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Opinião

- Publicada em 12 de Novembro de 2015 às 16:18

A União é que precisa prestar contas ao RS

O Rio Grande do Sul sofreu o quarto bloqueio seguido das contas pela União. Isso significa que, novamente, o governo federal restringe o uso dos nossos próprios recursos - que já são escassos sem esse empecilho. A medida faz com que todo dinheiro repassado ao Rio Grande do Sul seja sequestrado, evitando repasses de Brasília e impedindo que fornecedores sejam pagos.
O Rio Grande do Sul sofreu o quarto bloqueio seguido das contas pela União. Isso significa que, novamente, o governo federal restringe o uso dos nossos próprios recursos - que já são escassos sem esse empecilho. A medida faz com que todo dinheiro repassado ao Rio Grande do Sul seja sequestrado, evitando repasses de Brasília e impedindo que fornecedores sejam pagos.
Isso ocorre porque o governo do Estado decidiu, sabiamente, atrasar o pagamento da dívida que o RS tem com a União. Sabiamente porque o Executivo precisou optar entre pagar os servidores ou pagar a parcela da dívida com o governo federal, e fez a escolha certa. Porém, em função da atitude vinda de Brasília, os gaúchos tornam-se reféns do governo federal.
O débito "impagável" tem gerado um caos sem precedentes ao nosso Estado. Os cofres estão vazios, as finanças quebradas e, como se não bastasse, os juros são maiores que os cobrados por agiotas no mercado. Alguns alegam que é uma cláusula prevista em contrato, o bloqueio. Assim como as taxas aplicadas. E são informações verdadeiras. O problema é que essa dívida já foi quitada. Mais de uma vez. Na década de 1990, devíamos R$ 9,5 bilhões e até hoje foram pagos R$ 22 bilhões, muito mais do que o valor inicial. Mesmo assim, ainda devemos R$ 47 bilhões.
Precisamos, portanto, questionar a supremacia da União diante dos estados e municípios. É imprescindível evitar que as nossas contas sejam bloqueadas mais uma vez. Tanto é assim que a dívida em si e a necessidade de sanar e/ou auditar esse débito ainda é um dos poucos temas que une mesmo os opositores mais radicais. E que continue assim, porque da maneira como eu vejo, a União é que precisa prestar contas ao Rio Grande do Sul, e não o contrário.
Deputado estadual (PMDB)
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