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Política

- Publicada em 19 de Outubro de 2015 às 18:19

Janot quer ampliar apuração sobre envolvimento de deputado gaúcho

Germano é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo MPF

Germano é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo MPF


ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
Contrariando a Polícia Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a continuidade do inquérito que investiga se o deputado federal gaúcho José Otávio Germano (PP) e Luis Fernando Farias (PP-MG) pagaram propina à diretoria da Petrobras em troca de benefícios à empresa Fidens Engenharia.
Contrariando a Polícia Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a continuidade do inquérito que investiga se o deputado federal gaúcho José Otávio Germano (PP) e Luis Fernando Farias (PP-MG) pagaram propina à diretoria da Petrobras em troca de benefícios à empresa Fidens Engenharia.
Em agosto, a PF enviou ao STF um relatório atestando que Farias e José Otávio pagaram R$ 200 mil ao ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa em propina. Foi o primeiro parecer conclusivo da PF relativo aos inquéritos abertos para investigar a atuação de parlamentares no esquema de desvios da estatal. Ao STF, Janot afirmou que após receber os dados enviados pela PF, a Procuradoria realizou "análises e informações sobre pontos específicos desta apuração" que embasaram o pedido para a prorrogação das investigações por mais 45 dias.
O caso será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Segundo informações da PF, os deputados pagaram Paulo Roberto Costa para que a Fidens pudesse renovar o certificado que permitia à empresa se inscrever nas licitações da Petrobras. Os parlamentares guardaram o dinheiro, em espécie, dentro de uma embalagem utilizada para acondicionar garrafas de cachaça. A entrega foi realizada no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro. Para a PF, eles cometeram corrupção passiva.
A PF recolheu provas da relação entre os deputados e um executivo da Fidens com Paulo Roberto Costa. Entre elas está o comprovante de reserva de um quarto duplo no Hotel Fasano na data do pagamento, em setembro de 2010. Além disso, os investigadores identificaram reuniões de Costa com os parlamentares, inclusive na sede da Petrobras, no Rio, e com o presidente da Fidens, entre 2008 e 2010, no prédio da estatal. Os policiais também coletaram registro da entrada de Luiz Fernando Ramos no edifício onde funcionava uma das empresas de Youssef, em São Paulo, em 2011.
 
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