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Economia

- Publicada em 09 de Novembro de 2015 às 19:53

Centrais sindicais pedem rapidez na Lava Jato

Dieese e seis centrais buscam proteção ao trabalho especialmente nas áreas de gás, óleo e produção naval

Dieese e seis centrais buscam proteção ao trabalho especialmente nas áreas de gás, óleo e produção naval


TOMAZ SILVA/ABR/JC
Representantes das seis principais centrais sindicais do País deram início ontem a um movimento que pretende pressionar o governo federal e o Judiciário por uma "solução rápida" para as empresas envolvidas na Operação Lava Jato, sem impedir, no entanto, que os envolvidos nos desvios sejam punidos. O diagnóstico apresentado por eles é que os reflexos práticos das investigações sobre as atividades de grandes empreiteiras e da própria Petrobras afetam principalmente setores que empregam grandes contingentes de trabalhadores, e, por isso, o mercado de trabalho tem apresentado uma deterioração tão intensa. O movimento "Recuperar e Fortalecer os Empregos no Brasil" foi deflagrado em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Representantes das seis principais centrais sindicais do País deram início ontem a um movimento que pretende pressionar o governo federal e o Judiciário por uma "solução rápida" para as empresas envolvidas na Operação Lava Jato, sem impedir, no entanto, que os envolvidos nos desvios sejam punidos. O diagnóstico apresentado por eles é que os reflexos práticos das investigações sobre as atividades de grandes empreiteiras e da própria Petrobras afetam principalmente setores que empregam grandes contingentes de trabalhadores, e, por isso, o mercado de trabalho tem apresentado uma deterioração tão intensa. O movimento "Recuperar e Fortalecer os Empregos no Brasil" foi deflagrado em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), defende a punição das pessoas envolvidas nos desvios, mas que as empresas ligadas ao escândalo de corrupção não sejam impedidas legalmente de participar de novas licitações. "É preciso separar o joio do trigo. Não estamos fazendo a defesa dos corruptos, mas é preciso diferenciar o corrupto e a obra, que gera emprego, aquece a economia e favorece o mercado interno", disse.
De acordo com Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), é consenso entre as centrais sindicais a necessidade de estabelecer que apenas um órgão fique responsável por firmar acordos de leniência com as empresas investigadas para encerrar mais rapidamente os processos judiciais. "Na Alemanha, tem um fórum específico para isso (fechar acordos de leniência). No Brasil, são cinco órgãos. Então, tem que sentar todo mundo, fazer um fórum só e rapidamente julgar esses casos e liberar as empresas para funcionar", defendeu.
Para Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, os setores analisados na plenária são "partes estruturantes" para a retomada do crescimento do País. "Entendemos que o próprio emprego é um dinamizador da economia, que gera, por um lado, a renda que sustenta a demanda interna e, por outro, a receita para o Estado poder atuar", disse. Miguel Torres, presidente da Força Sindical, teme uma queda acentuada na criação de empregos. "Com a crise que o País está passando, foram afetados todos esses setores, temos milhares de trabalhadores em risco. Neste ano, esses setores já mandaram embora mais de 600 mil trabalhadores, e a perspectiva é aumentar isso."
Em reunião na capital paulista, representantes da CUT, da Força Sindical, da CTB, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Nova Central Sindical e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) definiram para o dia 3 de dezembro um encontro com empresários, acadêmicos e o governo para a discussão de propostas neste sentido que possam preservar empregos especialmente nos setores mais afetados - óleo e gás, construção civil e indústria naval.
Para o próximo dia 8, está previsto um ato concentrado no Rio de Janeiro, onde fica a sede da Petrobras, para chamar a atenção da sociedade para esta causa. No dia 9 de dezembro, os sindicalistas pretendem entregar ao governo federal e a autoridades de diferentes órgãos dos poderes Executivo e Legislativo o pacote de medidas que deve ser desenhado nos próximos trinta dias.
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