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- Publicada em 23 de Novembro de 2015 às 14:54

Bird alerta para aumento da pobreza na América Latina

A fase de ouro da redução da pobreza na América Latina pode estar com os dias contados, e este mal histórico deve voltar a crescer. O Banco Mundial (Bird) alerta que 38% da população - 241 milhões de pessoas que não são pobres nem chegaram à classe média - são vulneráveis a cair na pobreza, ou seja, a viver com menos de US$ 4 por dia. E os pobres temem ser jogados na miséria. A primeira consequência a ser sentida será a volta da informalidade no trabalho, que passará dos atuais 37% para mais da metade da população adulta do continente se nada for feito.
A fase de ouro da redução da pobreza na América Latina pode estar com os dias contados, e este mal histórico deve voltar a crescer. O Banco Mundial (Bird) alerta que 38% da população - 241 milhões de pessoas que não são pobres nem chegaram à classe média - são vulneráveis a cair na pobreza, ou seja, a viver com menos de US$ 4 por dia. E os pobres temem ser jogados na miséria. A primeira consequência a ser sentida será a volta da informalidade no trabalho, que passará dos atuais 37% para mais da metade da população adulta do continente se nada for feito.
A América Latina e o Caribe, que formam a região mais desigual do mundo, sofrem com a queda no preço das commodities, a falta de investimentos em educação e a desaceleração chinesa. O CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina - calcula que uma redução de 1,5 ponto percentual no crescimento da China faça a economia local encolher 1,75 ponto percentual. "Todos os países da região terão mais dificuldade para se recuperar", alerta Pablo Sanguinetti, diretor corporativo de Análise Econômica do CAF, para quem os governos podem atenuar estes riscos.
Os dados mostram que a pobreza na região está estagnada desde 2012. São 167 milhões de pobres, sendo 71 milhões de miseráveis. A extrema pobreza já começa a mostrar tendência de alta, inclusive no Brasil. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a miséria por aqui subiu, e cerca de 6% dos brasileiros são miseráveis.
"No Brasil, onde esperamos que o PIB (Produto Interno Bruto) vá cair em 2015 e em 2016, o nível de pobreza deve aumentar, ainda que menos que nos anos 80, quando havia menos políticas de suporte à renda dos menos afortunados. Todavia, um possível aumento da pobreza no país seria temporário", destaca Marcello Estevão, especialista do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Mas Oscar Calvo-Gonzales, gerente para a área de pobreza do Bird, acredita que os problemas da região são estruturais. "Hoje a região enfrenta condições externas difíceis, que não são transitórias e que podem durar muito tempo. Uma nova geração de programas sociais vai além da rede de segurança em tempos de crise, mas também ajuda a aumentar a produtividade e reforçar o capital humano, permitindo novos progressos na redução da pobreza."
O Brasil, o país que mais reduziu a pobreza, hoje é um dos mais ameaçados, devido à forte crise econômica e política. Tem de lidar, simultaneamente, com o empobrecimento e o problema fiscal.
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