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Opinião

- Publicada em 03 de Novembro de 2015 às 17:58

Usina de Belo Monte não é capricho, mas necessidade

Questionamentos ambientalistas retardaram para 2016 a entrada em operação da primeira turbina da poderosa Usina de Belo Monte, no estado do Pará. Evidentemente que a preservação ambiental é muito importante, principalmente na Amazônia, que abriga um ecossistema riquíssimo. Porém, tudo deve ter limites, dentro da lógica e do bom senso.
Questionamentos ambientalistas retardaram para 2016 a entrada em operação da primeira turbina da poderosa Usina de Belo Monte, no estado do Pará. Evidentemente que a preservação ambiental é muito importante, principalmente na Amazônia, que abriga um ecossistema riquíssimo. Porém, tudo deve ter limites, dentro da lógica e do bom senso.
A Usina de Belo Monte tem potência instalada de 11,2 mil megawatts (MW). Essa energia é suficiente para atender a 20 milhões de pessoas por um ano. O empreendimento enfrentou protestos de ecologistas, populações ribeirinhas e 15 etnias indígenas cujo território foi afetado pela construção da hidrelétrica.
Eles apontam que a obra causou redução do volume de água na região e isso afeta a fauna e a flora. Além disso, condenam o alagamento de 440 quilômetros quadrados da região.
O governo federal diz que mais da metade desta área é inundada pelo rio Xingu em época de cheia. Os críticos apontam que a usina atrairá 100 mil pessoas para a região e aumentará o desmatamento com garimpo, exploração madeireira, além da caça e pesca ilegal. Apesar dos protestos, a Fundação Nacional do Índio (Funai) aprovou a obra.
É evidente que não podemos ir derrubando tudo o que se encontra pela frente para construir hidrelétricas. No entanto, na relação custo-benefício para o Brasil, Belo Monte é uma prioridade, da mesma forma que outras hidrelétricas. A energia é, hoje, uma questão estratégica para a economia de um País, fundamental para garantir o crescimento do PIB e o desenvolvimento da nação.
Da mesma forma, a sustentabilidade ambiental é uma peça-chave. Grandes grupos empresariais definem investimentos baseados, inclusive, nos avanços ambientais e tecnológicos dos países em que pretendem se instalar.
No caso da Usina de Belo Monte, Brasília apresentou uma decisão e esclarecimentos fortes, pois os índios reclamam de diversos efeitos da construção da hidrelétrica. Segundo o governo federal, foi feita a consulta ao povo através de lideranças do povo Munduruku no Tapajós, representando várias etnias.
Os indígenas reivindicaram a regulamentação da consulta prévia e a suspensão imediata de todas as obras e estudos relacionados às barragens nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires.
Em sua relação com o governo federal, lideranças Munduruku têm feito propostas duras e a negociação é tensa. Em outubro de 2012, junto com indígenas Kayabi e Apiacá, sequestraram e ameaçaram de morte nove funcionários do governo que realizavam um processo de diálogo na aldeia Teles Pires. Em fevereiro de 2013, foram a Brasília e se recusaram a fazer uma reunião com o então ministro Gilberto Carvalho, afirmando que o governo federal iria usar esse encontro para dizer ter feito uma consulta prévia.
Dias depois, essas mesmas lideranças deixaram de comparecer a uma reunião que tinham marcado com a Secretaria-Geral da Presidência da República em Jacareacanga (PA). Invadiram Belo Monte e exigiram consulta prévia e suspensão dos estudos.
Na verdade, alguns Munduruku não querem nenhum empreendimento em sua região. Entretanto, o Brasil ainda precisa das hidrelétricas para produzir energia limpa aliás, essa é a nossa principal fonte de energia. Da mesma forma, deve-se apostar nas energias eólica e solar, mas essas ainda são complementares.
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