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Consumo

- Publicada em 03 de Novembro de 2015 às 17:32

Juros, inflação e cautela contém o endividamento

Número de gaúchos sem condições de quitar débitos em 30 dias subiu

Número de gaúchos sem condições de quitar débitos em 30 dias subiu


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O percentual de famílias gaúchas endividadas alcançou 62,5% em outubro. Mesmo se mantendo abaixo do padrão histórico, houve avanço em relação ao mesmo período do ano passado (60,6%). O cenário é considerado semelhante ao de meses anteriores, influenciado, principalmente, pela desaceleração do consumo e do crédito, elevação dos juros e da inflação e a maior precaução das famílias. Considerando a média em 12 meses, o endividamento apresentou alta ao passar de 54,5% em setembro para 54,7% em outubro. O dado faz parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic-RS), divulgada ontem pela Fecomércio-RS. O levantamento ouviu 600 famílias no Estado.
O percentual de famílias gaúchas endividadas alcançou 62,5% em outubro. Mesmo se mantendo abaixo do padrão histórico, houve avanço em relação ao mesmo período do ano passado (60,6%). O cenário é considerado semelhante ao de meses anteriores, influenciado, principalmente, pela desaceleração do consumo e do crédito, elevação dos juros e da inflação e a maior precaução das famílias. Considerando a média em 12 meses, o endividamento apresentou alta ao passar de 54,5% em setembro para 54,7% em outubro. O dado faz parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic-RS), divulgada ontem pela Fecomércio-RS. O levantamento ouviu 600 famílias no Estado.
A Peic-RS de outubro mostrou uma sutil elevação na parcela da renda comprometida com dívidas, de 30,8% (setembro/2015) para 30,9% na média em 12 meses. O tempo de comprometimento, também na média em 12 meses, passou de 7,6 meses (setembro/2015) para 7,7 meses. O cartão de crédito permanece como o principal meio de dívida dos gaúchos, apontado por 80,4% dos endividados, seguido por carnês (17%) e cheque especial (11,3%).
O percentual de famílias com contas em atraso também cresceu, passando de 22,9% em outubro/2014 para 24,9% em outubro/2015. "Mesmo com o aumento da taxa de desemprego e o nível elevado de juros e inflação, a inadimplência ainda segue sob controle", afirma o presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn. Segundo ele, o percentual de famílias com contas em atraso vem oscilando nos últimos meses, sem ingressar, por enquanto, em uma tendência consistente de crescimento, ainda que, em outubro, tenha ocorrido aumento. "Para os próximos meses, persiste a perspectiva de que, com a deterioração mais acentuada nas condições do mercado de trabalho, que gera efeito sobre os níveis de renda e emprego, poderá haver aumento da inadimplência", adverte.
Outro dado da pesquisa mostra aumento significativo no percentual de famílias que não terão condições de regularizar nenhuma parte de suas dívidas em atraso no horizonte de 30 dias. Esse indicador, que sinaliza o grau de persistência futura da inadimplência, atingiu 12,3% em outubro de 2015, ante 5,2% computados no mesmo mês de 2014.

Venda de veículos novos recuam 37,37% em um ano

As vendas de veículos novos no Brasil em outubro caíram 3,96% ante setembro e recuaram 37,37% em relação ao mesmo mês do ano passado, divulgou ontem a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). De acordo com dados da entidade, foram emplacados 192.164 unidades no décimo mês de 2015 em todo o País.
Com o resultado, as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no País acumulam queda de 24,25% neste ano até outubro, na comparação com igual período de 2014, segundo a federação. Esse recuo é mais intenso do que a retração de 22,66% registrada até setembro. De janeiro a outubro, foram emplacados 2.146.069 veículos, cerca de 687 mil unidades a menos do que em igual período do ano passado.
O segmento de ônibus apresentou, em outubro, o pior desempenho. Segundo a Fenabrave, foram licenciadas 1.091 unidades no mês passado, queda de 29,11% ante setembro e recuo de 66,69% na comparação com igual mês do ano passado. O segmento de caminhões registra o segundo pior resultado. De acordo com a federação, foram emplacadas 5.783 unidades no décimo mês deste ano, o equivalente a recuo de 2,72% ante setembro e tombo de 52,54% frente igual mês de 2014.
As vendas de automóveis e comerciais leves, somadas, caíram 3,80% em outubro, na variação mensal, e recuaram 36,41% em relação ao mesmo mês do ano passado, conforme os dados da Fenabrave. Em outubro de 2015, foram emplacadas 185.291 unidades, sendo 161.164 automóveis (baixas de 2,86% ante setembro e de 33,42% frente a outubro de 2014) e 23.687 comerciais leves (quedas de 9,76% na comparação mensal e de 51,33% na interanual).

Comercialização de consórcios de imóveis cresce 47% no ano, diz Abac

As vendas de novas cotas de consórcios de imóveis cresceram 47% no acumulado de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2014. Segundo balanço divulgado ontem pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), houve 179,6 mil ingressos em consórcios para aquisição de imóveis nos primeiros nove meses de 2015, em comparação a 122,2 mil nos mesmos meses do ano passado.
Levando-se em conta outras modalidades de consórcios (motocicletas, veículos novos, veículos usados, além de imóveis), o crescimento no período foi 4,4%, com a venda de 1,74 milhão de cotas de janeiro a setembro. No período equivalente de 2014, houve 1,67 milhão de novos ingressos. No total, o número de participantes de consórcios chegou a 7,15 milhões em setembro de 2015. No mesmo mês do ano passado, 6,98 milhões pessoas participavam de alguma modalidade de consórcio.
A associação atribui a expansão do setor ao cenário econômico atual, que incluí alta da inflação e taxas de juros, além de mudanças nas regras para financiamento de imóveis. "O consumidor brasileiro tem procurado reavaliar seus gastos mensais estabelecendo mudanças nas condutas pessoais ou familiares dentro do orçamento do mês, visando à manutenção do seu poder de compra", ressalta a nota da Abac.
Os consórcios de veículos leves tiveram aumento de 14,5% nas vendas no acumulado dos nove primeiros meses de 2015. De janeiro a setembro, houve 709,5 mil novos ingressos no sistema, enquanto no mesmo período do ano passado foram 619,5 mil. Ao todo, havia 3,12 milhões de participantes de consórcios para aquisição de veículos de passeio e caminhonetes em setembro deste ano, crescimento de 8,3% em comparação a setembro do ano passado. No mesmo período de 2014, havia 2,88 milhões de participantes.
O resultado foi negativo levando-se em conta apenas o ramo de motocicletas. A venda de novas cotas para aquisição de motos teve queda de 8,6% entre janeiro e setembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2014. No acumulado dos nove primeiros meses de 2015 foram registrados 802,8 mil novos ingressos em consórcios para compra de motos.