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Opinião

- Publicada em 19 de Novembro de 2015 às 15:41

O Paraguai e os empresários

 Bolivar Guedes - Especialista da Pactum Consultoria Empresarial- divulgação Uffizi

Bolivar Guedes - Especialista da Pactum Consultoria Empresarial- divulgação Uffizi


UFFIZI/DIVULGAÇÃO/JC
Não é novidade que o momento econômico brasileiro é desafiador para as empresas de uma maneira geral. Nesse cenário, as empresas não podem permitir-se ignorar os acontecimentos dos fatos atuais e a previsão de acontecimentos futuros, tanto no plano nacional quanto no internacional, principalmente quando se depara com oportunidades viáveis e atrativas em um ambiente econômico não tão distante do Brasil.
Não é novidade que o momento econômico brasileiro é desafiador para as empresas de uma maneira geral. Nesse cenário, as empresas não podem permitir-se ignorar os acontecimentos dos fatos atuais e a previsão de acontecimentos futuros, tanto no plano nacional quanto no internacional, principalmente quando se depara com oportunidades viáveis e atrativas em um ambiente econômico não tão distante do Brasil.
Um exemplo disso é a decisão tomada por empresas brasileiras de diferentes setores que estão cruzando a fronteira e se instalando no Paraguai, em busca de menos tributos, mão de obra mais barata, dentre outros incentivos. O País vizinho, que hoje é um dos que mais cresce na América Latina, vem se tornando um parceiro estratégico para empresas que buscam reduzir os custos de produção e aumentar sua eficiência e produtividade.
Dentre as vantagens oferecidas, a Lei de Maquila se destaca, pois trouxe benefícios tributários que isentam de impostos as empresas estrangeiras para importar maquinários e matéria-prima, desde que o produto final seja exportado. As terras paraguaias também assoalham outros lucrativos regimes tributários, como os benefícios fiscais provenientes das suas zonas francas, bem como o Regime Especial de Investimentos em que as empresas beneficiadas recolhem 10% de imposto sobre o lucro, deixando de pagar o imposto sobre valor agregado nos produtos exportados.
Porém, os benefícios fiscais não figuram sozinhos para o foco de investimento no Paraguai, pois o custo de mão de obra é consideravelmente mais barato do que o brasileiro, impactando diretamente no custo da produção. Outro atrativo para as empresas canarinhas é o fato de o país vizinho disponibilizar energia elétrica de forma abundante, atrelada ainda por uma tributação bem mais suave do que a brasileira.
Em suma, não restam dúvidas que o panorama econômico brasileiro exige profundas mudanças, razão pela qual os empresários e seus gestores não podem deixar de avaliar as diferentes oportunidades junto aos especialistas, principalmente quando ambientes favoráveis aos negócios podem proporcionar às empresas um melhor nível de competitividade, mediante a integração de cadeias internacionais.
Especialista da Pactum Consultoria Empresarial

Planejamento tributário: Uma decisão estratégica para o sucesso das empresas

Ismael Santos 
 
A constante busca pela independência financeira, bem como o fomento ao empreendedorismo no Brasil, têm levado cada vez mais pessoas a abrirem seu próprio negócio. Entretanto, a existência de uma empresa no Brasil é aventurosa e, segundo o Sebrae, metade delas fecha antes de completar dois anos de operações. Já as empresas que ultrapassam esse período, encontram grandes dificuldades de avanço de seus produtos e serviços no mercado, dificultando o crescimento e, por consequência, o retorno esperado pelos seus sócios.
Muitos aspectos devem ser observados pelos empreendedores na hora de abrir seus negócios e, dentre eles o Planejamento Tributário surge como um item que tem um impacto gigantesco no futuro. Quando se fala em Planejamento Tributário logo pensamos em apuração de tributos, no entanto, vai além desta mera formalidade fiscal.
A escolha do regime tributário correto não deve ser apenas pautada por uma carga tributária menor entre um regime e outro, já que tem um impacto na composição societária, no posicionamento de mercado, pois muitas vezes os custos dos produtos para o comprador estão pautados pelo regime em que um fornecedor está enquadrado e, por fim, e não menos importante, pelos tributos inerentes a cada regime, sempre observando os produtos e serviços fornecidos pela empresa.
No Brasil existem diferentes formas de tributação: pelo faturamento, pela presunção do lucro, pelo lucro e até mesmo tributações diferentes de acordo com os produtos e serviços vendidos. E é dentro deste cenário de complexidade que todas as variáveis devem ser bem analisadas, pois muitas vezes a escolha mais fácil pode representar tantos benefícios, quando observadas outras variáveis de mercado.
O fato é que um bom planejamento tributário é um dos fatores que podem levar a empresa a se diferenciar, pois em um cenário extremamente competitivo que vivem as empresas no Brasil, o sucesso ou fracasso pode estar nos pequenos detalhes.
 
Contador, MBA em Gestão Financeira e Tributária e Controller da Gerencial Auditoria e Consultoria

O poder do esquecimento e o poder do treinamento

Você já ouviu falar sobre a ciência do esquecimento? Talvez não, mas com certeza já percebeu como algumas informações que recebemos são esquecidas ou, até mesmo, tiradas da nossa mente em um curto período de tempo. Existem explicações científicas que nos ajudam a entender essa dinâmica do processamento de memórias e do esquecimento. Mas fato é que esquecer é algo muito natural para o nosso cérebro.

A verdade é que nós guardamos uma série de lembranças, acumuladas com as experiências da vida que vão desde as mais profundas, como memórias antigas, até as mais triviais, como um endereço que acabaram de nos passar. De acordo com a psicologia cognitiva, existem dois sistemas de memória primária na mente humana: a memória de curto prazo, que guarda informações temporariamente apenas sobre algumas coisas em que estamos pensando no momento, e a memória de longa duração capaz de armazenar grande quantidade de informações sobre experiências adquiridas durante toda a vida.

De acordo com a Ciência do Aprendizado e do Esquecimento, desenvolvida pelo professor de neurociência cognitiva, Art Kohn, 70% de tudo o que aprendemos em um dia de treinamento, por exemplo, é esquecido em 24 horas. Após uma semana, essa porcentagem aumenta ainda mais: 90% é esquecido. Diante dessas informações, entendemos que a maneira como recebemos a informação e, ainda mais importante, o que fazemos com ela depois de receber é o que determina o que será ou não apagado da nossa mente.

O que não podemos deixar de entender é que, de fato, faz parte de uma memória saudável. O esquecimento é um mecanismo de limpeza que ajuda a otimizar o trabalho do cérebro. Se tudo ficasse para sempre na nossa mente, seríamos incapazes de focar em qualquer coisa. O esquecimento é, nada mais nada menos, que um trunfo da evolução do ser humano. Porém, esquecer demais é desagradável e pode se tornar um grande problema. Por isso, exercitar a memória se tornou tão importante, principalmente nos dias de hoje, onde recebemos e convivemos com um volume tão grande de informações.

A teoria da multimemória explica que possuímos diferentes tipos de memória, que são diferentes em termos de duração e capacidade de armazenamento. O primeiro tipo é a memória sensorial, que funciona como uma ponte entre nós e a realidade. Ela é uma pequena região onde nossos sentidos mantêm um grande volume de informações, antes de filtrá-las para a região de nossa atenção consciente. Já a memória de curto prazo está diretamente relacionada com nossa consciência sobre as coisas e com o nosso foco de atenção.

Uma memória saudável exige prática e atenção. Não devemos exercitar apenas o nosso corpo, o cérebro também precisa ser treinado para funcionar bem e existem técnicas que ajudam a não esquecer e a manter vivo o que se aprendeu. Storytelling, jogos, exercícios, SMS, lembretes, leitura, entre outros. Além disso, a tecnologia já apresenta novidades: existem diversos tipos de aplicativos móveis, que você acessa do próprio smartphone e tem acesso a desafios, exercícios, games e tarefas, que ajudam a exercitar a mente e as funções cognitivas.

Não existe mais desculpa para não colocar o cérebro para funcionar. Até porque, diante da teoria do esquecimento, entendemos que é necessário exercitar sempre a memória, para conseguir realmente assimilar as diversas informações que precisamos. O processo de pós-aprendizado se torna ainda mais importante e fundamental para evitar o esquecimento. A pessoa que possui conhecimento e domínio das técnicas e exercícios para estimular a memória, ganha agilidade no desenvolvimento de tarefas, maior absorção das informações do dia a dia e tem um maior desenvolvimento do raciocínio lógico.

Administrador de empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado a Educação