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Política Monetária

- Publicada em 19 de Novembro de 2015 às 19:21

Prévia do IPCA-15 chega a 10,28% em 12 meses

Consumidor passou a pagar 4,70% a mais pelo litro da gasolina

Consumidor passou a pagar 4,70% a mais pelo litro da gasolina


ANTONIO PAZ/JC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, subiu 0,85% em novembro. É o índice mais elevado desde 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando foi registrado 0,86%. No ano, o indicador chegou a 9,42%, o maior no acumulado de janeiro a novembro desde 1996. Em 2014, em comparação ao mesmo período, a taxa era 5,63%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, subiu 0,85% em novembro. É o índice mais elevado desde 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando foi registrado 0,86%. No ano, o indicador chegou a 9,42%, o maior no acumulado de janeiro a novembro desde 1996. Em 2014, em comparação ao mesmo período, a taxa era 5,63%.
Em relação aos últimos 12 meses, o índice chegou a 10,28%, acima da taxa dos 12 meses imediatamente anteriores (9,77%). "Desde novembro de 2003, com os 12 meses em 12,69%, não havia registro de taxa mais elevada. Em novembro de 2014, o IPCA-15 havia sido 0,38%", diz o IBGE.
O preço do combustível, com alta de 5,89% no mês, foi o que mais pressionou o IPCA-15 em novembro. O item responde por 35% do indicador. "O consumidor passou a pagar 4,70% a mais pelo litro da gasolina, que exerceu impacto de 0,18 p.p. (ponto percentual) no índice, enquanto o etanol, que ficou 12,53% mais caro, exerceu 0,11 p.p. O aumento da gasolina nas bombas, que acumula 6,48% nos meses de outubro e novembro, foi consequência dos 6% praticados ao nível das refinarias, reajuste em vigor desde o dia 30 de setembro", diz a nota do IBGE.
Segundo o IBGE, os preços no grupo transporte também foram influenciados pelas tarifas de ônibus, com alta de 0,76%. Em Belo Horizonte, a variação foi de 5,77%, onde o reajuste de 9,68% passou a vigorar a partir de 25 de outubro; em Brasília, a variação chegou a 5,26%, onde as tarifas foram reajustadas em 33,34% em setembro. Em Fortaleza, a variação chegou a 2,92%, com reajuste de 14,58% em novembro.
O grupo alimentação e bebidas registrou alta de 1,05%, impactando também no resultado do índice. Os produtos comprados para consumo em casa aumentaram 1,35%. A alimentação fora de casa subiu 0,52%. De outubro a novembro, alguns dos alimentos e bebidas que tiveram alta de preços foram: tomate (15,23%), açúcar cristal (9,61%) e refinado (7,94%), arroz (4,10%), frango inteiro (3,96%), cerveja (3,35%), óleo de soja (2,84%), frutas (2,14%), carne (1,71%) e pão francês (1,03%). Os mais baixos resultados de grupo foram em artigos de residência, com 0,07%, e educação, que ficou em 0,03%.
Os preços para o cálculo do IPCA-15 foram coletados entre os dias 15 de outubro e 12 de novembro de 2015 e comparados com os coletados de 15 de setembro a 14 de outubro de 2015. O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Belo Horizonte, do Recife, de São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia é a mesma usada no IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Índice da miséria dispara no Brasil

Com o IPCA-15 de novembro, divulgado nesta quinta-feira, registrando alta de 10,28% em 12 meses e a taxa de desemprego, também revelada nesta quinta-feira pelo IBGE, a 7,9%, o chamado “índice da miséria” do Brasil continua sua trajetória de forte alta. Esse conceito, criado pelo economista norte-americano Arthur Okun, soma inflação e desemprego, considerando que ambos criam custos econômicos e sociais para um país.
Com os dados, o índice de miséria do Brasil chegou a 18,18%. No começo deste ano, o resultado era de pouco mais de 10%. “Não há alívio à vista. O desemprego deve continuar subindo à medida que a recessão se aprofunda”, escreveu em um breve comentário no seu blog a pesquisadora do Instituto Peterson de Economia Internacional Monica Baumgarten de Bolle, chamando atenção para a escalada do indicador cunhado por Okun.
O atual nível do índice de miséria é o pior desde pelo menos 2008. Naquele ano, em meio à crise financeira internacional, o índice chegou perto de 14%. O indicador brasileiro também está entre os piores do mundo. A campeã disparada é a Venezuela, com mais de 80%. Na sequência aparece a Argentina, acima de 30%, e em terceiro lugar está a África do Sul, pouco abaixo dessa marca.
Enquanto isso, o índice de miséria dos EUA está em 5,2%, considerando uma taxa de desemprego de 5,0% e a inflação - medida pelo índice de preços dos gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) - de 0,2%. Trata-se do menor nível desde meados da década de 1950.

Inflação e desemprego fazem índice da miséria disparar

Com o IPCA-15 de novembro, divulgado nesta quinta-feira, registrando alta de 10,28% em 12 meses e a taxa de desemprego, também revelada nesta quinta-feira pelo IBGE, a 7,9%, o chamado "índice da miséria" do Brasil continua sua trajetória de forte alta. Esse conceito, criado pelo economista norte-americano Arthur Okun, soma inflação e desemprego, considerando que ambos criam custos econômicos e sociais para um país.
Com os dados, o índice de miséria do Brasil chegou a 18,18%. No começo deste ano, o resultado era de pouco mais de 10%. "Não há alívio à vista. O desemprego deve continuar subindo à medida que a recessão se aprofunda", escreveu em um breve comentário no seu blog a pesquisadora do Instituto Peterson de Economia Internacional Monica Baumgarten de Bolle, chamando atenção para a escalada do indicador cunhado por Okun.
O atual nível do índice de miséria é o pior desde pelo menos 2008. Naquele ano, em meio à crise financeira internacional, o índice chegou perto de 14%. O indicador brasileiro também está entre os piores do mundo. A campeã disparada é a Venezuela, com mais de 80%. Na
sequência aparece a Argentina, acima de 30%, e em terceiro lugar está a África do Sul, pouco abaixo dessa marca.
Enquanto isso, o índice de miséria dos EUA está em 5,2%, considerando uma taxa de desemprego de 5,0% e a inflação - medida pelo índice de preços dos gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) - de 0,2%. Trata-se do menor nível desde meados da década de 1950.