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Reforma administrativa

- Publicada em 01 de Outubro de 2015 às 20:17

Dilma cede ao PMDB e conclui nova equipe

Dilma Rousseff anuncia nesta sexta-feira configuração do ministério

Dilma Rousseff anuncia nesta sexta-feira configuração do ministério


EVARISTO SA/AFP/JC
A presidente Dilma Rous- seff (PT) fez uma última concessão ao PMDB e aceitou indicações de deputados peemedebistas para os ministérios da Saúde e Ciência e Tecnologia. Na noite desta quinta-feira, Dilma acertou que o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) comandará a Saúde, e Celso Pansera (PMDB-RJ), a Ciência e Tecnologia.
A presidente Dilma Rous-
seff (PT) fez uma última concessão ao PMDB e aceitou indicações de deputados peemedebistas para os ministérios da Saúde e Ciência e Tecnologia. Na noite desta quinta-feira, Dilma acertou que o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) comandará a Saúde, e Celso Pansera (PMDB-RJ), a Ciência e Tecnologia.
Dilma pediu aos ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Henrique Eduardo Alves (Turismo) que assumissem a pasta, mas eles recusaram. Acabou acertando as nomeações de Castro e Pansera em reunião com o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ) os futuros ministros estavam presentes.
Benedita da Silva (PT) vai para a pasta que unirá as secretarias das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, o gaúcho Miguel Rossetto (PT), vai assumir o Ministério do Trabalho e da Previdência Social, pastas que serão fundidas. Carlos Gabas, atual titular da Previdência, assumirá a secretaria do ministério.
Dilma decidiu que as duas novas pastas terão vice-ministros responsáveis pelas subdivisões. Os chamados "superministros" seriam mais figurativos, enquanto os vices teriam maior poder decisório. Seria uma forma de contemplar petistas que perderão espaço na nova equipe.
Ricardo Berzoini (PT), ministro das Comunicações, comandará a nova Secretaria de Governo, que vai abrigar funções da Secretaria-Geral da Presidência e fará a articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional.
A nova configuração da Esplanada, que amplia o espaço do PMDB de 6 para 7 ministérios, será apresentada nesta sexta por Dilma. A expectativa da presidente é que a reforma, feita sob inspiração do ex-presidente Lula (PT), garanta os votos necessários para barrar a abertura de um processo de impeachment e remonte sua base para aprovar o ajuste fiscal.
As duas principais novidades da reforma são a troca de Aloizio Mercadante (PT) na Casa Civil por Jaques Wagner (PT), que era da Defesa, e a demissão do petista Arthur Chioro (Saúde). Mercadante assume a Educação.
Cinco outros peemedebistas já estavam definidos no ministério: Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Helder Barbalho (Portos) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).
Lula sai fortalecido, com três nomes de sua confiança no Planalto: Jaques Wagner, Ricardo Berzoini, e Edinho Silva (Comunicação Social). Lula gostaria ainda que Dilma trocasse Joaquim Levy por Henrique Meirelles na Fazenda. Dilma resiste por não ter bom relacionamento com o ex-presidente do Banco Central. Na reforma que será anunciada, pelo menos nove dos 39 ministérios serão extintos. A meta inicial era eliminar 10.

Em meio ao impasse sobre as indicações do Planalto, líderes do PMDB entraram em confronto

Em meio ao impasse no PMDB sobre as indicações dos ministros dos Portos e da Ciência e Tecnologia, os líderes do partido na Câmara dos Deputados e no Senado entraram em confronto direto sobre o posto.
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, disse, nesta quinta-feira, que a pasta dos Portos foi oferecida pela presidente Dilma Rousseff (PT) ao atual ministro da Pesca, Helder Barbalho, desde a semana passada.
Em resposta, o líder na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani, afirmou que a presidente prometeu à bancada de deputados federais os ministérios da Saúde e de Portos. Picciani disse que as divergências são uma tentativa de "tumultuar" a reforma ministerial.
"Estão tentando tumultuar. A presidente Dilma Rousseff garantiu à bancada do PMDB na Câmara o Ministério da Saúde e um segundo que seria a fusão de Aviação Civil e Portos, mas que acabou não sendo unido, e nós aceitamos que fosse apenas Portos. Tentar fazer qualquer mudança a uma altura dessas pode prejudicar a reforma", disse Picciani.
Com o impasse instalado, a presidente Dilma tentou mais uma cartada. Chamou ao Alvorada o ministro do Turismo, Henrique Alves, para oferecer a ele Ciência e Tecnologia, liberando o Turismo para a Câmara.
Responsável pela confusão instalada entre os peemedebistas, já que ofereceu a Eunício e a Picciani o Ministério dos Portos, Dilma conversou, na manhã de quinta-feira, com Michel Temer (PMDB) pedindo que ele tentasse mediar a situação, falando com o líder do PMDB na Câmara.
O vice-presidente disse que manteria distância das negociações, pois a própria presidente Dilma é quem está articulando diretamente com os dois parlamentares.
A presidente disse a peemedebistas nos últimos dias que não queria dar os Portos para Picciani porque os deputados já estariam contemplados com um dos principais postos da Esplanada, a Saúde. Dilma também chegou a recuar na Ciência e Tecnologia para os deputados porque achou a indicação de Celso Pansera "sem expressão política", segundo relatou um auxiliar do governo.
Na manhã de quinta-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se reuniu no Jaburu com Temer. Em meio à descoberta de que tem contas na Suíça, Cunha pediu a Temer que entregue os cargos no governo e se distancie. Ao ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), que estava na reunião, Cunha sugeriu que não fique com o cargo.