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Economia

- Publicada em 16 de Novembro de 2015 às 21:46

Recuperação global é desigual, avalia G-20

Encontro das potências econômicas foi encerrado ontem na Turquia

Encontro das potências econômicas foi encerrado ontem na Turquia


KAYHAN OZER/POOL/AFP/JC
A recuperação da economia global é desigual e está abaixo do esperado. Essa é a avaliação das 20 maiores potências econômicas, o G-20, e consta do comunicado final divulgado após reunião de cúpula de dois dias. O grupo alerta que há aumento de incertezas financeiras e desafios geopolíticos, mas o documento parece distante dos problemas mais recentes, pois não trata diretamente de temas como a desaceleração dos emergentes. A preocupação do Brasil com subsídios agrícolas foi quase ignorada e ficou registrada em seis palavras.
A recuperação da economia global é desigual e está abaixo do esperado. Essa é a avaliação das 20 maiores potências econômicas, o G-20, e consta do comunicado final divulgado após reunião de cúpula de dois dias. O grupo alerta que há aumento de incertezas financeiras e desafios geopolíticos, mas o documento parece distante dos problemas mais recentes, pois não trata diretamente de temas como a desaceleração dos emergentes. A preocupação do Brasil com subsídios agrícolas foi quase ignorada e ficou registrada em seis palavras.
"O crescimento da economia global é desigual e continua abaixo das nossas expectativas, a despeito da perspectiva positiva em algumas grandes economias. Riscos e incertezas nos mercados financeiros continuam e desafios geopolíticos estão crescendo e estão se tornando uma preocupação global", destaca o comunicado divulgado após o encontro de dois dias no balneário de Antália, na Turquia.
Genérico, o texto tenta mapear os problemas que têm feito a economia global perder ímpeto. O G-20 cita como razões "a queda na demanda global e problemas estruturais que continuam a pesar no crescimento atual e potencial". Esse mapeamento, porém, parece pouco preciso ao não fornecer detalhes dos problemas que têm afetado cada vez mais a atividade e os mercados financeiros.
O G-20 não menciona diretamente, por exemplo, a desaceleração e o aumento da vulnerabilidade das economias emergentes como a China, nem a recessão que castiga países como Brasil e Rússia. No G-20, países emergentes têm adotado um discurso que reconhece a deterioração da situação, mas com a lembrança de que a contribuição líquida desse grupo de economias, especialmente os grandes do Brics, ainda é positiva para a economia global.
A persistente queda do preço das commodities, além de eventuais problemas relacionados com a subida dos juros nos Estados Unidos, também não ganha espaço no documento de 12 páginas.
Durante a negociação para o documento de Antália, o Brasil defendeu que o G-20 tivesse uma posição assertiva contra a adoção de subsídios agrícolas. Diante da queda dos preços de matérias-primas, negociadores brasileiros demonstraram preocupação com a possibilidade de que esse cenário aumente a concessão de subsídios pelos governos, especialmente no setor agrícola. Essa estratégia poderia ser especialmente negativa para grandes produtores, que perderiam competitividade.
O pedido do Brasil se transformou em um pequeno fim de frase. No quarto parágrafo do documento, o G-20 diz que "resistirá a todas as formas de protecionismo". Diante da polêmica do tema, porém, diplomatas brasileiros reconheciam que a chance de o tema entrar no documento era remota.
O grupo reafirmou que está comprometido em elevar o crescimento global em dois pontos percentuais até 2018, como anunciado em 2014 na Austrália. Para alcançar a meta, os líderes do G-20 reafirmaram a promessa de continuar a adotar políticas macroeconômicas para atingir um crescimento mais forte, sustentável e balanceado. "Nossas autoridades monetárias continuarão a garantir estabilidade de preços e apoio à atividade econômica, consistentes com os seus mandatos", diz o texto.
Sobre o tema fiscal, o comunicado diz que os líderes concordaram em adotar políticas flexíveis para levar em conta as condições de curto prazo da economia, assim como a necessidade de criação de empregos e a manutenção da dívida pública em "uma trajetória sustentável".
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