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- Publicada em 26 de Novembro de 2015 às 22:57

Acompanhamento com médico fixo pode adiantar diagnóstico de câncer

Para Escovar, prevenção é melhor forma de combate à doença

Para Escovar, prevenção é melhor forma de combate à doença


DIERLI SANTOS/SANTA CASA/DIVULGAÇÃO/JC
Suzy Scarton
O 27 de novembro é marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Câncer. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), as causas da doença são variadas, mas de 80 a 90% estão relacionadas a fatores externos, como tabagismo, exposição excessiva ao sol e obesidade. Os variados tipos de câncer são o segunda principal motivo de morte no Brasil, atrás das doenças cardiovasculares. Entre as mulheres, os mais frequentes são os de mama e de colo do útero. Entre os homens, o de próstata. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o chefe do Serviço de Oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Carlos Eugênio Escovar, alerta para a importância da prevenção, tanto para evitar a doença como para a realização de um diagnóstico precoce. 
O 27 de novembro é marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Câncer. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), as causas da doença são variadas, mas de 80 a 90% estão relacionadas a fatores externos, como tabagismo, exposição excessiva ao sol e obesidade. Os variados tipos de câncer são o segunda principal motivo de morte no Brasil, atrás das doenças cardiovasculares. Entre as mulheres, os mais frequentes são os de mama e de colo do útero. Entre os homens, o de próstata. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o chefe do Serviço de Oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Carlos Eugênio Escovar, alerta para a importância da prevenção, tanto para evitar a doença como para a realização de um diagnóstico precoce. 
Jornal do Comércio As organizações de saúde e a sociedade médica ressaltam a importância da prevenção. Que tipos de hábitos podem ser adotados para evitar o desenvolvimento do câncer?
Carlos Eugênio Escovar – Uma das medidas mais importantes é providenciar um médico que acompanhe a pessoa a longo prazo. Muitas vezes, só procuramos um profissional em uma urgência, e esse tipo de acompanhamento não é o mais adequado. É importante que o médico possa conhecer o paciente, saiba como ele evolui. A segunda medida mais importante é procurar levar um estilo de vida saudável, unindo alimentação e atividade física. Não fumar, beber com moderação e evitar a obesidade também são fatores importantes, que trazem mais resultados do que exames médicos eventuais.
JC O que a medicina oferece como avanço no tratamento da doença?
Escovar – Temos, aqui no hospital Santa Rita, assim como muitos outros em Porto Alegre, vários centros de estudos de novas drogas contra o câncer. Nos últimos anos, a doença virou realmente uma área de extremo interesse para a indústria farmacêutica. Podemos dizer que pelo menos a cada seis meses, surge uma droga nova. A indústria está investido e procurando o melhor. Mas enfrentamos um inimigo extremamente forte, mutável, que busca sobreviver no organismo. Hoje, o tratamento do câncer tem de ser feito por uma equipe multidisciplinar, com radioterapeuta, oncologista e cirurgião, todos juntos para deliberar qual o melhor tratamento para cada paciente. Existem tratamentos relacionados à imunoterapia, que atinge uma determinada via de alimentação do tumor, matando as células tumorais e diminuindo os efeitos colaterais. É o futuro da oncologia e já tem sido usado em alguns tipos de melanomas, mas nem todas as vias de alimentação dos tumores já foram identificadas. 
JC Recentemente, instaurou-se uma polêmica sobre a fosfoetanolamina sintética, a chamada pílula do câncer. O Laboratório do Estado pode testar o medicamento. Para o senhor, a tentativa é válida?
Escovar – Absolutamente tudo que possa vir a ajudar quem enfrenta um desafio como a luta contra o câncer é válido. Nós, como médicos, farmacêuticos, pensamos que é preciso estudo que comprove a eficácia da medicação. Os efeitos da fosfoetanolamina ainda não foram comprovados. É diferente do canabidiol, cujos efeitos no controle da dor e de crises convulsivas já foi comprovado, embora o medicamento ainda não tenha sido aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Obviamente, quero que a fosfoetanolamina funcione. Nenhum médico gosta de perder um paciente para o câncer. Mas, primeiro, precisamos estudar. Com essa distribuição desregulada, é possível que surjam pessoas querendo se aproveitar do sofrimento dos doentes. Para ser seguro, o governo precisa regulamentar e a Anvisa, liberar.
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