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Opinião

- Publicada em 15 de Novembro de 2015 às 22:47

Quando a estupidez humana chega às raias da loucura

O mundo deplora o ataque e se veste de azul, branco e vermelho, as cores da França. São 129 mortes confirmadas e os atentados repetem uma trágica rotina. Então, de que adiantou a derrubada, pelos ocidentais, dos mandatários do Afeganistão, do Iraque, da Líbia e a guerra civil na Síria, cujo presidente, Bashar al-Assad, se mantém no poder? Pobreza e miséria sempre foram o caldo perfeito para fermentar ódios e fanatismos, desde tempos imemoriais. Não há elites que possam proteger e organizar as suas populações, em países desestruturados. Talvez explique, ainda que jamais justifique, a barbárie. Paris também sepultou, em parte, no noticiário, a tragédia de Mariana, Minas Gerais, onde o rio Doce virou lama, tormento ambiental em desastre jamais visto no Brasil.
O mundo deplora o ataque e se veste de azul, branco e vermelho, as cores da França. São 129 mortes confirmadas e os atentados repetem uma trágica rotina. Então, de que adiantou a derrubada, pelos ocidentais, dos mandatários do Afeganistão, do Iraque, da Líbia e a guerra civil na Síria, cujo presidente, Bashar al-Assad, se mantém no poder? Pobreza e miséria sempre foram o caldo perfeito para fermentar ódios e fanatismos, desde tempos imemoriais. Não há elites que possam proteger e organizar as suas populações, em países desestruturados. Talvez explique, ainda que jamais justifique, a barbárie. Paris também sepultou, em parte, no noticiário, a tragédia de Mariana, Minas Gerais, onde o rio Doce virou lama, tormento ambiental em desastre jamais visto no Brasil.
Gradativamente, organizamo-nos em sociedades, chamadas primitivamente de tribos. Tinham chefes, líderes espirituais e a transcendência da vida para a morte sempre foi o enigma desde o homo sapiens. As religiões, os ritos e a mumificação tentaram preservar a vida deste plano terrestre para algo que seria melhor. As três grandes religiões monoteístas, O Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo pregam o amor ao próximo, a caridade e o viver temente a Deus. Porém, no século XX, duas guerras mundiais, entre 1914/1918 e 1939/1945, custaram 70 milhões de mortos. O autoproclamado Estado Islâmico (EI), uma espécie de franquia da Al Qaeda, é uma força paramilitar. A guerra civil na Síria já matou 250 mil pessoas e deslocou outras 11 milhões, levando 800 mil refugiados à Europa.
Em países nos quais os jovens não têm perspectivas de vida, a fome e a miséria rondam e resta apenas a Sharia, a lei básica do Islã. Ou os "infiéis" se convertem, ou morrem. O EI quer impor a religião e um "Califado" no Oriente Médio. Mas o grupo xiita libanês Hezbollah e os movimentos palestinos Hamas, no poder na Faixa de Gaza, e a Jihad Islâmica condenaram os atentados realizados em Paris.
O homem, desmedidamente, anseia pelo poder, ou por amor ou por destruição. Imola-se para matar outros humanos, como em Paris - por deturpados ideais religiosos, políticos ou humanistas.
Ansar al-Sharia é um nome usado por um conjunto de grupos ou milícias islamitas radicais ou militantes, em pelo menos sete países. No entanto, é de se lembrar que as intervenções das potências ocidentais no Iraque, no Afeganistão, na Líbia, na Somália e na Síria resultaram na quase completa desestruturação política e administrativa destes países. E, em uma nação mal constituída, são as pessoas menos importantes ou as mais mal formadas as que incutem mais terror, e ocasionam os maiores males, como os franceses estão sentindo e o mundo lamenta desde a sexta-feira, 13.
Não adianta intervir militarmente, tirar um presidente como Saddam Hussein, no Iraque, déspota, ou como Muahmar Kadafi, um troglodita na Líbia, ou Bashar al-Assad, na Síria, pois eles são resultado de uma cultura e maneira de ser. Erradas, mas aglutinadoras. Da mesma forma, o terrorismo não resolveu nem resolverá nada. Pelo contrário, gera a intolerância.
O Estado Islâmico assumiu os atentados e as quase 130 pessoas mortas em Paris e também a derrubada de um avião no Egito e o bombardeios no Líbano. Lutar contra quem julga que morrer em nome de ideais religiosos é passaporte para o paraíso, é bem mais difícil. A barbárie parece um software na mente humana, que armazena ódio, vingança, poder e destruição. O terrorismo não é solução, nunca foi e certamente nunca será.
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