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Teatro

- Publicada em 19 de Novembro de 2015 às 22:33

Caixa de pont[o], jornal dedicado às artes cênicas

Felizmente, neste mundo contemporâneo dito da pós-modernidade, ainda existem paixões e apaixonados como Marco Vasques e Rubens da Cunha, sediados em Florianópolis e que, desde o outono do corrente ano (leia-se junho), decidiram-se por editar (em papel!) um jornal dedicado exclusivamente às artes cênicas, notadamente ao teatro e à dança. Trata-se de Caixa de pont[o], assim mesmo, que, numa primeira edição de 28 páginas, com tamanho superior ao tabloide, com intenso colorido, reúne artigos, resenhas, entrevistas, comentários e registros de lançamentos de livros sobre o tema que centraliza sua atenção.
Felizmente, neste mundo contemporâneo dito da pós-modernidade, ainda existem paixões e apaixonados como Marco Vasques e Rubens da Cunha, sediados em Florianópolis e que, desde o outono do corrente ano (leia-se junho), decidiram-se por editar (em papel!) um jornal dedicado exclusivamente às artes cênicas, notadamente ao teatro e à dança. Trata-se de Caixa de pont[o], assim mesmo, que, numa primeira edição de 28 páginas, com tamanho superior ao tabloide, com intenso colorido, reúne artigos, resenhas, entrevistas, comentários e registros de lançamentos de livros sobre o tema que centraliza sua atenção.
Naquela primeira edição, com 3 mil exemplares de tiragem, fez-se entrevista com o diretor de teatro e professor do Programa de Pós-Graduação em Teatro da UFSC, André Carreira, além de um texto de dramaturgia do argentino Luis Cano, resenhas sobre A função da crítica, reunindo artigos de Barbara Heliodora pouco antes de sua morte; Jefferson Del Rios e Sábato Magaldi; e O teatro de Victor Garcia - A vida sempre em jogo, do mesmo Jefferson Del Rios; artigo de Enés Athanásio sobre Lima Barreto e o teatro; artigo da cubana Blanca Felipe Rivero, professora da Universidade de Cuba, em Havana, sobre o dramaturgo, também cubano, René Fernández Santana; ensaio sobre os atores japoneses, original de Charles Dullin, em tradução de José Ronaldo Faleiro, que conheci há muitos anos fazendo teatro ainda como estudante do DAD, quando encenou, como intérprete, Esperando Godot, de Beckett, no simpático e pequenino teatro da rua General Vitorino, quase em frente de onde se situa a entrada do curso do Departamento; era uma portinha que a gente cruzava e descia umas escadarias, até chegar a um pungente espaço onde Jairo de Andrade e Alba Rosa, inclusive, iniciaram o futuro Teatro de Arena, sob a denominação de Teatro Independente. Há quanto tempo não sabia notícias de Faleiro?
Aquela primeira edição se encerra com um texto do dramaturgo espanhol Javier Corral, sobre Karl Popper e um artigo de Edélcio Mostaço a respeito do teatro numa Roma tropical, que nada mais é que uma tentativa de reflexão a respeito do desenvolvimento do espaço da reflexão teatral no Brasil.
Já a segunda edição, da primavera de 2015, mantendo as mesmas 28 páginas em cores e dimensões pouco práticas para leitura, traz entrevista com o dramaturgo e diretor amazonense Márcio Souza, artigo sobre o grupo teatral Magiluth, do Recife, análise sobre a dramaturgia de Hélio Muniz, registro do lançamento do livro O perseguidor de sonhos, sobre Ronald Radde e seu Teatro Novo, de nossa cidade, ocorrido durante a Feira do Livro que se encerrou no último domingo; o grupo Yokai, da França; ensaio sobre a peça Maria que virou Jonas, de Cibele Forjaz, além de um belo ensaio sobre a importância da Editora Perspectiva, de São Paulo, criada e mantida, ao longo dos anos, pelo professor Jacó Guinsburg, da USP, para a divulgação de pesquisas nacionais e estrangeiras sobre teatro. A edição se completa com um texto sobre o grupo Ói nóis aqui traveis, de Porto Alegre.
O jornal se vincula à tradição oswaldiana do movimento antropofágico: assim, a segunda edição é sua segunda dentição... O conselho editorial é variado; a relação dos colaboradores, ainda mais. Embora impresso na editora da UFSC, a publicação é independente. Quem quiser conhecê-la, pode escrever para [email protected]. O jornal tem uma página própria: www.caixadeponto.wix.com/site. Enfim, na linha tradicional de endereço fixo, a sede da publicação situa-se na servidão Maria da Glória de Melo, 77, apto. 10, Córrego Grande, Florianópolis, CEP 88037-450.
Precisamos torcer para que, durante o verão, o pessoal tenha fôlego para a terceira edição. Para os interessados, ótima leitura.
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