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Empresas & Negócios

- Publicada em 16 de Novembro de 2015 às 11:09

As crises e a oportunidade

 Geraldo Fulgêncio de O. Neto - divulgação Usina de Notícias

Geraldo Fulgêncio de O. Neto - divulgação Usina de Notícias


USINA DE NOTÍCIAS/DIVULGAÇÃO/JC
Nunca, na história deste País, iluminou-se tanto as profundezas obscuras das relações entre políticos e empreiteiras. Para os brasileiros de uma maneira geral, nunca houve dúvida quanto a existência deste tipo de relação. A surpresa vem por conta dos atores, o envolvimento de corruptos e corruptores permeando os grandes partidos, grandes empreiteiras e do porte das quantias envolvidas. O funcionamento dos órgãos da segurança pública, sem a interferência, trouxe a tona nomes de empresários e políticos outrora intocáveis. Da mesma forma que evoluem as investigações e processos judiciais, propaga-se também sensação de desesperança e pessimismo com relação aos rumos a serem tomados.
Nunca, na história deste País, iluminou-se tanto as profundezas obscuras das relações entre políticos e empreiteiras. Para os brasileiros de uma maneira geral, nunca houve dúvida quanto a existência deste tipo de relação. A surpresa vem por conta dos atores, o envolvimento de corruptos e corruptores permeando os grandes partidos, grandes empreiteiras e do porte das quantias envolvidas. O funcionamento dos órgãos da segurança pública, sem a interferência, trouxe a tona nomes de empresários e políticos outrora intocáveis. Da mesma forma que evoluem as investigações e processos judiciais, propaga-se também sensação de desesperança e pessimismo com relação aos rumos a serem tomados.
Temos oportunidade ímpar de encarar a crise política com todas as instituições da república em pleno funcionamento. Representantes da sociedade civil organizada já manifestaram que a solução deverá passar pela via do entendimento. Para tanto é necessário ser mantido o quadro depurativo que se apresenta: Polícia investigando, Ministério Público denunciando e Judiciário.
Por outro lado, como se não bastasse a atual conjuntura político-criminal que assola nosso País, temos em paralelo indicativos de crise econômica e redução na compra de produtos e commodities, por parte de nossos parceiros comerciais, no mercado internacional. Nossos principais parceiros encontram-se assolados por redução de consumo e produção, afetando de maneira importante o nosso mercado interno.
Tal fenômeno é agravado por ferramentas como internet, onde as informações tem propagação rápida, nossos vizinhos de planeta, estão mais próximos, senão geograficamente, com certeza de forma virtual. Através da rede é possível sentir a pulsação dos mercados e suas eventuais ansiedades. O mercado nunca foi tão sensível e nervoso, os investidores nunca tiveram tantas informações sobre seus investimentos de maneira tão rápida e as crises nunca se abateram sobre os países com a velocidade com que ora se propagam. A aldeia global digital faz com que os países se tornem componentes de um castelo de cartas, em que a oscilação de um pode comprometer a toda estrutura.
A grande pergunta é: qual a solução para a crise econômica? Particularmente, acredito no trabalho e na criatividade do empresário e industrial, como o norte para a solução. Temos um grandemercado de consumidores, temos dimensões continentais, temos matéria-prima a preços atrativos, temos matrizes energéticas renováveis, com utilização ainda incipiente. Mas sobre tudo o que teremos de melhor é nossa mão de obra. O brasileiro é disposto, interessado, criativo e produz com alegria, diferente de outros países.
A solução para a indústria nacional passa pela profissionalização da produção. É preciso sair da zona de conforto e reservar os cargos técnicos relevantes aos profissionais com formação. A inovação começa com profissionais capacitados assumindo a condução dos processos industrializados. E neste sentido refiro-me aos engenheiros de produção, não vislumbro saída para a crise industrial sem a participação destes.
O engenheiro de produção é o profissional que se dedica ao estudo das questões que mais afligem o cenário atual, tais como: Engenharia Econômica, Qualidade, Sustentabilidade e a Logística. Nesta última que, diga-se, é o calcanhar de Aquiles do setor produtivo nacional, o engenheiro de produção dedica-se, Conforme a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro), "ao aprimoramento de técnicas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento, visando redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de exigências dos clientes".
Essa carreira foi criada na década de 1950, devido à necessidade de organizar os processos produtivos cada vez mais presentes no cotidiano da população após a Revolução Industrial, pois, nessa época, a organização física e de mão de obra, assim como o planejamento econômico da linha de produção, passaram a ter fundamental importância para o desenvolvimento de empresa.
Tal profissional irá contribuir na reorganização e inovação no setor produtivo, primando pelo fortalecimento das relações entre este setor e a academia, no sentido de implementar uma política de pesquisa aplicada ampliação da produção, modernização da estrutura física, minimizando os custos que seja possível retomar a competitividade dos produtos. Temos convicção que assim procedendo, estará sendo pavimentado o caminho para o futuro da nossa indústria e o enfrentamento dos futuros desafios.
Coordenador de Engenharias
da faculdade Estácio do RS
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