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Internacional

- Publicada em 10 de Novembro de 2015 às 13:56

Governo britânico apresenta demandas para permanecer na UE

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, apresentou nesta terça-feira (10) uma série de demandas para evitar a saída do Reino Unido da União Europeia. Ele promete um plebiscito até 2017 para a população decidir sobre o tema.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, apresentou nesta terça-feira (10) uma série de demandas para evitar a saída do Reino Unido da União Europeia. Ele promete um plebiscito até 2017 para a população decidir sobre o tema.
Cameron enviou uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, com as reivindicações. São elas: mesmas condições econômicas aos países que não integram a zona do euro (como é o caso do Reino Unido, que usa moeda própria, a libra esterlina), fortalecimento de competitividade de negócios dentro do bloco, exclusão do Reino Unido de medidas que aumentam integração política (na prática, menos autonomia ao Parlamento Europeu e mais ao Parlamento de Londres) e liberdade para o governo britânico impor limites no seu território ao livre trânsito de cidadãos da UE.
"O que estou pedindo é o necessário para resolver os problemas da relação britânica com a União Europeia", declarou o premiê. Seu gesto é o primeiro passo oficial para obter esses compromissos das principais lideranças do bloco em troca de evitar a saída do Reino Unido. Por meio de sua conta no Twitter, Donald Tusk confirmou o recebimento da carta e afirmou que começará a discuti-la com os membros da UE a partir da próxima semana.
A chanceler alemã, Angela Merkel, já declarou que vai trabalhar pela permanência do país no bloco, mas espera-se dela que não ceda tão fácil às reivindicações de Cameron, sobretudo em relação a mudanças no livre trânsito dos cidadãos, um dos princípios de criação da UE.
A chamada "renegociação" de permanência do Reino Unido é uma antiga bandeira política do primeiro-ministro e fez parte de sua promessa da campanha que o reelegeu em maio. Pessoalmente, o premiê não transparece ser favorável à saída da União Europeia, mas tem sido pressionado por setores do país, sobretudo do seu partido, Conservador, a cobrar mais autonomia.
As pesquisas apontam que, por enquanto, a maioria da população é contra deixar a UE. Cameron tenta, no entanto, usar a possibilidade de uma votação popular aprovar o rompimento com o bloco como moeda de negociação com as outras lideranças -ou seja, atendidas às reivindicações, esse risco seria cada vez menor.
Das demandas, a mais delicada diz respeito ao limites do livre trânsito dos europeus. O governo britânico argumenta que seu território virou alvo preferido de cidadãos de países da UE economicamente mais frágeis e que buscam migrar em busca de benefícios públicos concedidos pelo Reino Unido.
"Temos que ser capazes de lidar com todas as pressões que o livre movimento podem trazer em nossas escolas, hospitais e serviços públicos", afirmou Cameron nesta terça. O premiê alega que o cenário britânico migratório "não é sustentável" e afirmou que pretende tomar medidas que restrinjam o uso de benefícios sociais por novos imigrantes que chegam de dentro da UE. Uma delas é impor que um cidadão europeu tenha que viver e contribuir com impostos no Reino Unido por quatro anos antes de solicitar algum tipo de ajuda do governo, como auxílio-moradia.
Outro ponto polêmico é a crítica que Cameron faz ao tratamento, segundo ele, desigual aos países que não integram a zona do euro (ao todo, 19 dos 28 membros da UE usam a moeda única). "Não deve haver discriminação e desvantagem para qualquer tipo de negócio por causa da moeda de um país. A integridade do mercado único (da UE) deve ser protegida", disse o premiê.
Folhapress
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