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Terrorismo

- Publicada em 22 de Novembro de 2015 às 23:51

Alemanha tem mais de 420 extremistas islâmicos vivendo no país

Governo analisa pistas que possam indicar algo suspeito nos imigrantes

Governo analisa pistas que possam indicar algo suspeito nos imigrantes


ARMIN WEIGEL/AFP/JC
Cerca de 120 pessoas com cidadania da Alemanha morreram apoiando ou lutando pelo EI na Síria e no Iraque, divulgou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, em uma entrevista publicada ontem, acrescentando que estima-se que existam 420 extremistas islâmicos vivendo atualmente no país.
Cerca de 120 pessoas com cidadania da Alemanha morreram apoiando ou lutando pelo EI na Síria e no Iraque, divulgou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, em uma entrevista publicada ontem, acrescentando que estima-se que existam 420 extremistas islâmicos vivendo atualmente no país.
O ministro afirmou que 760 pessoas viajaram da Alemanha para o Iraque ou para a Síria para participar de operações militares ou apoiar o EI e outros grupos terroristas. "Cerca de um terço deles retornaram para a Alemanha", informou Maiziere para o jornal Bild am Sonntag. "Nós sabemos de 70 pessoas que participaram ativamente de batalhas ou de treinamentos e depois voltaram."
Os comentários do ministro foram divulgados no momento em que a Alemanha e outros países da Europa estão em alerta máximo de terrorismo após os ataques em Paris que deixaram 130 mortos no dia 13 de novembro.
A maioria dos extremistas que viajam para o Iraque e para a Síria da Alemanha são homens com menos de 30 anos, que cresceram na Alemanha. Cerca de um quinto dos militantes são mulheres. "A maioria tem cidadania alemã ou dois passaportes. Geralmente eles falam melhor alemão do que a língua do país de origem de seus pais ou avós", disse o ministro.
Questionado sobre o temor de que extremistas possam ter entrado na Alemanha juntamente com os milhares de refugiados que chegaram ao país neste ano, Maiziere disse que o governo está observando de perto qualquer pista que possa indicar algo suspeito. "Há muitos indícios de que os terroristas possam se misturar com os refugiados, mas até o momento não confirmamos nada", afirmou.
O ministro ainda disse que está trabalhando para reduzir o número de imigrantes que entram na Alemanha. A melhor forma de lidar com a questão, segundo ele, seria se a União Europeia concordasse em aceitar uma quota generosa de refugiados que seriam escolhidos pela Agência de Refugiados da Organização das Nações Unidas, a Acnur. Uma proteção mais extrema das fronteiras também seria necessário. A Alemanha registrou a entrada de mais de 900 mil imigrantes neste ano.

Terroristas entraram no camarim, conta líder do Eagles of Death Metal

O músico Jesse Hughes, da Eagles of Death Metal, falou pela primeira vez sobre o ataque terrorista à casa de shows Bataclan, onde a banda se apresentava em Paris, alvo do mais violento dos atentados coordenados que deixaram 130 mortos na capital francesa no dia 13 de novembro.
"Diversas pessoas se esconderam no nosso camarim. Os terroristas entraram e mataram todo mundo lá, menos um rapaz que se escondeu sob minha jaqueta de couro", conta Hughes, evidentemente emocionado, em entrevista exclusiva à revista Vice.
"As pessoas se fingiam de mortas e estavam tão assustadas", afirmou o músico. "Uma das maiores razões para tanta gente ter sido morta é porque muitas pessoas se recusavam a abandonar os seus amigos. Muitas pessoas se colocaram à frente de outras."
A revista divulgou apenas um trecho da entrevista em vídeo, conduzida pelo seu fundador Shane Smith, na noite de sábado. A íntegra será revelada durante a próxima semana.
O ataque durante o show do Eagles of Death Metal no Bataclan deixou 89 mortos e diversos feridos. Os terroristas invadiram a casa de show, com cerca de 1.500 pessoas na plateia, e abriram fogo.

Obama diz que EI será destruído

Durante discurso em Kuala Lumpur, na Malásia, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que o Estado Islâmico (EI) "não pode realizar um ataque mortal" contra seu país e alertou que os atentados de Paris terão consequências. "Nós vamos destruir essa organização terrorista", disse.
Ao final de uma viagem à Ásia, Obama implorou aos norte-americanos para que não deixem que o espectro do terror comprometa seus valores ou mude a maneira com que eles vivem. "Não vamos sucumbir ao medo", afirmou. "A ferramenta mais poderosa que temos contra o EI é dizer que não temos medo, para não elevá-los, para que, de alguma forma, comprem a fantasia de que eles estão fazendo algo importante". O presidente ainda afirmou que os militantes do grupo são "um bando de assassinos com uma boa mídia social".
Rejeitando uma ameaça real, Obama afirmou que o EI não pode enfrentar os EUA no campo de batalha, por isso "eles tentam nos aterrorizar". "Eu acho que é absolutamente vital para qualquer país, qualquer líder, enviar os sinais de que a crueldade de alguns assassinos não vai impedir o mundo de fazer negócios vitais", declarou.
Presidentes e líderes mundiais vão se reunir em Paris nesta semana para discutir questões climáticas. A Casa Branca insiste que não haverá mudança de planos.

Polícia pede ajuda para identificar terceiro homem-bomba de Saint-Denis


A polícia francesa divulgou ontem, por meio do Twitter, a foto do terrorista envolvido no ataque ao Stade de France no último dia 13, e pediu para que a população ajude a identificar o terceiro homem-bomba. Além dele, outros dois se explodiram nos arredores do estádio durante uma partida amistosa entre as seleções da França e da Alemanha.
Os outros dois que participaram da ação no estádio foram identificados como Bilal Hadfi e Ahmad al-Mohammad. A identidade deste último não foi confirmada - um passaporte sírio foi encontrado a seu lado, mas não se sabe se este estaria adulterado. Suas digitais confirmam que ele foi registrado como refugiado em sua entrada na Europa, via Grécia.

Papa Francisco condena ataques que mataram 19 pessoas no Mali


O Papa Francisco condenou o ataque realizado por extremistas em um hotel em Mali, que deixou pelo menos 19 mortos, no momento em que se prepara para visitar três países no continente africano.
O secretário de estado do Vaticano disse em telegrama enviado ontem para o arcebispo de Bamoko, Monsenhor Jean Zerbo, que o Papa "está consternado com a violência sem sentido" que ele "condena fortemente". Francisco viaja na quarta-feira para Quênia, Uganda e República Central da África em uma visita de seis dias.
Na sexta-feira, militantes armados invadiram o hotel Radisson Blu, na capital Bamaco e abriram fogo no sagão. A ação foi reivindicada por um grupo aliado da Al-Qaeda. A polícia procura agora por três suspeitos que participaram da ação.