Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Governo Federal

- Publicada em 15 de Novembro de 2015 às 19:39

PMDB deve aprofundar cisão com os petistas

Vice Michel Temer mostrará descontentamento com o Planalto

Vice Michel Temer mostrará descontentamento com o Planalto


MARCELO CAMARGO/ABR/JC
Partido do vice-presidente Michel Temer e principal aliado do governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional, o PMDB se prepara para fazer, nesta terça-feira, uma demonstração vigorosa de seu descontentamento com os rumos do governo e de sua aliança com o PT.
Partido do vice-presidente Michel Temer e principal aliado do governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional, o PMDB se prepara para fazer, nesta terça-feira, uma demonstração vigorosa de seu descontentamento com os rumos do governo e de sua aliança com o PT.
Os peemedebistas convocaram um congresso para debater uma agenda de reformas econômicas proposta pela Fundação Ulysses Guimarães, centro de estudos do partido. O evento é visto pelos líderes da sigla como um primeiro passo na direção de um rompimento com os petistas.
Críticos do governo e da política econômica de Dilma terão microfones abertos para exibir sua insatisfação e pregar a ruptura com o governo durante o congresso, que será realizado em Brasília.
Produzido com o incentivo de Temer, o documento que resume a nova agenda do PMDB, "Uma Ponte para o Futuro", atribui as dificuldades atravessadas pela economia a excessos cometidos no primeiro mandato de Dilma e defende políticas austeras, incluindo cortes de gastos e uma reforma na Previdência.
Com o documento, o PMDB quer se apresentar a líderes empresariais e formadores de opinião como um partido capaz de formular políticas que tirem o País da crise, invadindo uma seara que era dominada pelo oposicionista PSDB.
O documento foi recebido com desconfiança pelos tucanos, que viram nele uma tentativa de Temer de acenar para setores do meio empresarial, usando o discurso do PSDB, e se credenciar como alternativa segura para o Planalto, caso a presidente Dilma não conclua o mandato.
Coordenador do congresso e aliado de Temer, o ex-ministro Moreira Franco diz que o programa elaborado pela fundação mostra que, ao contrário do PT e do PSDB, o PMDB tem uma proposta. "Sabemos como tirar o País da crise econômica e queremos nos preparar para contribuir com o País", afirma.
O documento enfrenta resistência internas e foi visto com reservas pela ala governista do PMDB. Nos bastidores, representantes desse grupo veem a agenda como irrealista e impopular. Dizem que a proposta não atrai votos e que a defesa enfática de políticas austeras pode prejudicar candidatos da sigla nas eleições municipais de 2016.

Manifestantes pedem impeachment de Dilma Rousseff na Esplanada dos Ministérios

Cerca de 2 mil pessoas, nas estimativas da Polícia Militar (PM), foram neste domingo à Esplanada dos Ministérios em Brasília protestar contra a corrupção e pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Parte dos manifestantes também defendeu a intervenção militar para tirar a presidente do poder. Entre os descontentes, há vários que exibem cartazes contra Dilma, o PT e a corrupção.
Segundo informações da PM, um manifestante foi preso por injúria racial a um policial. Ele o agrediu quando tentava invadir o espelho d'água do Congresso Nacional e foi encaminhado para a 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal. Outro foi detido no início da tarde por porte de entorpecentes.
Durante o ato, um grupo furou o bloqueio policial para invadir o espelho d'água do Congresso. Os policiais usaram spray de pimenta para conter os manifestantes, que queriam invadir o Congresso. Eles chegaram a ser detidos, mas logo foram liberados.
Apesar da forte chuva em Brasília na tarde deste domingo, o protesto continuou ocorrendo. Às 18h, integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que estavam acampados em frente ao Congresso, programaram uma vigília pelo impeachment.
O protesto ocorre dois dias depois de cerca de 4 mil pessoas - a maioria ligada à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) - terem percorrido a Esplanada contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o impeachment de Dilma.