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Mobilidade

- Publicada em 11 de Dezembro de 2015 às 15:43

Novos trens vão melhorar serviço no Corcovado

Veículos serão fabricados na Suíça sob medida para atender à linha entre Cosme Velho e Cristo Redentor

Veículos serão fabricados na Suíça sob medida para atender à linha entre Cosme Velho e Cristo Redentor


FÁBIO MOTTA/AE/JC
O tradicional passeio no trenzinho do Corcovado terá novidades, como capacidade e velocidade maiores, quando entrar em operação a quarta geração de composições que servem aos turistas há mais de um século. Mas o esperado ar-condicionado não está incluído na mudança. A empresa Trem do Corcovado, que explora o serviço, assinou, na semana passada, contrato com a empresa suíça Stadler Rail Group para a fabricação de seis novas composições, que passarão a operar a linha a partir de 2018.
O tradicional passeio no trenzinho do Corcovado terá novidades, como capacidade e velocidade maiores, quando entrar em operação a quarta geração de composições que servem aos turistas há mais de um século. Mas o esperado ar-condicionado não está incluído na mudança. A empresa Trem do Corcovado, que explora o serviço, assinou, na semana passada, contrato com a empresa suíça Stadler Rail Group para a fabricação de seis novas composições, que passarão a operar a linha a partir de 2018.
Assim como o modelo usado atualmente, em operação desde 1979, os novos trens entram em funcionamento também com seis vagões. Enquanto os trens atuais têm capacidade para transportar até 300 passageiros por hora, cobrindo a distância entre o Cosme Velho e o Corcovado em 20 minutos, os futuros poderão absorver até 612 passageiros por hora, completando o percurso em apenas 14 minutos.
Apesar da queixa de muitos usuários do forte calor, ainda não será desta vez que as cabines de passageiros terão ar-condicionado. "Fizemos uma pesquisa entre os usuários. A maioria disse que não quer perder o contato mais próximo com a Floresta da Tijuca, o que não seria possível com cabines fechadas e refrigeradas. Mas teremos ventiladores e exaustores nas composições. Apenas as cabines dos condutores serão refrigeradas", explicou o diretor da empresa Trem do Corcovado, Sávio Neves.
Neves diz que a renovação da frota faz parte de uma estratégia para incrementar o turismo no Corcovado, que inclui a reabertura do Hotel Paineiras, em 2016. Outra iniciativa é a reforma da estação das Paineiras - que só deve começar a operar após as Olimpíadas. Os investimentos estão previstos desde o fim de 2014 pelo novo contrato de concessão da linha, firmado entre a empresa, que anteriormente já explorava o serviço, e o Ministério do Meio Ambiente.
"Serão trens fabricados sob medida para a linha. A proposta é ampliar a oferta de serviços turísticos. Além dos novos trens, há a reforma da estação das Paineiras, que será um ponto para contemplar a paisagem do Rio", explica Neves. "E também servir de estação reguladora, onde os visitantes poderão aguardar a subida até o Cristo se o monumento estiver lotado." Os trens novos terão portas mais largas, para faciligtar o acesso de cadeiras de rodas, e um vagão especial para o transporte de bicicletas, patinetes e skates.
A substituição das composições será feita de forma gradual. Os quatro primeiros trens chegam ao Rio no fim de 2017 e iniciam a operação no primeiro semestre de 2018. Os outros dois entrarão nos trilhos antes do fim do ano. O investimento nas novas composições é de R$ 99 milhões. Deste total, 15% virão de recursos da empresa, e 85% serão financiados em 14 anos por instituições suíças.
Neves acrescenta que os trens em operação têm vida útil de 60 anos. Por isso, ainda teriam mais 20 anos de funcionamento. O problema, explicou, é que muitas peças não existem mais no mercado. Isso exige que alguns itens sejam fabricados sob medida, aumentando os custos de manutenção. Os suíços também fabricaram as três gerações anteriores de trens do serviço.

Maioria dos ciclistas usa bicicleta como meio de transporte

Pesquisa do Ipea mostra que veículo se firma como uma forte alternativa para os deslocamentos rápidos

Pesquisa do Ipea mostra que veículo se firma como uma forte alternativa para os deslocamentos rápidos


JONATHAN HECKLER/JC
A maioria dos ciclistas de 10 regiões metropolitanas do Brasil usa a bicicleta como meio de transporte, para ir ao trabalho (88,1%) e pedala cinco dias ou mais por semana (71,6%). os números constam da pesquisa Perfil do Ciclista Brasileiro, produzida pelas organizações não governamentais Observatório das Metrópoles e Transporte Ativo. O levantamento revelou que 61,8% dos entrevistados usam a bicicleta como meio de transporte há menos de 5 anos e 26,4% dos ciclistas combinam o veículo com outro meio de transporte (ônibus e metrô). A maior parte (56,2%) leva entre 10 e 30 minutos em suas viagens, tem entre 25 e 34 anos de idade (34,3%) e renda entre um e dois salários-mínimos (30%).
Inédita, a pesquisa, realizada entre agosto e setembro deste ano, informou renda, escolaridade, motivações e principais destinos e demandas de quem costguma usar a bicicleta para deslocamentos. Mais de cinco mil ciclistas foram entrevistados nas cidades de Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Manaus (AM), Niterói (RJ), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
O trabalho indicou ainda que a principal motivação para começar a utilizar a bicicleta como modo de transporte urbano é a rapidez e a praticidade (42,9%). Entre os pesquisados, 34,6% apontam a educação no trânsito como principal problema enfrentado no dia a dia. Metade dos entrevistados afirmou que mais infraestrutura cicloviária daria motivação para pedalar mais.
Os dados foram apresentados na semana passada na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília. Para Nilo Saccaro, da Coordenação de Sustentabiliade do órgão, os números mostram que as cidades precisam cada vez mais dos ciclistas. "Não é uma questão ideológica. Percebemos que o transporte individual se esgotou. Não cabem mais carros nas ruas e nem mais ruas nas cidades."
Renata Florentino, coordenadora da ONG Brasiliense Rodas da Paz, destacou que o uso das bicicletas como meio de transporte não é mais esporádico. "As cidades brasileiras estão reféns de um modelo saturado, que é o do carro. As bicicletas surgem como alternativa pelo baixo custo e pelo tempo de deslocamento, que nunca foge ao controle." O texto completo da pesquisa, com os dados específicos de cada região do País, está disponível no site do Observatório das Cidades.