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Economia

- Publicada em 17 de Novembro de 2015 às 22:01

Desemprego segue maior para os negros na RMPA

Silva (e) ressaltou os avanços conquistados pelas mulheres negras

Silva (e) ressaltou os avanços conquistados pelas mulheres negras


FREDY VIEIRA/JC
Adriana Lampert
Ainda que os negros representem apenas 13,03% da população economicamente ativa de Porto Alegre e Região Metropolitana - tendo aumentando em 16 mil pessoas no ano passado -, a taxa de desemprego entre estes trabalhadores segue maior do que para os não negros, segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA) divulgada ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). O estudo, realizado em parceria com a Fundação Gaúcha de Trabalho e Assistência Social (FGTAS) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), aponta que a taxa de participação no mercado de trabalho da população negra apresentou redução de 55,8% em 2013 para 53,9% em 2014, enquanto o desemprego manteve-se estável, com variação de 8,7% para 8,5% no mesmo período.
Ainda que os negros representem apenas 13,03% da população economicamente ativa de Porto Alegre e Região Metropolitana - tendo aumentando em 16 mil pessoas no ano passado -, a taxa de desemprego entre estes trabalhadores segue maior do que para os não negros, segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA) divulgada ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). O estudo, realizado em parceria com a Fundação Gaúcha de Trabalho e Assistência Social (FGTAS) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), aponta que a taxa de participação no mercado de trabalho da população negra apresentou redução de 55,8% em 2013 para 53,9% em 2014, enquanto o desemprego manteve-se estável, com variação de 8,7% para 8,5% no mesmo período.
Por outro lado, a retração da força de trabalho no ano passado se deu pela queda na participação de não negros, com a saída de 67 mil trabalhadores, alterando o índice de 56,6% em 2013 para 54,4% em 2014. Além de serem maioria entre os ocupados, a taxa de desemprego de não negros foi menor do que a de negros no decorrer do ano passado, tendo caído de 6% para 5,5% no mesmo período. O diretor técnico da FGTAS, Pedro Francisco da Silva Filho, destacou que as melhorias decorrentes de ações voltadas ao cenário da negritude conquistadas nos últimos anos, incluindo 2014, não se refletiram em 2015, por conta da desaceleração da economia. Mas ressaltou avanços que permaneceram ocorrendo durante o ano passado, como a migração da mulher negra do serviço doméstico para outros segmentos e inclusive para o setor público.
"Entre outros fatores, isso pode estar relacionado com a elevação do grau de instrução das mulheres negras", comenta Silva. Ele aponta que, em 2013, a taxa de desemprego da mulher negra era de 9,8%, tendo diminuído para 9,2% em 2014. Ainda assim, este foi o maior índice de desemprego da PEA. Já o nível ocupacional dos negros elevou-se em todos os setores de atividade analisados. O maior acréscimo ocorreu nos serviços, com mais seis mil ocupados (4,7%), seguido por construção (16,7%), indústria de transformação (11,1%) - ambos com mais três mil empregados cada - e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que absorveram mais dois mil trabalhadores negros (5,6%) no período. Entre os não negros, o setor da construção foi o único que evidenciou desempenho positivo, com mais dois mil ocupados (2%).
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