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Saúde

- Publicada em 24 de Novembro de 2015 às 14:41

Pernambuco já registra 487 casos de microcefalia

Dados do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado ontem, apontam que, até o dia 21 de novembro, foram notificados 739 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 160 municípios de nove estados. Isso quer dizer que, em apenas uma semana, o número de registros cresceu 85% no País. Somente em Pernambuco, foram registrados 487 casos.
Dados do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado ontem, apontam que, até o dia 21 de novembro, foram notificados 739 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 160 municípios de nove estados. Isso quer dizer que, em apenas uma semana, o número de registros cresceu 85% no País. Somente em Pernambuco, foram registrados 487 casos.
A equipe do MS vem monitorando a situação desde o fim de outubro. Os estados da Paraíba (96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9), Bahia (8) e Goiás (1) também encontraram recém-nascidos com a doença. Entre o total de casos, foi notificado um óbito suspeito no Rio Grande do Norte. 
A infecção pelo vírus zika, identificado no Brasil no primeiro semestre deste ano e transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, é apontada como a principal hipótese para o aumento. Isso ocorre por três motivos principais. O primeiro é a coincidência temporal entre o aparecimento da doença no País e o posterior surgimento de casos de microcefalia. Outro fator são os relatos de mães de bebês sobre a presença de sintomas de zika durante a gestação. E, ainda, os resultados de exames no líquido amniótico de duas gestantes da Paraíba que confirmaram a infecção pelo vírus.
A microcefalia não é uma novidade. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 centímetros. O problema decorre de diferentes fatores, como substâncias químicas ou agentes biológicos como bactérias, vírus e radiação.
Em meio ao avanço dos registros, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que a pasta estuda ampliar o uso de medidas de combate ao Aedes aegypti. No balanço do Ministério da Saúde, subiu para 18 o número de estados com registros de circulação do vírus. Na semana passada, eram 14. Entre as possibilidades para aumentar o combate ao vetor, está o uso de mosquitos transgênicos ou de bactérias que, ao contaminar o mosquito, o impossibilite de transmitir doenças.
O uso desses recursos, hoje em teste em algumas regiões do País, no entanto, depende ainda da avaliação sobre a disponibilidade dessas tecnologias em larga escala e possíveis efeitos. "É possível fazer isso em uma região inteira, mas em um País inteiro? Não sabemos. É uma das ferramentas que prenunciamos para o futuro", afirma Castro. O governo também poderá pedir o apoio do Exército para ampliar as medidas de combate ao mosquito, caso necessário. O uso de telas nas janelas também é recomendado.

País registra 1,5 milhão casos de dengue em 2015

Até a metade deste mês, o Brasil havia registrado mais de 1,5 milhão casos de dengue. Esse número equivale a um aumento de 176% com reação ao mesmo período do ano passado. Houve também um aumento de 104% nos casos graves e de 79% no número de mortes quando comparado aos dados de 2014.
Os números foram divulgados ontem pelo Ministério da Saúde. Até o dia 14 de novembro, foram registrados 1.534.932 casos de dengue, que mataram 881 pessoas. Os casos graves somam 1.488. Em 2014, foram 555.462 casos de dengue com 453 mortes e 728 casos graves da doença. Se comparado o ano de 2015 ao de 2013, quanto houve uma epidemia da doença, houve aumento de 7% nos registros de pessoas infectadas pela dengue.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, pediu a mobilização da sociedade e dos agentes públicos para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Ele lembrou que o mosquito agora transmite também a febre chikungunya e o vírus zika. "Ou a sociedade se mobiliza para combater o Aedes aegypti ou não seremos vitoriosos. O momento que estamos vivendo é muito grave", alertou o ministro.
Goiás registra a maior incidência de dengue, com 2.314 casos por 100 mil habitantes, seguido por São Paulo, com 1.615 casos. A Região Sudeste concentra 63% dos casos (975.505). No Nordeste, foram 278.94, no Centro-Oeste, 198.555, no Sul, 51.784, e no Norte, 30.143.