A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) esclareceu, na sexta-feira, que o corte de R$ 243,673 milhões no orçamento de investimentos da empresa se trata, na verdade, de "remanejamento de recursos para atender à necessidade de aportes nas Sociedades de Propósito Específico (SPEs) dos aeroportos concedidos". A redução orçamentária consta de decreto publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira. A dotação orçamentária inicial para investimentos da empresa este ano era de
R$ 1,629 bilhão.
Segundo a empresa, para efetivar o aporte às concessões foram cancelados planos de trabalho dos terminais de Fortaleza, em R$ 80 milhões, de Macapá, em R$ 30 milhões, e de Florianópolis, em R$ 50 milhões. Os cerca de R$ 84 milhões restantes correspondem a obras menores nos outros aeroportos da Rede Infraero, formada por 60 terminais ao todo.
"Em relação aos aeroportos de Fortaleza e Florianópolis, o cancelamento de investimentos não causa impacto, já que, desde o anúncio da concessão desses terminais, os investimentos previstos estão sendo revistos pela Infraero juntamente com a Secretaria de Aviação Civil (SAC)", explicou a Infraero em nota. "O objetivo dessa revisão é definir quem será responsável pelas melhorias, se a iniciativa privada ou o poder público", acrescentou.
Quanto ao aeroporto de Macapá, a empresa explicou que o cancelamento de R$ 30 milhões de investimentos busca cumprir o teto orçamentário proposto para a Infraero.