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Política

- Publicada em 24 de Novembro de 2015 às 22:14

Quatro bancadas podem sofrer alterações em Porto Alegre

Manfro está insatisfeito no PSDB

Manfro está insatisfeito no PSDB


GILMAR LUÍS/JC
À medida em que as eleições se aproximam, conversas de bastidores mostram que há possibilidade de mudanças na formatação de, ao menos, quatro bancadas da Câmara de Porto Alegre. Os parlamentares ainda não confirmam, mas a liminar expedida pelo Supremo Tribunal Federal para que detentores de mandatos eletivos filiem-se aos novos partidos até o dia 9 de dezembro sem perda do cargo, acelerou as negociações. Com a busca da Rede por quadros no Legislativo da Capital, as demais bancadas também se mobilizam.
À medida em que as eleições se aproximam, conversas de bastidores mostram que há possibilidade de mudanças na formatação de, ao menos, quatro bancadas da Câmara de Porto Alegre. Os parlamentares ainda não confirmam, mas a liminar expedida pelo Supremo Tribunal Federal para que detentores de mandatos eletivos filiem-se aos novos partidos até o dia 9 de dezembro sem perda do cargo, acelerou as negociações. Com a busca da Rede por quadros no Legislativo da Capital, as demais bancadas também se mobilizam.
Nas últimas semanas, com a postura adotada ao propor emenda que tirava o feriado da Consciência Negra – aprovado na Câmara - do dia 20 de novembro e com ausências em reuniões do diretório municipal do partido, o nome do presidente da casa, Mauro Pinheiro (PT), foi apontado como um dos em possível transição de sigla. O parlamentar, no entanto, nega sua saída, ao menos até o término de seu tempo à frente da Casa, o que acontece com o encerramento deste ano legislativo.
A princípio, Pinheiro teria sido procurado pelo Solidariedade (SD). O parlamentar explica que sua proximidade com Claudio Janta (SD) levou a este entendimento. “Já citaram que eu para lá quando ele criou o partido. Às vezes as pessoas confundem, mas é só uma relação muito próxima que veio da luta sindical”, explica. Pinheiro afirma que sua ausência das reuniões partidárias tem a ver com a agenda de presidente da casa, atividade a qual classifica como “extenuantes”, mas confirma uma reunião com uma das lideranças da Rede, João Derly, no final de semana passado.
Apesar de afirmar que foi uma confraternização de amigos, o vereador admite que houve convites por parte da Rede e que a situação partidária foi abordada durante o encontro. “Eu, nesse momento, não discuto sair do partido. Depois que terminar a minha presidência sim, vamos ver.” Pinheiro afirma que levará em consideração a sua trajetória no partido no momento da escolha. “Sou do PT há 15 anos, antes de qualquer coisa temos que discutir internamente as discordâncias. Temos divergências. Até o senador Paulo Paim (PT) tem”. No final de setembro, o senador afirmou que apenas uma mudança no cenário – a qual classificou como “difícil de ocorrer” – evitaria sua saída do partido em que milita há 30 anos.
Outro vereador descontente com posturas adotadas pelo seu partido de origem é Mario Manfro (PSDB). Em outubro, ele confirmou sua tendência de deixar o partido, acusando a comissão permanente que comanda o diretório estadual de ser anti-democrática. O parlamentar afirma ter sido procurado por diversos partidos, até o momento, mas pela Rede não. “As possibilidades de deixar o partido são grandes em virtude de tudo isso que se conhece. Cada vez se acirra mais essas diferenças. Só que ainda não há uma definição de minha parte. Penso, daqui a pouco, talvez até para a própria Rede, mas ainda não há nada definido”, explica Manfro, que deve definir-se até março.
A janela aberta atualmente permite que parlamentares mudem de partido sem a perda do mandato apenas para a migração a partidos novos. No dia 2 de março, no início do sétimo mês anterior à eleição, terá início o período de trinta dias, que permitirá que os parlamentares mudem de sigla sem punições ou justificativas. Rodrigo Maroni (PCdoB) também recebeu o convite da Rede. O vereador é conhecido por nem sempre alinhar seu voto com sua bancada, o que propicia que outros partidos o procurem. “Quase todos os partidos me convidaram, mas se for para mudar teria que ser em março”, expõe Maroni, ao afirmar que, ao menos momentaneamente, não aceitará os convites.
Thiago Duarte (PDT), que em abril deste ano já havia sinalizado uma possível troca de partido. Na ocasião, Duarte afirmou que o estatuto do partido “não estava sendo cumprido”. O vereador, inclusive, tentou emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar irregularidades na saúde do município. “Estou avaliando o convite. Ainda acredito que há possibilidade de reverter qualquer situação que do passado próximo e do presente atual para que não se tenha mudança”, aponta.
Os vereadores que não se decidirem até o dia 9 de dezembro, poderão mudar de sigla do dia 2 de março até 2 de abril do ano que vem.
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