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Logística

- Publicada em 10 de Novembro de 2015 às 22:17

Protestos de caminhoneiros diminuem no País

Perdeu força ontem o movimento dos caminhoneiros autônomos que realiza paralisações em rodovias pelo País. No fim da tarde, eram 24 os pontos de manifestações em oito estados, número menor do que o registrado na segunda-feira, quando o movimento teve início com quase 50 focos de protestos. No Rio Grande do Sul, o auge aconteceu por volta do meio-dia, quando havia motoristas parados em 14 pontos. No fim da tarde, porém, eram apenas sete as manifestações. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Comando Rodoviário da Brigada Militar, em nenhuma delas houve bloqueio das rodovias.
Perdeu força ontem o movimento dos caminhoneiros autônomos que realiza paralisações em rodovias pelo País. No fim da tarde, eram 24 os pontos de manifestações em oito estados, número menor do que o registrado na segunda-feira, quando o movimento teve início com quase 50 focos de protestos. No Rio Grande do Sul, o auge aconteceu por volta do meio-dia, quando havia motoristas parados em 14 pontos. No fim da tarde, porém, eram apenas sete as manifestações. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Comando Rodoviário da Brigada Militar, em nenhuma delas houve bloqueio das rodovias.
Em relação à segunda-feira, municípios como Camaquã, Tabaí, Nova Prata e Nova Esperança não tiveram manifestações registradas pelos órgãos oficiais. Segundo o policial rodoviário federal André Kleinowski, a situação esteve "bem tranquila" no Rio Grande do Sul. "O máximo que existe são convites a outros caminhoneiros para que participem do protesto também", comenta o policial, para quem é difícil prever o desfecho dos protestos pelo fato de serem iniciativas individuais, sem entidades oficiais. "Mas vimos que já tem um público bem menor. Imagina-se que o movimento tenda a diminuir, porque não tem adesão como teve no início do ano", continua Kleinowski.
Durante a terça-feira, foram registradas paralisações de transportadores nas rodovias federais BR-285, em Carazinho, Entre-Ijuís, Ijuí, Mato Castelhano e Passo Fundo; BR-472, em Santa Rosa; BR-392, em Porto Xavier; BR-293, em Dom Pedrito; BR-386, em Sarandi e Soledade; e BR-116, em Pelotas. Já nas estradas estaduais, os protestos atingiram a RS-223, em Ibirubá, e a RS-287, em Santa Cruz do Sul.
Um dos locais onde os caminhoneiros se concentraram na segunda-feira, a ERS-122, entre Caxias do Sul e Farroupilha, foi evacuado durante a terça-feira após uma liminar concedida pela juíza Zenaide Pozenato Menegat, da 5ª Vara Cível do Foro de Caxias do Sul, ao Ministério Público. A magistrada, reconhecendo o direito de manifestação, mas levando em conta o direito de liberdade de locomoção, determinou que os motoristas não poderiam obstruir ou dificultar a passagem de veículos na ERS-122 ou qualquer rodovia dentro da jurisdição da comarca, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Também foram registrados protestos em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Bahia, Ceará e Minas Gerais. Durante a madrugada, sete caminhões foram incendiados em um posto de gasolina na cidade de Mauá da Serra (PR). A Polícia Civil investiga se há relação do caso com o movimento da categoria. Segundo os Bombeiros, os caminhões estavam carregados com grãos, areia e madeira, e não houve feridos.

Dilma diz que obstrução de estradas é crime, e ministro ameaça usar força para fazer desobstruções

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que a obstrução de estradas por caminhoneiros é criminosa, pois priva a população e setores da economia de alimentos e combustíveis. "Reivindicar nesse País é direito de todo mundo. Nós construímos a democracia para que isso não fosse crime. Agora, esse é um País responsável. Interditar estradas, comprometer a economia popular, desabastecendo de alimentos e combustíveis, isso tem componente de crimes já previstos. Vamos garantir que não haja qualquer prejuízo para a economia popular. Obstruir é crime", disse.
Ainda ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também determinou que a PRF aplicasse multas e, se necessário, usasse a força para desobstruir rodovias bloqueadas. Cardozo anunciou que os caminhoneiros que tentarem impedir o "direito de ir e vir" receberão multas de R$ 5.746,00. Quem organizar eventos terá de pagar
R$ 19.154,00. Além disso, aqueles que receberem multas também não poderão tomar crédito para a compra de veículos por 10 anos, informou o ministro. Uma medida provisória que prevê as penas será editada pelo Planalto.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) também se posicionou, afirmando que os caminhoneiros estão sendo usados em prol de interesses políticos. Já a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) classificou como imoral "qualquer mobilização que se utiliza da boa-fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos no País". O presidente da entidade, Diumar Bueno, voltou a criticar a paralisação e admitiu que o movimento pode causar desgaste público à categoria.