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Opinião

- Publicada em 13 de Novembro de 2015 às 14:27

O novo rosto da imigração

Não há como negar. A pauta da imigração é internacional, urgente e histórica. O momento exige um importante trabalho de organização, receptividade e solidariedade para as pessoas que se deslocam pelo mundo em busca de dignidade. Os refugiados fogem da morte e da fome. Mas é fácil entender a desconfiança e a dificuldade que alguns povos tem em receber outros. Justamente por sermos contemporâneos de um tempo difícil, de muitas mudanças e ameaças de todas as formas. No caso do Rio Grande do Sul - onde a presença de senegaleses e haitianos já chega a pelo menos 119 municípios -, estamos acompanhando manifestações sensíveis à situação e também de ódio, de repulsa, racistas e regadas a xenofobia. Isso nada tem a ver com as façanhas gaúchas tão orgulhosamente idolatradas ao longo da nossa história. Italianos e alemães, por exemplo, chegaram aqui no Estado pelo mesmo motivo. Para fugir de uma vida desgraçada nos países de origem, buscando uma vida tranquila por aqui. Depois vieram os refugiados da Primeira e Segunda Guerra Mundial e se estabeleceram, formando o que hoje é o nosso povo.
Não há como negar. A pauta da imigração é internacional, urgente e histórica. O momento exige um importante trabalho de organização, receptividade e solidariedade para as pessoas que se deslocam pelo mundo em busca de dignidade. Os refugiados fogem da morte e da fome. Mas é fácil entender a desconfiança e a dificuldade que alguns povos tem em receber outros. Justamente por sermos contemporâneos de um tempo difícil, de muitas mudanças e ameaças de todas as formas. No caso do Rio Grande do Sul - onde a presença de senegaleses e haitianos já chega a pelo menos 119 municípios -, estamos acompanhando manifestações sensíveis à situação e também de ódio, de repulsa, racistas e regadas a xenofobia. Isso nada tem a ver com as façanhas gaúchas tão orgulhosamente idolatradas ao longo da nossa história. Italianos e alemães, por exemplo, chegaram aqui no Estado pelo mesmo motivo. Para fugir de uma vida desgraçada nos países de origem, buscando uma vida tranquila por aqui. Depois vieram os refugiados da Primeira e Segunda Guerra Mundial e se estabeleceram, formando o que hoje é o nosso povo.
O que devemos fazer é trabalhar para que eles possam se adaptar rapidamente. É preciso fazer um pacto entre os governos de todos os níveis, a sociedade civil e as embaixadas dos refugiados, para que a nova Lei de Imigração, que será discutida na Assembleia Legislativa no dia 4 de dezembro, possa desvincular a questão migratória do tema de segurança nacional e passe a ser tratada por autoridade imigratória constituída. Defendo que façamos um esforço integral por políticas públicas especialmente pensadas para estas populações, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre Refugiados, da qual o Brasil é signatário. Neste sentido, hoje estamos instalando a Frente Parlamentar de Acompanhamento e Solidariedade aos Imigrantes e Refugiados no RS, apoiada por 31 parlamentares, que pretende atuar diretamente na transformação da realidade que cerca os imigrantes no nosso Estado.
Deputado estadual (PT)
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