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Combustíveis

- Publicada em 14 de Dezembro de 2015 às 15:53

Para o Greenpeace, acordo na COP-21 é o fim de combustíveis fósseis

Naidoo incentiva os investidores a descontarem o dinheiro dos créditos da redução de emissão de carbono

Naidoo incentiva os investidores a descontarem o dinheiro dos créditos da redução de emissão de carbono


MIGUEL MEDINA/AFP/JC
O diretor executivo da organização ambiental Greenpeace, Kumi Naidoo, afirma que a aprovação do texto final da Conferência Mundial do Clima (COP-21) sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa representa o fim da era dos combustíveis fósseis. Ao fim da assembleia que encerrou a conferência, Naidoo também defendeu que os investidores comecem a descontar o dinheiro de créditos obtidos com a redução da emissão de carbono para investir em fontes renováveis de energia.
O diretor executivo da organização ambiental Greenpeace, Kumi Naidoo, afirma que a aprovação do texto final da Conferência Mundial do Clima (COP-21) sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa representa o fim da era dos combustíveis fósseis. Ao fim da assembleia que encerrou a conferência, Naidoo também defendeu que os investidores comecem a descontar o dinheiro de créditos obtidos com a redução da emissão de carbono para investir em fontes renováveis de energia.
"O mais importante desta conferência é que a indústria dos combustíveis fósseis recebeu hoje a mensagem de que este é o fim da era das energias fósseis. Não podíamos imaginar que acabaríamos por conseguir um objetivo de limitação do aquecimento global a 1,5 grau Celsius", destacou. Em comunicado, a organização não governamental WWF defendeu medidas imediatas para reduzir a emissão gases tóxicos. Uma das cláusulas do acordo, que entrará em vigor em 2020, prevê que os 195 países que participaram da COP-21 adotem medidas para limitar o aquecimento global, mas não define quando o resultado deve ser alcançado.
"Este novo acordo deverá ser continuamente fortalecido, e os governos vão precisar concretizar as medidas para reduzir as emissões, financiar a transição energética e proteger os mais vulneráveis. As negociações de Paris também fomentaram anúncios e compromissos dos governos, das cidades e das empresas que demonstram que o mundo está pronto para uma transição para as energias limpas", ressaltou o WWF.
O Acordo de Paris, como foi chamado o documento final da 21ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), entrará em vigor em 2020. A cada cinco anos, os países deverão prestar contas sobre as ações desenvolvidas para evitar que a temperatura global aumente mais de 2 graus Celsius. A redução do aquecimento pretende evitar fenômenos extremos, como as ondas de calor, as secas, as cheias ou a subida do nível do mar.
 

Dilma vê acordo como nova fase da luta contra mudança do clima

A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Acordo de Paris, aprovado na plenária da 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-21), define uma nova fase da luta contra a mudança do clima. "O acordo é justo e ambicioso, fortalecendo o regime multilateral e atendendo aos legítimos anseios da comunidade internacional", afirmou, em nota do Palácio do Planalto. Para a presidente, o documento é o resultado de uma mobilização inédita dos governos, com o engajamento da sociedade em todos os países.
"Duradouro e juridicamente vinculante, o acordo também é ambicioso por procurar caminhos que limitem o aumento de temperatura neste século em até 2 graus Celsius, buscando atingir 1,5 grau Celsius", comentou. Segundo Dilma, o acordo alcançado pelos 195 países e a União Europeia teve "decisiva participação" do Brasil e respeita a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. "O acordo prevê, de forma equilibrada, dispositivos de mitigação e adaptação, bem como as necessidades de financiamento, de capacitação nacional e de transferência de tecnologia aos países em desenvolvimento", acrescentou.
Dilma também destacou que os países desenvolvidos deverão financiar as ações de combate às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento. O texto aprovado prevê a criação de um fundo anual de US$ 100 bilhões, financiado pelos países ricos, a partir de 2020. "O Acordo de Paris fomenta, também, a possibilidade de apoio voluntário entre países em desenvolvimento, o que permitirá que o Brasil continue a promover a cooperação Sul-Sul."
De acordo com a presidente, o documento incorporou a proposta conjunta do Brasil e da União Europeia de mecanismo que promove investimentos privados em projetos de redução de emissões (MDL ). "No conjunto das suas decisões, também incorporou o mecanismo de REDD , que permite o reconhecimento e o pagamento por resultados das ações de combate ao desmatamento e degradação florestal, sendo fundamental, portanto, para a implementação das metas brasileiras de combate à mudança do clima, anunciadas em setembro de 2015", completou.