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- Publicada em 09 de Novembro de 2015 às 16:42

Orquestra Sinfônica de Porto Alegre aproxima crianças da música clássica

Concertos Legais estimula o envolvimento de alunos e professores

Concertos Legais estimula o envolvimento de alunos e professores


FREDY VIEIRA/JC
Há 15 anos, a série Concertos Legais, iniciativa da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, aproxima crianças da música clássica. A edição deste ano aconteceu nos dias 5, 6 e 7 de novembro, no Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa do Estado, com seis apresentações voltadas a crianças entre oito e 10 anos. No repertório, temas populares da infância, como trilhas dos Smurfs, Looney Tunes e Harry Potter, além de canções de roda. Apesar do público infantil, a música clássica também teve espaço: "Com a Dança Húngara de Brahms, por exemplo, eles conseguem captar a importância da figura do maestro", explica Evandro Matté, diretor artístico da Ospa e maestro regente da série.
Há 15 anos, a série Concertos Legais, iniciativa da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, aproxima crianças da música clássica. A edição deste ano aconteceu nos dias 5, 6 e 7 de novembro, no Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa do Estado, com seis apresentações voltadas a crianças entre oito e 10 anos. No repertório, temas populares da infância, como trilhas dos Smurfs, Looney Tunes e Harry Potter, além de canções de roda. Apesar do público infantil, a música clássica também teve espaço: "Com a Dança Húngara de Brahms, por exemplo, eles conseguem captar a importância da figura do maestro", explica Evandro Matté, diretor artístico da Ospa e maestro regente da série.
Na manhã do dia 5, a chuva que caía em Porto Alegre não impediu que escolas do Interior do Estado viessem até a Capital para assistir à apresentação. "A música precisa estar na escola, então, quando temos a oportunidade, fazemos de tudo para que isso chegue aos alunos", afirma Elza Pereira, diretora da escola municipal Vila Aparecida, do município de Portão, que compareceu ao evento com as turmas terceiro e quinto anos.
O ensino de música nas escolas públicas e privadas no País integra a Lei de Diretrizes e Bases da Educação desde 2008, com a aprovação da Lei nº 11.769. A proposta foi pensada com o objetivo de valorizar a diversidade cultural brasileira e também de oferecer as noções básicas de leitura e escrita musical para as crianças. A lei previa a implantação das aulas dentro de três anos, o que aconteceria em 2011. No entanto, ela ainda não é plenamente cumprida - o Conselho Nacional da Educação emitiu, então, um Projeto de Resolução que define diretrizes nacionais para a operacionalização do ensino de música na educação, que ainda não foi homologado pelo governo federal. A medida dá autonomia para que as instituições adaptem sua grade curricular e seu quadro de professores para o ensino, prevê a oferta de cursos de licenciatura em música para a formação de professores na educação básica, incentiva a realização de estudos e pesquisas, por meio de fomento à pesquisa, entre outros.
Enquanto a determinação não é cumprida por todas as escolas, iniciativas como a Concertos Legais estimulam o envolvimento de alunos e professores com o tema. No total, a Ospa recebeu a inscrição de 38 escolas, sendo a maioria pública. "É uma excelente forma de aprendizado tanto para os alunos, como também para os professores. Procuramos vir sempre", conta Elza, que compareceu ao evento pelo terceiro ano.
As apresentações deste ano contaram com a mediação do Cachorro Abelardo, personagem interpretado por Mário de Ballentti, ator e manipulador de bonecos. Entre as músicas, o personagem auxiliava o maestro na orientação sobre os próximos passos. "Procuramos mostrar todos os instrumentos para que eles entendam a importância e para que serve cada um", explica Matté. Segundo o maestro, neste ano, o projeto determinou uma faixa etária (entre 8 e 10 anos) a fim de facilitar a escolha do repertório e atrair ainda mais a atenção das crianças.
Além do Cachorro Abelardo, duas músicas contaram com a contribuição de crianças. Isaac Kroeff Lopes, clarinetista de 12 anos, interpretou o "Concerto para clarinete", de Carl Stamitiz. Já a solista Luiza Rodrigues, de 10 anos, deu voz à "Fico assim sem você", da dupla Claudinho e Bochecha. A participação de Luiza encerrou o concerto e foi a música preferida de Rafaela Scheneider Muller, aluna do quinto ano da Escola Municipal Vila Aparecida, de Portão. "Gostei muito também da música tema do Harry Potter", contou, ao final da apresentação. Para Matté, além de complementar a educação musical dos alunos, o Concertos Legais busca impulsionar a formação de novas plateias. "A presença das crianças é importante para que elas se vejam como parte do que está sendo mostrado", acredita.
 
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