Durante visita ao Quênia, o papa Francisco disse a líderes religiosos que eles devem atuar como "profetas da paz" e promover um diálogo entre as crenças para se proteger dos "bárbaros" ataques de terroristas no país africano. "Muitas vezes, jovens têm se radicalizado em nome da religião para semear a discórdia e o medo, e para rasgar o próprio tecido da sociedade", disse Francisco a representantes cristãos, muçulmanos, judeus, animistas, dentre outras religiões.
O pontífice condenou os ataques da facção islâmica somali Al Shabaab, ligada à Al-Qaeda, que nos últimos anos, mataram cerca de 400 pessoas no Quênia. Em abril, milicianos invadiram uma universidade e mataram 148 estudantes cristãos. "Nossa convicção comum é que o Deus a que buscamos servir é um Deus de paz. Seu santo nome não pode ser utilizado nunca para justificar o ódio e a violência", acrescentou o Papa.
O encontro ecumênico aconteceu pouco antes de Francisco ir de papamóvel ao campus da Universidade de Nairóbi, onde celebrou uma missa para milhares de fiéis. A missa foi protegida por cerca de 10 mil agentes de segurança. Francisco desembarcou no Quênia na quarta-feira, iniciando sua primeira visita ao continente africano. Nos próximos dias, ele deve passar pela República Centro-Africana e por Uganda.