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JC Logística

- Publicada em 12 de Novembro de 2015 às 16:22

Ibama multa Volks em R$ 50 milhões por fraude ambiental

Escândalo mereceu repúdio global; ativistas do Greenpeace protestaram na montadora

Escândalo mereceu repúdio global; ativistas do Greenpeace protestaram na montadora


PETER STEFFEN/AFP/JC
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) multou a Volkswagen do Brasil em R$ 50 milhões por fraudar os testes de emissões de gases poluentes em seus carros. A fraude deflagrou um escândalo global que provocou prejuízo bilionário para a empresa alemã. Segundo o Ibama, o valor de R$ 50 milhões é o máximo previsto pelas leis brasileiras para este tipo de crime. No Brasil, o único modelo existente com motorização semelhante à envolvida na fraude global é a picape Amarok equipada com motor 2.0 turbodiesel e que é produzida na Argentina.
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) multou a Volkswagen do Brasil em R$ 50 milhões por fraudar os testes de emissões de gases poluentes em seus carros. A fraude deflagrou um escândalo global que provocou prejuízo bilionário para a empresa alemã. Segundo o Ibama, o valor de R$ 50 milhões é o máximo previsto pelas leis brasileiras para este tipo de crime. No Brasil, o único modelo existente com motorização semelhante à envolvida na fraude global é a picape Amarok equipada com motor 2.0 turbodiesel e que é produzida na Argentina.
Segundo a empresa multinacional alemã, 17 mil unidades, produzidas entre 2011 e 2012, foram equipadas com um dispositivo fraudulento que permitia que o veículo burlasse os testes de emissão de poluentes. "A empresa foi notificada na quinta-feira da semana passada e fica obrigada a apresentar um plano de correção dos veículos alterados e comercializados para que estes atendam aos parâmetros de emissão exigidos pelas normas brasileiras", afirmou o Ibama, em nota.
De acordo com a comunicação do instituto, o "recall será voltado exclusivamente para a correção do dispositivo adulterado e não afetará o desempenho dos motores".Procurada, a Volkswagen afirmou que ainda não havia recebido a notificação da multa expedida pelo Ibama.
A montadora alemã já havia sido notificada pelo Ibama em setembro e obrigada a prestar esclarecimentos sobre a produção e comercialização dos carros com a alteração no Brasil. Sobre os veículos da mesma marca e modelo, mas com motores a gasolina ou flex, o Ibama informou que não possuem o software fraudulento. "Não há indícios de que estejam descumprindo os níveis de emissão de poluentes estabelecidos na legislação ambiental brasileira", disse.
Ainda em setembro, a montadora admitiu que havia instalado em 11 milhões de veículos, distribuídos pelo mundo todo, um sistema desenvolvido para burlar as medições de poluentes em várias marcas de veículos. O escândalo global culminou com a renúncia do presidente da empresa, e resultou em um prejuízo de 3,5 bilhões no terceiro trimestre para a montadora.
Segundo investigação do governo dos Estados Unidos, a empresa instalou um software programado para detectar quando o veículo está passando por um teste oficial de emissões. Nessa situação, o próprio software era capaz de ativar o sistema pleno de controle de emissões somente durante a análise, que desta forma era burlada ao registrar índice menor de poluição do que a efetivamente causada.
Fora desses momentos, os controles eram desativados e, em situações de uso normal dos veículos, o nível de poluição causada era muito maior do que o fabricante reportava. Depois da revelação, e envolvida em um escândalo global, a companhia alemã reconheceu publicamente que a fraude não ficou restrita ao mercado norte-americano, em geral mais rígido no controle ambiental. Com a descoberta, Martin Winterkorn renunciou à presidência executiva da montadora. Ele foi substituído no fim de setembro por Matthias Müller, 62, que estava no comando da Porsche.
 
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