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Política

- Publicada em 01 de Outubro de 2015 às 21:51

Emater demite servidores para reduzir custos

Presidente Clair Tomé Kuhn argumenta que Estado está 'exaurido'

Presidente Clair Tomé Kuhn argumenta que Estado está 'exaurido'


fredy vieira/jc
Fernanda Nascimento
A iniciativa de redução da máquina pública promovida pelo governo de José Ivo Sartori (PMDB) começou a atingir os empregos de funcionários celetistas de empresas ligadas ao Estado. Na quarta-feira, a Emater demitiu 63 funcionários. Somados aos funcionários que haviam aderido ao Plano de Desligamento Incentivado (PDI), apresentado no início desde ano, o número de servidores que deixou a empresa chega a 214. A direção da Emater alega adequação à nova realidade econômica do Estado e ao orçamento de 2016, que prevê a redução de R$ 50 milhões para o caixa da empresa e garante que não haverá perda na qualidade dos serviços prestados. Os representantes dos trabalhadores, além de contestarem as demissões, afirmam que haverá redução nas atividades da empresa.
A iniciativa de redução da máquina pública promovida pelo governo de José Ivo Sartori (PMDB) começou a atingir os empregos de funcionários celetistas de empresas ligadas ao Estado. Na quarta-feira, a Emater demitiu 63 funcionários. Somados aos funcionários que haviam aderido ao Plano de Desligamento Incentivado (PDI), apresentado no início desde ano, o número de servidores que deixou a empresa chega a 214. A direção da Emater alega adequação à nova realidade econômica do Estado e ao orçamento de 2016, que prevê a redução de R$ 50 milhões para o caixa da empresa e garante que não haverá perda na qualidade dos serviços prestados. Os representantes dos trabalhadores, além de contestarem as demissões, afirmam que haverá redução nas atividades da empresa.
Com um trabalho reconhecido na prestação de assistência técnica e extensão rural, a Emater atende mais de 300 mil agricultores familiares, nos 497 municípios do Estado. Com a redução de R$ 50 milhões no orçamento atual de R$ 181 milhões, a entidade que contava com 2.554 funcionários estabeleceu como uma das formas de redução de custos a diminuição no quadro de funcionários. A solução não é nova, em 2007, durante o primeiro ano de gestão da governadora Yeda Crusius (PSDB), 426 trabalhadores foram demitidos para reduzir os gastos. Na mira do atual governo, estão ainda as fundações de Esporte e Lazer (Fundergs), de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps) e Zoobotânica (FZB), que já tiveram os projetos de extinção enviados para a Assembleia Legislativa e só não foram votados ainda por pressão do funcionalismo e de aliados da base.
O Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisa e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi) afirma que há uma tentativa de sucateamento da empresa. "A Emater não tem onde reduzir custos, então se diminuem o orçamento, é preciso demitir trabalhadores, o que é inadmissível. Essa atitude vai prejudicar a vida de dezenas de trabalhadores e, especialmente, os pequenos agricultores que precisam do trabalho qualificado destes técnicos", afirmou Edgar Costa, dirigente do Semapi. A entidade reivindica o aumento dos recursos para a empresa e deve realizar mobilizações contra as ações, nos próximos dias.
O presidente da Emater, Clair Tomé Kuhn, afirmou que a motivação para a ação é a questão financeira, porque o "Estado foi exaurido dos recursos que tinha" e que a maioria dos servidores que saíram da empresa já tinham idade para se aposentar. "Fizemos este desligamento motivados pela questão financeira, mas a maioria é de pessoas que aderiram ao PDI". Carlos Búrigo, titular da Secretaria-Geral de Governo, afirma que não haverá impacto nos cortes da Emater para o setor agrícola. "A gente sempre acha que tem espaço para diminuir despesas - principalmente de pessoal - e conseguir entregar um serviço qualificado para a sociedade", disse. O secretário destacou ainda o pedido do governo é para que a redução não impacte "no resultado da ponta".
A oposição critica as ações do governo e cobra maior investimento no setor. Na terça-feira, deputados contrários ao governo de Sartori contestaram a decisão de redução e voltaram à tribuna para pedir a ampliação do aporte orçamentário para a empresa. Jeferson Fernandes (PT) afirmou que a medida é uma sinalização de desmonte da entidade e disse esperar que o governo cesse com a iniciativa "caótica para o Estado e com reflexos, inclusive, na economia, que tem base na agricultura familiar".
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