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Política

- Publicada em 08 de Outubro de 2015 às 18:34

PGR confirma que Eduardo Cunha tem contas na Suíça

Afirmação de Janot é base para tentativa de afastamento do deputado

Afirmação de Janot é base para tentativa de afastamento do deputado


MARCELO CAMARGO/ABR/JC
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou, em ofício encaminhado à Câmara dos Deputados, que há contas bancárias na Suíça em nome do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de seus familiares, e que seus saldos foram bloqueados pelas autoridades daquele país.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou, em ofício encaminhado à Câmara dos Deputados, que há contas bancárias na Suíça em nome do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de seus familiares, e que seus saldos foram bloqueados pelas autoridades daquele país.
O documento assinado por Janot foi feito em resposta a requerimento da bancada do P-Sol na Câmara. A sigla afirmou, nesta quinta-feira, que ingressará na terça-feira no Conselho de Ética da Casa com um pedido de cassação do mandato de Cunha.
No documento, Janot relata pergunta formulada pelo deputado fluminense Chico Alencar, líder da bancada do P-Sol, sobre se a Procuradoria "confirma a existência de contas bancárias em nome do deputado federal Eduardo Cunha e dos seus familiares na Suíça".
"A resposta é afirmativa", escreve Janot. O procurador-geral também confirma que os saldos dessas contas foram bloqueados, mas não fala em valores. No ofício, Janot informa que a investigação do Ministério Público suíço no caso de Cunha se refere aos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
O procurador-geral também ressalta que, embora a lei permita que haja sigilo de informações em investigações criminais em andamento, o caso de Cunha é diferente, já que ele preside a Câmara, se inserindo na categoria de "pessoa politicamente exposta".
Na avaliação do P-Sol, a peça que pedirá a cassação do mandato de Cunha ao Conselho de Ética será mais "robusta", já que estará embasada por informações oficiais.
O banco Julius Baer informou às autoridades suíças que Cunha e seus familiares figuram como beneficiários finais de contas secretas onde estão depositados US$ 2,4 milhões (R$ 9,3 milhões).
Questionado nesta quinta-feira, Cunha, mais uma vez, se negou a comentar o assunto. "São variações do mesmo tema, contraditórias umas com as outras. Se for notificado, quando for notificado, no conteúdo que tiver, meus advogados vão falar", afirmou.
Se for afastado da presidência da Câmara e perder o mandato de deputado, Cunha não terá foro privilegiado. Na quarta-feira, 30 deputados de sete partidos protocolaram, na Corregedoria da Câmara, uma representação pedindo a abertura do processo de cassação de Cunha. A corregedoria é um órgão auxiliar da Mesa Diretora da Câmara, presidida por Cunha. Já o Conselho de Ética é o setor que pode aprovar a cassação que só se efetiva com o voto em plenário de pelo menos 257 dos 513 deputados.
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