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Terrorismo

- Publicada em 18 de Novembro de 2015 às 16:12

Ação em Paris termina com sete presos e dois mortos

Uma mulher-bomba teria ativado explosivos durante a investida

Uma mulher-bomba teria ativado explosivos durante a investida


ERIC FEFERBERG/AFP/JC
Uma megaoperação antiterrorismo em Saint-Denis, subúrbio ao Norte de Paris, terminou com a prisão de sete suspeitos e a morte de duas pessoas, incluindo uma mulher-bomba, que teriam ligação com os ataques terroristas que deixaram 129 mortos e 352 feridos na semana passada na capital francesa. Por volta de 4h20min (1h20min, horário de Brasília) de ontem, policiais cercaram a esquina das ruas Corbillon e République, Centro da cidade, a cerca de 500 metros da catedral gótica de Saint-Denis, do século 12. Mais tarde, soldados chegaram ao local da operação, que durou mais de sete horas.
Uma megaoperação antiterrorismo em Saint-Denis, subúrbio ao Norte de Paris, terminou com a prisão de sete suspeitos e a morte de duas pessoas, incluindo uma mulher-bomba, que teriam ligação com os ataques terroristas que deixaram 129 mortos e 352 feridos na semana passada na capital francesa. Por volta de 4h20min (1h20min, horário de Brasília) de ontem, policiais cercaram a esquina das ruas Corbillon e République, Centro da cidade, a cerca de 500 metros da catedral gótica de Saint-Denis, do século 12. Mais tarde, soldados chegaram ao local da operação, que durou mais de sete horas.
Os suspeitos, cujas identidades não foram reveladas, ocupavam um ou mais apartamentos na região. Houve uma intensa troca de tiros e explosões. Segundo as autoridades, uma mulher-bomba se suicidou ao detonar explosivos que carregava junto ao corpo. Relatos apontam que um segundo suspeito teria sido morto por um atirador da polícia.
Além disso, três suspeitos foram presos em um apartamento e outros quatro nos arredores. Cinco policiais ficaram feridos. As autoridades disseram que um cão policial fêmea foi morto.
Policiais impediram que jornalistas se aproximassem da rua onde ocorreu o tiroteio. As autoridades orientaram os moradores a não deixar suas casas. Estações de trem e estabelecimentos comerciais na região foram fechados, e aulas escolares canceladas.
Após a operação, a polícia arrombou a porta da catedral de Saint-Denis, aparentemente para fazer investigações forenses. Segundo a emissora norte-americana CNN, a operação teria impedido os suspeitos de realizarem novos atentados, planejados para ocorrer em breve. A informação, porém, não foi confirmada.
A Procuradoria francesa afirmou que a operação antiterrorismo foi lançada após interceptações telefônicas indicarem que o belga Abdelhamid Abaaoud, suposto cérebro dos atentados, estaria em Paris, e não na Síria, como se acreditava inicialmente. O extremista continua foragido.
Além disso, a operação buscava suspeitos ligados a Ismael Mostefai e Samy Amimour, dois dos três terroristas que mataram 89 pessoas na casa de shows Bataclan - ambos se explodiram após os atentados. "As informações são muito precárias, ainda não recebi relatos oficiais da Procuradoria nem do prefeito de polícia (chefe da polícia da região parisiense). Só estamos seguindo orientações, o Centro da cidade está fechado, as escolas estão fechadas, estamos dizendo para que as pessoas fiquem em casa", disse o prefeito Didier Paillard, antes do término da operação.

Ataques aéreos matam 33 militantes do EI

Ataques aéreos realizados pela França e outras nações mataram ao menos 33 militantes islâmicos na Síria nos últimos três dias, afirmou ontem um grupo que monitora a guerra civil do país. Os ataques franceses ocorrem em retaliação aos atentados terroristas de sexta-feira à noite em Paris, nos quais morreram ao menos 129 pessoas e foram reivindicados no dia seguinte pelo Estado Islâmico.
O alvo dos ataques foi o entorno da cidade de Raqqa, a capital do autodeclarado califado extremista, de acordo com o grupo de monitoramento Observatório Sírio de Direitos Humanos. O número de mortos não pôde ser verificado de forma independente.

Franceses não devem 'ceder ao medo', diz presidente François Hollande

O presidente francês, François Hollande, disse que os franceses não podem "ceder ao medo" e devem "retomar completamente a vida" cultural do país. "O que seria nosso país sem cafés, espetáculos, eventos esportivos, museus?", declarou ontem Hollande durante encontro com prefeitos de todo o país. "Os terroristas visaram a própria ideia da França, aquilo que ela representa."
Segundo Hollande, as operações policiais de busca por suspeitos de envolvimento com o extremismo islâmico "confirmam que o país está em guerra" contra o terror. O presidente defendeu "restrições de liberdade temporárias" para garantir a segurança do país, e disse que elas devem ser eventualmente retomadas.
O governo propôs ontem formalmente ao Parlamento estender por três meses o estado de emergência que está em vigor desde os atentados. A proposta inclui medidas que dão permissão às autoridades para proibir "qualquer associação ou encontro", incluindo mesquitas e grupos comunitários.

Grupo afirma que bomba em lata de refrigerante derrubou avião russo

A organização terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou mais uma vez ontem, por meio de sua revista oficial, o atentado ao avião russo que foi derrubado no deserto do Sinai no mês passado. A publicação inclui a fotografia do explosivo supostamente utilizado no ataque.
A justificativa para a ação aparece na introdução do número 12 da revista, chamada Dabiq. O EI relaciona a queda do avião às intervenções da Rússia na Síria. "Uma bomba foi contrabandeada para dentro do avião, levando à morte de 219 russos e outros cinco cruzados, apenas um mês depois da decisão inconsciente (de atacar a organização terrorista)."
A revista circula desde o ano passado, quando o EI declarou seu califado em um território que inclui partes da Síria e do Iraque. O explosivo que aparece na terceira página da revista parece ter sido escondido em uma latinha de alumínio, como a de um refrigerante. Não foi possível averiguar a veracidade da informação, nem a possibilidade de um explosivo escondido nesse tipo de recipiente realmente derrubar uma aeronave.