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Livros

- Publicada em 18 de Novembro de 2015 às 12:09

Medicina, médicos e faculdade por Waldomiro Manfroi

 A SAÚDE DOS VENTOS

A SAÚDE DOS VENTOS


DIVULGAÇÃO/JC
A saúde dos ventos (BesouroBox, 264 páginas), do médico, professor universitário e escritor gaúcho Waldomiro Manfroi, é um denso e caudaloso romance histórico sobre a evolução da ciência médica, vidas de médicos e as origens da Faculdade de Medicina e Farmácia de Porto Alegre.
A saúde dos ventos (BesouroBox, 264 páginas), do médico, professor universitário e escritor gaúcho Waldomiro Manfroi, é um denso e caudaloso romance histórico sobre a evolução da ciência médica, vidas de médicos e as origens da Faculdade de Medicina e Farmácia de Porto Alegre.
Manfroi formou-se na Faculdade de Medicina da Ufrgs em 1965, na qual se tornou, por concurso público, professor titular e seu diretor em dois períodos. Também foi pró-reitor de extensão na Ufrgs, presidente da Sociedade de Cardiologia e exerceu outras tarefas importantes. Recebeu o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre e é membro da Academia Rio-Grandense de Letras e da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina. Escreveu oito obras literárias: Tempo de viver; O último voo; A confissão do espelho; Os demônios do lago; Férias interrompidas; Sinfonia às avessas; Vestígio; e a coletânea histórica Médicos escritores.
A saúde dos ventos: a evolução da ciência médica e as origens da Faculdade de Medicina e Farmácia de Porto Alegre mescla a habilidade do autor com o relato ficcional e o rigor da pesquisa. Assim, ao mesmo tempo, proporciona ao leitor percorrer os caminhos da Medicina, desde os deuses gregos até a atualidade. Quando um antigo diário é descoberto na biblioteca da Faculdade de Medicina e Farmácia de Porto Alegre, os ventos começam a soprar, levando o leitor a saber como a Medicina chegou às grandes descobertas científicas do século XIX e início do século XX.
Tendo como unidade narrativa a centenária Faculdade de Medicina, fundada em 1898, nos diários de professor Humberto, o leitor verá como as metrópoles brasileiras foram influenciadas pelas descobertas científicas, pelos costumes e pelas mudanças urbanísticas das capitais europeias.
Entre 1877 e 1907, cenas, cenários e personagens envolvidos com medicina, literatura, urbanismo e política transitam por Porto Alegre, Rio de Janeiro, Paris, Viena e Berlim. Grandes vultos brasileiros convivem com personagens fictícios. Na primeira parte, o dr. Protásio Alves conta como participou dos movimentos abolicionistas e pela Proclamação da República, quando estudou Medicina no Rio de Janeiro.
A Rua da Praia de 1900, onde o estudante Antônio Corrêa foi assassinado pelo vice-diretor da Faculdade de Medicina, e a morte de Júlio de Castilhos, em 1903, fatos entremeados com a saúde e as singularidades políticas do período, estão na narrativa, assim como o trabalho dos médicos da época, em especial os atendimentos prestados na lendária Santa Casa de Misericórdia.
A saúde dos ventos é leitura útil e prazerosa para estudantes, médicos, professores e leitores em geral, trazendo, em doses corretas, informações e histórias que nos tocam, com texto de mestre.

Lançamentos

  • O gaúcho Martin Fierro e A volta de Martin Fierro (Travessa dos Editores, 600 páginas), clássicos imortais de José Hernández, em edição especial com capa dura, têm tradução primorosa do artista e pesquisador Ciro Correia França e prefácio de Mário Helio Gomes.
  • Segredos da Mega-Sena (FGV Editora, 168 páginas), de Paulo Mattos de Lemos, Nivaldo Almeida Fonseca e Guilherme Luís Roebe Vaccaro, com abordagem científica, analisa os primeiros 1.693 concursos, resultados e compara apostas do conhecido jogo.
  • Nós cultuamos todas as doçuras: as religiões de matriz africada e a tradição doceira de Pelotas (Escola de Poesia, 128 páginas), da poeta e compositora Marília Floôr Kosby, mostra como as doceiras de Pelotas estão ligadas com a população negra da cidade.

Primogênitos, do meio e caçulas

Meio pretensioso falar em geografia e constelação familiar em algumas poucas linhas, mas vamos lá, andei pesquisando no doutor Google e nas minhas memórias reais e inventadas e resolvi mexer na abelheira.
Caçula, filho mais novo, último filho, último da família, "rapa do tacho", caçulinha, é palavra originada do quimbundo kasule, ultimamente, anda meio em desuso. Têm muitas famílias sem filhos, outras com filho único ou só com pets. Mas nas tribos de dois filhos ou mais, o caçula sobrevive, impávido, quase sempre aquela gracinha.
O primogênito, em geral, é o mais desejado, o mais fotografado, o mais cobrado, o mais líder, o mais fazedor. É também, quase sempre, mais tímido, mais estudioso, reservado e ciumento, o que busca excelência e realizações para aprovação. Dizem as pesquisas norte-americanas que consegue ser mais admitido em missões espaciais e bolsas de estudo. Primogênitos costumam ser mais sérios e, às vezes, ficam "protegendo" ou perseguindo os irmãozinhos menores. Às vezes, são minipais ou minipadrastos, depende. Dizem que os pais falam mais com eles, puxam mais por eles e que isso aí os deixaria mais competentes. Há controvérsias.
Filhos do meio têm fama de conciliadores, pacificadores, ficam ensanduichados, sem tanta pressão quanto sofrem os primogênitos e sem tanta liberdade quanto têm os caçulas. Tendem a ser compreensivos e a conviver bem, a ser mais calmos, mais displicentes e menos disciplinados que os primogênitos. Por vezes, se queixam que ficam meio perdidos entre os mais fotografados e os ditos mais mimados e protegidinhos, os tais caçulas. Os do meio, muitas vezes, acham que os primogênitos foram mais cuidados pelos pais e que os caçulas são os mais mimados da família. Mas os do meio são bons negociadores. É o jeito.
Os caçulas chegam por último para animar a festa. Precisam fazer muita, muita força para chamar a atenção. Eles querem muuuuita atenção, coitadinhos. São quase sempre simpáticos, sorridentes, aprendem a seduzir com seu charme e sua simpatia. É o jeito. Alguns se tornam comediantes, atores, escritores, artistas, médicos ou trabalham em outras atividades ligadas com criação e liberdade. Caçulas são mais rebeldes, revolucionários, lutam mais por igualdade, inclusive racial, porque já chegaram num ambiente com alta divisão. Primogênitos ganham mais eleições, caçulas promovem mais revoluções. Caçulas são menos conservadores.

a propósito...

O texto acima resultou de leituras no doutor Google, como disse, de experiências pessoais, dos outros, de memórias inventadas e reais, e claro, não pretende ser absoluto e dogmático. Pretende só definir e brincar um pouco com características de filhos para, até, formar famílias e pessoas diferentes, mais felizes e melhores. Mesmo que a família seja de uma pessoa só, de um só com um pet, ou com filho único. Bom, sendo filho único, por ser bem único, será objeto de um texto exclusivamente para ele. Ele merece. Receber as atenções, as preocupações, aguentar e ensinar pai e mãe sozinho é tarefa gigante. O filho único merece um texto único. 
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