavelmente "invadindo" o ano de 2017. Você acha que estou exagerando? Façamos então um rápido cálculo: um caminhão, pesado, consome 1 litro de diesel S10 para percorrer 2,50 quilômetros, e um litro de diesel S10 custa R$ 3,10 (preço médio na primeira quinzena de novembro em São Paulo, segundo a ANP - Agência Macional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Dividindo o preço do diesel (R$ 3,10) pelo rendimento do veículo (2,50 km/l), teremos um custo de R$ 1,24/km. Se esse caminhão rodar 15.000 quilômetros no mês, o gasto será de R$ 18.600,00 por mês.
Simule, agora, uma redução de R$ 0,01 no custo por quilômetro, considerando então R$ 1,23/km. Com os mesmos 15.000 quilômetros por mês, o custo será de R$ 18.450,00, ou seja
R$ 150,00 a menos por mês. Em 12 meses, uma economia de R$ 1.800,00 por ano, por veículo. Se essa empresa tiver 100 veículos, isso representará uma economia de R$ 180.000,00 por ano. Um bom dinheiro, não é? Se a economia for de R$ 0,05, teremos uma redução de custos de quase R$ 1 milhão ao ano para essa frota de 100 veículos. Isso seria suficiente para comprar 2 veículos de grande porte!
Se você tem um frete médio de
R$ 600,00 por tonelada para atender seus clientes em todo Brasil, e se transporta 50 toneladas por dia, em um mês com 22 dias úteis, terá arcado com despesas de R$ 660.000,00. Em um ano, R$ 7.920.000,00. Se reduzir esse custo por tonelada em apenas 1%, para
R$ 594,00 por tonelada, terá uma economia de R$ 79.200,00 por ano. Não parece muito, não é? Mas veja que estamos falando de uma redução de apenas 1% no valor atual pago, de R$ 0,006/kg transportado.
Precisamos começar a examinar os custos logísticos com uma lupa, ou quem sabe até com um microscópio.Algumas (poucas) empresas, do lado dos embarcadores (detentores da carga), contam com as competências e ferramentas necessárias para esse tipo de análise e tomada de decisão. Algumas delas, de forma sábia, estruturaram funções de suporte à logística, como a Controladoria Logística e a Engenharia Logística. A grande maioria, ao contrário, não conta com essa estrutura paralela, e conta apenas com seus analistas, supervisores, coordenadores e gerentes.
Infelizmente, grande parte de nossos analistas, supervisores e coordenadores estão "mergulhados" em um mar de rotinas e de problemas intermináveis. Normalmente não têm tempo para dedicarem-se à análise e às soluções de problemas; atuam como verdadeiros "bombeiros", apagando incêndios continuamente.
Como não é possível fazer nada sozinho, os embarcadores precisarão contar com o suporte de seus parceiros, sejam eles transportadoras ou operadores logísticos.
Do lado dos prestadores de serviços, a situação também é desfavorável para quem precisa "contar centavos". A grande maioria deles não possui uma ferramenta crucial para o sucesso desse projeto colaborativo: a DRE - Demonstração do Resultado do Exercício.
A DRE é uma sintese da operação, detalhando receitas, custos e despesas. Ao final da DRE, teremos o resultado da empresa, antes e depois dos impostos (IRPJ e CSLL). Com a abertura das contas e com o rastreamento dos lançamentos, é possível analisar "microscopicamente" os dados e identificar, de forma inequívoca, as oportunidades de melhorias existentes.
Sem a DRE e sem pessoal capacitado nesse detalhamento e análise das informações, a tarefa se tornará praticamente impossível.
Sem profissionais diferenciados e sem o acesso às ferramentas de gestão, continuaremos trabalhando na modalidade tentativa e erro. Isso é caro, muito caro. Normalmente, erra-se muito e acerta-se pouco. E nesse caso, os centavos economizados não serão suficientes para cobrir o "rombo" gerado.
Pense nisso. Agora precisamos contar CENTAVOS... centavos que valem MILHÕES!
Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda.

CNT propõe ao governo um plano de recuperação

Empresários sugerem participação privada nos investimentos e renovação da frota brasileira

Empresários sugerem participação privada nos investimentos e renovação da frota brasileira


JOÃO MATTOS/JC
A Confederação Nacional do Transporte encaminhou, na semana passada, para a presidente Dilma Rousseff, para os ministros que compõem a equipe econômica e de transporte do governo e para os presidentes da Câmara e do Senado o Plano CNT de Recuperação Econômica.
As propostas apresentadas são constituídas de dois pilares principais: o Programa de Investimento em Infraestrutura para o período de 2015 a 2018, que prevê o incentivo à forte participação da iniciativa privada na infraestrutura, e implantação do Programa de Renovação de Frota, que institui uma política que renove e recicle a atual frota automotiva brasileira.
O Programa de Renovação de Frota, segundo a avaliação da CNT, poderá gerar pelo menos 285 mil empregos no País e uma arrecadação de
R$ 18 bilhões em tributos somente durante 2016, contribuindo para o crescimento de 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto).
A renovação também contribuirá para reduzir o consumo de combustível fóssil em 18%, além de proporcionar uma expressiva diminuição das emissões de poluentes do ar, que contribuem para o aquecimento global.
Na área de infraestrutura, a confederação defende a criação de um conselho gestor com representantes das áreas técnica, ambiental e política. Esse conselho deverá ter autonomia para analisar e aprovar projetos de infraestrutura com maior celeridade e prazo máximo definido.
A CNT também aponta como necessária a desburocratização do processo licitatório por meio da ampliação do uso de Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC).
Proporcionar segurança jurídica dos contratos vigentes e futuros e incentivar o uso de Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMIs), com maior agilidade na constituição de projetos, levantamentos e estudos, também são medidas essenciais para o País.
Entre as sugestões encaminhadas ao governo e ao Legislativo está o conteúdo do último Plano CNT de Transporte e Logística, que prevê 2.095 projetos e quase R$ 1 trilhão em investimentos. "Adotar essas medidas é o caminho para que o País consiga recuperar a economia e retomar o crescimento. O governo não tem capacidade de investir tudo que o País precisa para melhorar a infraestrutura de transporte", diz o presidente da Confederação, Clésio Andrade.
"Com isso, a participação da iniciativa privada brasileira e estrangeira é fundamental", afirma Andrade.
O documento foi encaminhado aos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, e aos seguintes ministros: Nelson Barbosa, da Fazenda; Jaques Wagner, da Casa Civil; Antonio Carlos Rodrigues, dos Transportes; Valdir Simão, do Planejamento, Orçamento e Gestão; Guilherme Ramalho, da SAC (Secretaria de Aviação Civil); Hélder Barbalho, da SEP (Secretaria de Portos); ao chefe do gabinete pessoal da presidente, Álvaro Henrique Baggio; ao diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys; ao diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Jorge Bastos; e ao diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Mario Povia.