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Economia

- Publicada em 05 de Novembro de 2015 às 22:04

Supermercados do Estado devem absorver 20% do 13º

Se o governo não pagar a gratificação ao funcionalismo, queda será de 7%

Se o governo não pagar a gratificação ao funcionalismo, queda será de 7%


GILMAR LUÍS/JC
Adriana Lampert
Ainda que os preços dos produtos típicos das festas de fim de ano tenham encarecido 8,5% em média, as vendas de Natal e Réveillon devem representar um crescimento real de 1,25% aos supermercados gaúchos, frente ao mesmo período de 2014. A estimativa é de que o setor absorva 20% do montante de R$ 10 bilhões a serem injetados na economia do Estado com o pagamento do 13º salário aos trabalhadores.
Ainda que os preços dos produtos típicos das festas de fim de ano tenham encarecido 8,5% em média, as vendas de Natal e Réveillon devem representar um crescimento real de 1,25% aos supermercados gaúchos, frente ao mesmo período de 2014. A estimativa é de que o setor absorva 20% do montante de R$ 10 bilhões a serem injetados na economia do Estado com o pagamento do 13º salário aos trabalhadores.
"Torcemos para que o funcionalismo público receba os vencimentos em dia - se isso não ocorrer, teremos queda de 7% nesta previsão", pondera o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo. De acordo com o dirigente, em 2015 a venda física sofreu uma queda entre 3% e 5%, resistindo melhor ao cenário de instabilidade político-econômica no Estado e no Brasil. E é justamente o aumento de preços dos alimentos e bebidas destinados às festas que deve garantir um crescimento "estável" no faturamento do setor.
A entidade realizou pesquisa para avaliar as expectativas entre consumidores e supermercadistas com foco nas comercializações de Natal e Ano-Novo. Segundo o estudo, em valores nominais, o incremento nas vendas do período deverá ficar na casa de 8,89%. "Neste ano, porém, a tendência será de busca por presentes de menor valor e de mais gaúchos pagando as compras à vista, para evitar novos endividamentos", afirma o dirigente.
Conforme o levantamento, 42% das pessoas que compram em supermercados devem migrar para marcas de custo inferior, "com qualidade semelhante" às tradicionais. Isso deve ocorrer também na virada do ano, quando a mudança de marca do espumante e a "escolha da ave ou do porco pelo menor preço" serão uma tendência.
Na visão do presidente da Agas, "a crise é apenas um retorno à realidade de mercado". "Nos últimos dois anos, algumas categorias tiveram crescimento muito acima do esperado. Quem é realista, está qualificando mão de obra e atento ao fato que o consumidor quer comprar de forma adequada ao seu orçamento." O dirigente afirma que em comparação aos demais estados brasileiros, o Rio Grande do Sul se diferencia pelo fato de os gaúchos não pretenderem deixar de comemorar as festas de final de ano. "Cada gaúcho deve presentear cerca de quatro pessoas, sendo que três destas serão crianças. É o momento dos lojistas investirem neste segmento, já que os brinquedos estão mais baratos."
A pesquisa informa que 70% dos consumidores devem comemorar com uma ave natalina à mesa. Na última semana de dezembro, o produto líder em procura será o refrigerante (com 76,3% da preferência), seguido por peru, chester e pernil (73,7%), panetones (66,1% e lentilha (64,4%). Cerveja (59,3%) e espumante (53,4%) também deverão constar nas festas da maioria dos gaúchos.
No que se refere aos possíveis entraves para o crescimento dos supermercados, Longo adverte que tanto consumidores quanto lojistas estão preocupados com a falta de segurança pública. "Este ano, essa questão é o principal gargalo apontado pelo setor, superando inclusive a inflação, a alta dos tributos e a instabilidade econômica", revela o dirigente, ressaltando que os gaúchos estão mais retraídos, evitando sair de casa para fazer compras, jantar fora ou mesmo tomar um sorvete com a família. Quanto ao desempenho de 2016, o presidente da Agas estima que o início do ano deve ser difícil, considerando a "base ruim" de 2015, e em vista de que grande parte da população ainda precisará gastar com IPTU, IPVA, aumento de energia elétrica e combustíveis. "No entanto, o setor está mais eficiente e competente - preparado para qualquer situação - e se readequando na prestação de serviços."
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