Em um aceno à Câmara dos Deputados, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha |(PMDB), afirmou que haverá espaço para negociação no Congresso Nacional da proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite o financiamento empresarial de campanha eleitoral, mas apenas depois que os vetos presidenciais forem votados.
Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia condicionado a realização da sessão para análise dos vetos presidenciais à inclusão do tema financiamento na pauta do Senado Federal.
Ontem, em uma articulação do peemedebista com a oposição ao governo federal, a sessão voltou a ser adiada por falta de quórum. "Votando os vetos, acho que abre todo um horizonte para negociação, inclusive disso (financiamento de campanha)", afirmou o ministro. "Vota os vetos e depois o jogo continua", acrescentou.
Se forem derrubadas pelo Congresso Nacional, as medidas podem ter um impacto de R$ 63,2 bilhões para os cofres públicos até 2019. Na semana passada, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) defendeu a aprovação da PEC. Segundo o peemedebista, ela resolveria "a questão da insegurança jurídica" e evitaria que o veto da presidente Dilma Rousseff (PT) em relação às doações de empresas a campanhas e candidatos fosse derrubado. No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que doações empresariais a partidos e candidatos.