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OPERAÇÃO Lava Jato

- Publicada em 03 de Novembro de 2015 às 19:56

Herdeiro da empreiteira Mendes Junior pega 19 anos e quatro meses de prisão

O juiz federal Sérgio Moro, que atua nos processos da Operação Lava Jato, condenou um dos herdeiros da Mendes Junior, Sergio Cunha Mendes, a 19 anos e quatro meses de prisão. Essa é a pena mais alta direcionada a um executivo envolvido no esquema de corrupção da Petrobras estabelecida até o momento.
O juiz federal Sérgio Moro, que atua nos processos da Operação Lava Jato, condenou um dos herdeiros da Mendes Junior, Sergio Cunha Mendes, a 19 anos e quatro meses de prisão. Essa é a pena mais alta direcionada a um executivo envolvido no esquema de corrupção da Petrobras estabelecida até o momento.
A empreiteira foi condenada a pagar uma multa de R$ 31,5 milhões, o mesmo valor da propina que a companhia pagou à diretoria de Abastecimento da Petrobras, ainda de acordo com o juiz.
O executivo foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Cunha Mendes foi vice-presidente da empreiteira da sua família até ser preso pela Lava Jato, em 14 novembro do ano passado, na sétima fase da operação. Ele se entregou à Polícia Federal em Curitiba (PR) em seu próprio jatinho.
Solto em 29 de abril por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Mendes estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Na sentença, o juiz determina que ele remova o acessório de monitoramento no prazo de cinco dias. A empreiteira é acusada de pagar suborno em cinco obras da Petrobras, como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) e Replan, refinaria que fica em Paulínia (SP).
Boa parte das acusações foram baseadas em depoimentos do ex-diretor Paulo Roberto Costa, que relatou o suborno após fechar um acordo de delação premiada.
Também foram condenados outros dois executivos da empreiteira: Rogério Cunha Costa, que foi diretor da área de óleo e gás da Mendes Junior, terá de cumprir 17 anos e quatro meses, enquanto o engenheiro Alberto Elíseo Vilaça Gomes, que assinou contratos com a Petrobras, pegará 10 anos de prisão.

Bens de Youssef e Costa avaliados em R$ 8 mi vão a leilão

Um total de R$ 8 milhões em bens do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa serão leiloados nos dias 13 e 23 deste mês. Dois dos principais delatores do esquema do petrolão, eles já acumulam condenações por crimes como corrupção, organização criminosa, crime contra o sistema financeiro, peculato e lavagem de dinheiro. Os bens vão a leilão por decisão do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba.
Ao todo, serão leiloados seis apartamentos tipo flat no Hotel Blue Tree Premium, em Londrina (PR), além dos 37,23% que pertencem a Youssef do Connect Smart Hotel, antigo Web Hotel Salvador, em Salvador (BA) e de um terreno do doleiro localizado no Condomínio Villagio de Engenho, em Cambé (PR), que tem área de 1.266,62 metros quadrados, e é avaliado em R$ 180 mil. Os apartamentos e a sociedade no hotel estão registrados em nome da GFD Investimentos, empresa de fachada do pivô do petrolão. Os bens foram avaliados em R$ 5 milhões.
Já Costa terá leiloada uma lancha Costa Azul, ano 2013, com 13,70 metros de comprimento (45 pés), dois motores de centro com Eixo Volvo Penta, e avaliada em R$ 3 milhões. A embarcação está em nome da empresa Sunset Global Investimentos e Participações Ltda, de propriedade do ex-diretor da Petrobras, localizada na Marina do Condomínio Portobello Resort e Safari, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro.
O leilão começa às 14h e será realizado pela internet. O valor mínimo para venda será de 80% da avaliação judicial.