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Energia

- Publicada em 03 de Novembro de 2015 às 22:13

Licenças de projetos eólicos terão desconto de até 70%

Instalação dos empreendimentos receberá desconto de 50%

Instalação dos empreendimentos receberá desconto de 50%


FREDY VIEIRA/JC
Para incentivar a atração de novos investimentos do setor eólico para o Rio Grande do Sul, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) decidiu reduzir os valores do licenciamento desses empreendimentos. A pasta estabeleceu desconto de 70% nos custos da licença prévia e de 50% nos de instalação para projetos de energia a partir do vento. O documento de operação permaneceu inalterado.
Para incentivar a atração de novos investimentos do setor eólico para o Rio Grande do Sul, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) decidiu reduzir os valores do licenciamento desses empreendimentos. A pasta estabeleceu desconto de 70% nos custos da licença prévia e de 50% nos de instalação para projetos de energia a partir do vento. O documento de operação permaneceu inalterado.
A presidente da Fepam e secretária do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, ressalta que esse era um pleito dos empreendedores do segmento. A medida entrou em vigor ao final de outubro e terá validade por dois anos. A dirigente comenta que as taxas cobradas em outros estados eram menores e admite que o Rio Grande do Sul ainda não é a região que pratica os menores preços, mas já não está agora muito longe das demais.
Conforme a secretária, havia projetos cujo custo do licenciamento, antes dos descontos, chegava a até R$ 1 milhão, em cada etapa (licença prévia, de instalação e de operação). O gasto médio era de cerca de R$ 300 mil. Ana enfatiza que esse era um obstáculo principalmente quando o empreendedor encontrava-se na fase de licença prévia, momento em que, muitas vezes, não possui o investidor garantido e não sabe se vencerá algum leilão de energia. Os certames são os mecanismos desenvolvidos pelo governo federal para realizar a contratação de energia de novas usinas. Saem vitoriosas da disputa as iniciativas que apresentarem as melhores condições de fornecimento de energia como, por exemplo, menor preço.
A Fepam leva em conta atualmente, ao precificar a concessão de licenças, o volume de energia que será alcançado pelo parque eólico, algo que Ana defende que também precisa ser revisto. A secretária adianta que está sendo feito um estudo para mudar essa questão. Uma possibilidade levantada é que os valores incidam sobre o número de torres ou pela área que será ocupada pelo complexo eólico. A presidente adverte que o modelo atual penaliza o empreendedor por ser eficiente. "Quanto mais moderna for a proposta dele, mais gerará e mais cara vai sair a licença, deveria ser o contrário."
Outro objetivo da Fepam é diminuir o tempo necessário para fazer o licenciamento, que hoje leva em média mais de 12 meses. Ana diz que a meta é chegar a um patamar de seis meses, entretanto admite que se trata de um desafio difícil de cumprir antes de 2017. De acordo com a Aneel, o Rio Grande do Sul conta com 53 usinas eólicas em operação, que somam 1,34 mil MW, 14,6% da potência de todas as fontes de energia instaladas no Estado. Ainda há 16 projetos sendo construídos.

Consumo de gás natural cresce 2,1% em setembro

O consumo de gás natural no Brasil, ao longo do mês de setembro, atingiu a marca de 77,166 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). O montante representa uma expansão de 2,11% em relação a setembro do ano passado. Na comparação com agosto deste ano, houve expansão de 8,39%.
A variação positiva, como usual, decorre da maior destinação de gás natural para a geração de energia elétrica. O uso térmico do gás movimentou 33,863 milhões de m3/d, aumento de 2,75% em relação a setembro do ano passado e salto de 17,6% sobre agosto deste ano. No acumulado dos nove primeiros meses de 2015, o consumo de gás com finalidade térmica cresceu 2,69% na comparação com o ano passado.
"Apesar da queda do nível de atividade industrial, a escassez hídrica e a necessidade do uso de termelétricas para manter o suprimento de energia são fatores que ajudam a explicar por que esse segmento registrou crescimento em setembro", destacou em nota o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon. "Por outro lado, em um ano marcado pela alta nas tarifas de energia elétrica, o setor produtivo está cada vez mais atento às múltiplas aplicações de uso de gás natural", complementou.
Na comparação anualizada, o segmento térmico perde apenas para a área comercial, cuja alta entre janeiro e setembro atinge 3,08%. No caso dos comércios, entretanto, a tendência de demanda é de retração nos últimos meses. Em setembro, o consumo foi de 810 mil m3/d, queda de 1,28% sobre o mesmo período do ano passado e de 2,55% na comparação com agosto.
A indústria, que historicamente ocupa a liderança no ranking de consumo de gás natural, mantém tendência de queda. Em setembro, o consumo ficou em 27,616 milhões de m3/d, retração de 3,17%.

Chuvas e desligamento de 21 térmicas reduzem déficit de geração hídrica

No terceiro trimestre, déficit voltou a cair e ficou próximo de 15%

No terceiro trimestre, déficit voltou a cair e ficou próximo de 15%


WILSON DIAS/ABR/JC
O volume mais satisfatório de chuvas durante o chamado período seco e a decisão do governo de desligar 21 térmicas a partir de agosto ocasionaram a redução do déficit de geração hídrica, conhecido pela sigla GSF. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o fator de ajuste do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), dispositivo calculado a partir do GSF, ficou em 93,8% em outubro. Este é o melhor resultado do indicador neste ano. Para novembro, a previsão da CCEE é de 92,9%.
No âmbito do sistema elétrico nacional, quanto maior for o déficit de geração hídrica, maior é o volume de energia que precisará ser comprado pelas empresas que compõem o MRE. No primeiro trimestre, o déficit superou os 20%. Durante o segundo trimestre, o número caiu abaixo de 20%, mas ainda em patamares próximos a esse teto. No terceiro trimestre, com o desligamento das térmicas, o déficit voltou a cair e ficou mais próximo de 15%. Agora, confirmada a previsão da CCEE para os meses de outubro e novembro, o indicador poderá cair abaixo de 10% no quarto trimestre.

Aquisição do BG Group trará economia mais cedo, diz Shell

A petroleira Royal Dutch Shell informou ontem que a aquisição do BG Group ainda funcionaria com os preços do petróleo na casa dos US$ 65 o barril, e que o negócio resultará em maior economia que o antes anunciado. Pela manhã, o papel da Shell subia 1,05% na Bolsa de Londres. O acordo tem sido questionado desde seu anúncio em abril, com alguns investidores e analistas preocupados com o fato de a gigante anglo-holandesa ter concordado em pagar uma grande soma, em meio à pior queda nos preços do petróleo desde os anos 1980. O executivo-chefe da Shell, Ben van Beurden, defende a lógica do negócio e já disse a investidores em setembro que apenas "algo catastrófico" poderia ameaçar a aquisição.
Em uma atualização sobre sua estratégia, a empresa apontou que, como uma boa parte da compra será feita em ações, o preço efetivo flutua com os movimentos do preço da ação da Shell. Ainda que originalmente tenha sido avaliado em US$ 70 bilhões, com o declínio dos preços do papel, atualmente o negócio estaria em cerca de US$ 62 bilhões. A Shell disse que estima que o atual preço de petróleo necessário para a receita igualar os custos associado ao negócio fica na casa dos US$ 60 o barril.
Apesar da queda nos preços da commodity, a Shell afirma que o acordo resultará em ganhos a partir de 2017. Segundo a empresa, a União reduzirá seus custos operacionais em US$ 2 bilhões e os gastos com exploração em US$ 1,5 bilhão em 2018, uma alta de 40% na comparação com a estimativa anterior de economia com a aquisição.