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- Publicada em 30 de Novembro de 2015 às 22:24

Porto Alegre quer zerar transmissão vertical do HIV

Exames pré-natal ainda não são realizados por 14% da gestantes

Exames pré-natal ainda não são realizados por 14% da gestantes


PMPA/DIVULGAÇÃO/JC
Jessica Gustafson
Todos os anos, cerca de 1,4 milhão de mulheres que vivem com HIV engravidam no mundo. Se não forem tratadas, a chance de transmissão do vírus para seus filhos durante a gravidez, no parto ou na amamentação varia entre 15% e 45%. Para que isso não aconteça, o acompanhamento das gestantes e o tratamento com medicamentos antirretrovirais é essencial, reduzindo o risco de passar o vírus para o bebê para apenas 1%. Há cerca de cinco anos, a Capital tinha uma taxa de transmissão vertical de cerca de seis casos para cada mil nascidos vivos. Em 2014, o percentual caiu para 2,9 casos a cada mil. A redução é importante, mas não ideal. Até 2021, a meta é zerar os casos.
Todos os anos, cerca de 1,4 milhão de mulheres que vivem com HIV engravidam no mundo. Se não forem tratadas, a chance de transmissão do vírus para seus filhos durante a gravidez, no parto ou na amamentação varia entre 15% e 45%. Para que isso não aconteça, o acompanhamento das gestantes e o tratamento com medicamentos antirretrovirais é essencial, reduzindo o risco de passar o vírus para o bebê para apenas 1%. Há cerca de cinco anos, a Capital tinha uma taxa de transmissão vertical de cerca de seis casos para cada mil nascidos vivos. Em 2014, o percentual caiu para 2,9 casos a cada mil. A redução é importante, mas não ideal. Até 2021, a meta é zerar os casos.
Os desafios que Porto Alegre precisa enfrentar para atingir a eliminação total da transmissão vertical foi o tema do seminário Epidemia Zero Para Transmissão Vertical em Porto Alegre, realizado ontem, véspera do Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A cidade tem o índice mais alto entre as capitais de prevalência do vírus na população, com 94,2 casos a cada 100 mil pessoas. A média no País é de 19,7/100 mil. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, o primeiro passo para a redução dos índices é admitir que a Capital enfrenta um epidemia de Aids. “Iniciaremos uma pesquisa para entender os motivos exatos dos casos de transmissão vertical ainda estarem sendo registrados, mapeando toda a rede de atendimento, de baixa, média e alta complexidade. Já sabemos que muitas gestantes se encontram em situação de vulnerabilidade social e temos uma média de 14% de grávidas que não fazem pré-natal. Esses são pontos importantes para o combate à transmissão, pois existe sim a dificuldade de vínculo com a rede”, ressaltou.
A utilização de métodos contraceptivos de maior duração, como o dispositivo intrauterino e os implantes hormonais, também vem sendo discutida. Neste sentido, o coordenador da área técnica de DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Gerson Barreto Winkler, destacou que é preciso entender a complexidade da questão, pois envolve os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. “Nós estamos reduzindo a transmissão vertical, mas de forma muito lenta. Temos grandes dificuldades, como a vinculação das mulheres gestantes usuárias de crack. Presamos focar não apenas nas que estão fora da rede, mas também nas que não dão continuidade ao tratamento”, explica.
Além das gestantes e dos bebês, uma das situação que tem preocupado o mundo de forma geral é o aumento da incidência de HIV em jovens até 24 anos. Cristina Albuquerque, coordenadora do Programa Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil e HIV/Aids do Unicef no Brasil, afirmou que nos últimos 15 anos, a morte de adolescentes por HIV triplicou, sendo esta a segunda causa de óbito de jovens no mundo - a primeira são causas externas, como acidentes. “Temos hoje 15 milhões de pessoas em tratamento de Aids no mundo. Número que nunca pensamos que chegaríamos. Entretanto, uma em cada três pessoas em tratamento tem menos de 15 anos. Nossos jovens têm o direito de viverem livres do HIV/Aids. Destacamos que não podemos fazer mais do mesmo no que se refere a doença, pois não está dando certo”, considera.
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