A Câmara Municipal de Porto Alegre promoveu uma reunião de vereadores com a direção da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) sobre o serviço Uber. Antes do início, o presidente Mauro Pinheiro (PT) abriu espaço para a manifestação da Associação dos Permissionários Autônomos de Táxi (AsperTaxi).
O presidente da AsperTaxi, Walter Luiz Rodrigues Barcelos, ressaltou que o dinheiro que o aplicativo Uber arrecada na Capital vai para fora do País. Afirmou, ainda, que a entidade é favorável ao projeto 145/2015, do vereador Claudio Janta (SD), que proíbe serviço de transporte remunerado oferecido por aplicativos. A matéria pode ser votada hoje.
O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, contou aos parlamentares que a fiscalização se baseia na Lei Geral do Táxi. Acrescentou que a lei federal que regulamentou a profissão de taxista diz claramente que é necessário permissão municipal e taxímetro aferido pelo Inmetro.
O presidente da EPTC também reconheceu que o serviço de táxi de Porto Alegre deixa a desejar. Lembrou a apreensão de 13 táxis envolvidos com uma quadrilha de tráfico de drogas. O líder do governo, Kevin Krieger (PP), propôs a criação de um grupo de trabalho da Câmara com a EPTC para tratar do tema. Carlos Comassetto (PT) destacou que a Comissão de Urbanismo, Transporte e Habitação (Cuthab) tem aprofundado as discussões sobre o serviço de táxi.