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Consumo

- Publicada em 04 de Novembro de 2015 às 21:56

Cesta básica fica 1,27% mais barata na Capital

Carne encareceu 14,65% no acumulado do ano em Porto Alegre

Carne encareceu 14,65% no acumulado do ano em Porto Alegre


CLAITON DORNELLES/JC
O preço da cesta básica de Porto Alegre caiu de R$ 385,70 (em setembro) para os atuais R$ 380,80, registrando variação de -1,27% em outubro. Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, seis estão mais baratos. São eles a batata (-5,92%), a banana (-3,72%), o leite (-2,68%) o tomate (-2,16%), a carne (-1,26%) e o pão (-0,62%). Por outro lado, o consumidor gaúcho está pagando mais caro pelo arroz (4,33%), o açúcar (4,26%), a manteiga (1,73%), a farinha (1,23%), o feijão (1,18%), o óleo (0,87%) e o café (0,76%). "Produtos cotados no mercado internacional - como café, óleo de soja, arroz e açúcar - sofrem muita influência das importações", destaca a economista do Dieese Daniela Baréa Sandi.
O preço da cesta básica de Porto Alegre caiu de R$ 385,70 (em setembro) para os atuais R$ 380,80, registrando variação de -1,27% em outubro. Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, seis estão mais baratos. São eles a batata (-5,92%), a banana (-3,72%), o leite (-2,68%) o tomate (-2,16%), a carne (-1,26%) e o pão (-0,62%). Por outro lado, o consumidor gaúcho está pagando mais caro pelo arroz (4,33%), o açúcar (4,26%), a manteiga (1,73%), a farinha (1,23%), o feijão (1,18%), o óleo (0,87%) e o café (0,76%). "Produtos cotados no mercado internacional - como café, óleo de soja, arroz e açúcar - sofrem muita influência das importações", destaca a economista do Dieese Daniela Baréa Sandi.
No ano, a cesta básica da Capital está 9,25% mais cara e, em 12 meses, registra variação de 11,79%. Além do câmbio, em outubro, também o clima afetou o valor de produtos como o arroz, que, junto com a carne, o café, o pão francês, o açúcar e o óleo de soja, teve preços elevados em todo o País. Ao todo, nove capitais sofreram alta da cesta básica em outubro. Os aumentos mais significativos ocorreram em Brasília (2,10%), Natal (0,97%) e Aracaju (0,93%).
E se em setembro o preço do conjunto de alimentos básicos em Porto Alegre liderava o ranking dos mais caros do País, atualmente o valor cobrado pela cesta gaúcha é superado somente pelo de São Paulo (R$ 382,13) - onde o preço da carne bovina apresentou elevação. Já nas cidades da região Sul, a carne em maior oferta contribuiu para uma leve trégua no bolso dos consumidores. Além de Porto Alegre, Curitiba (-1,85%) e Florianópolis (-1,21%) obtiveram recuo do preço dos alimentos básicos nas gôndolas, influenciadas por variação da venda do produto. "No entanto, em Porto Alegre, a carne está mais cara no acumulado do ano (14,65%) e em 12 meses (21,85%), assim como produtos in natura como a batata (20,91% mais cara desde janeiro deste ano e com preço 110,61% maior do que há 12 meses)", frisa Daniela.
A economista observa ainda que outubro foi o segundo mês de queda (setembro teve redução de 0,55%) no valor da cesta básica na Capital, puxado por produtos in natura - como o tomate e a batata - e pela carne, que é o item de maior peso na compra do conjunto de alimentos básicos. De acordo com a pesquisa, o preço da cesta básica em Porto Alegre comprometeu um pouco menos do orçamento (52,53%) dos trabalhadores que recebem o salário-mínimo, se comparado com setembro (quando a compra do conjunto de alimentos exigia 53,20% do salário-mínimo), destaca Daniela. "Esta redução acaba beneficiando justamente quem gasta boa parte do seu orçamento com alimentação."
O estudo aponta ainda que, em outubro, o trabalhador gaúcho com rendimento de um salário-mínimo necessitou cumprir uma jornada de 106h e 19min para adquirir os bens alimentícios básicos. "Foi menor do que registrada em setembro (107h 41min), mas superior à verificada em outubro de 2014 (103h 30 min)", pondera a economista do Dieese. Daniela ecorda que a variação da cesta básica no período do Plano Real ficou em 471,34%, enquanto no mesmo período a inflação ficou em 428,01%, e o salário-mínimo variou 1.116,24% (variação nominal).

Abras descarta o risco de falta de produtos nos supermercados no Natal

O varejo de supermercados tem sido cauteloso na composição dos estoques para as vendas de Natal em meio à percepção de uma demanda mais fraca e da alta de custos, porém não se espera que falte produtos em grande quantidade nas gôndolas diante desse menor apetite dos varejistas. A avaliação é do presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda. "O varejo não vai comprar para sobrar, vai comprar apenas na medida do que enxerga que será a demanda", disse. "Mas acredito que as rupturas de estoque podem ser eventuais, em uma ou outra loja, e não com falta de produtos no mercado como um todo", completou.
A inflação e a volatilidade do dólar têm dificultado a composição dos estoques, diz Honda. Ele lembra que, no caso de produtos importados, alguns pagamentos na internação dos produtos foram fechados justamente no período do ano em que a moeda americana atingiu um pico, superando os
R$ 4,00. Foi o que aconteceu, diz, com as encomendas de brinquedos pelos supermercados. "Nos importados, sem dúvida, vamos sentir um impacto", disse. "O mercado brasileiro se massificou muito nos últimos anos, e o volume disponível de importados para consumo era alto e significativo, mas isso agora é um problema diante da alta de preços", comenta.
A perspectiva dos supermercadistas é de vendas fracas no Natal deste ano, praticamente estáveis ante o ano passado. A projeção é de crescimento real de 0,4% ante o mesmo período de 2014. No ano passado, as vendas em dezembro cresceram 2,94% ante dezembro de 2013 e, mesmo assim, frustraram as estimativas. Na época, os empresários esperavam alta real de 7,2% no Natal.
A contratação de mão de obra temporária para o período de festas também deve diminuir. O levantamento aponta que, neste ano, 25,4% dos empresários afirmam que pretendem contratar funcionários temporários para o final do ano. Em 2014, essa parcela era de 37,1%. A maior demanda é para empacotadores, repositores e operadores de caixa.
"Levando-se em conta o momento difícil da economia brasileira, esperar um Natal estável, como demonstrado pela nossa pesquisa, é ser otimista", disse o presidente da entidade.

Governo veta propaganda de papinha, mamadeira e chupeta

A presidente Dilma Rousseff publicou ontem decreto que veta a propaganda em veículos de comunicação, incluindo publicidade direta ou oculta, de alimentos e produtos considerados prejudiciais para a amamentação, como leite artificial, papinhas, mamadeiras e chupetas. Pelas novas regras, publicadas no Diário Oficial da União e regulamentadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), as empresas não podem realizar estratégias promocionais e oferecer descontos, prêmios e brindes na venda dos produtos.
Elas também não poderão colocar nas embalagens fotos, desenhos e representações gráficas infantis e palavras ou denominações que identifiquem os produtos como os mais adequados para a alimentação das crianças, como "baby" ou "kids". As embalagens deverão ainda informar a idade adequada para a sua utilização e uma mensagem sobre a importância do aleitamento materno.
As empresas e estabelecimentos têm um ano, a partir da data de ontem, para se adaptar às regras. O decreto estabelece ainda punições a quem descumprir as recomendações, como interdição do estabelecimento e multa que pode chegar a R$ 1 milhão.